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– Dia 12 de FEVEREIRO 2013
Notícias–Visões e Cultura de Portugal – A Crise Econômica
Editor : Paulo Timm– www.paulotimm.com.br–paulotimm@gmail.com
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PORTUGAL-Acompanhe a programação neste site:
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INDICE
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1.PORTUGAL-Visões
2.NOTÍCIAS
3. PORTUGAL E A CRISE - Memória e Análises
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Street art in
Lisbon - February 11, 2013
Maria Keil’s Fisherman, Maria
Rebelo, digital print image, 2012.
The most beautiful tiles in Lisbon are not in majestic palaces or soaring cathedrals. They decorate humble subway tunnels and ordinary streets like Infante Santo.
Keil do Amaral, the architect who designed the subway in the late 1950s, was dismayed that there were no funds budgeted to cover the bleak cement walls. His wife, the painter Maria Keil, suggested the use of inexpensive tiles and offered to design them for free.
Keil filled the subway with elegant modernist tiles that brought the art of tile making into the 20th century. She continued, throughout her life, to dress the walls of the city with tiles that make Lisbon feel young and pretty. If you’re visiting the capital, here’s a challenge for you: how many of Maria Keil murals can you find?
2- NOTICIAS
Presidente da
República enviou mensagem ao Papa Bento XVI após anúncio da renúncia ao
Pontificado
Presidente
da República enviou mensagem ao Papa Bento XVI após anúncio da renúncia ao
Pontificado
O
Presidente da República enviou uma mensagem a Sua Santidade o Papa Bento XVI,
na sequência do anúncio da sua resignação.
É
o seguinte o teor da mensagem do Presidente Aníbal Cavaco Silva:
“Santo
Padre,
Foi
com sentida emoção que tomei hoje conhecimento do anúncio feito por Vossa
Santidade de renunciar ao Pontificado.
Quero,
nesta ocasião, sublinhar a admiração profunda do Povo Português por Vossa
Santidade e por um magistério que constitui exemplo de fé e de esperança, na defesa
dos valores universais da tolerância e da paz.
Recordo,
muito especialmente, a Visita que efetuou a Portugal em Maio de 2010, e os
sinais de afeto e carinho de Vossa Santidade para com o Povo Português que
então pudemos testemunhar.
Reitero
o profundo apreço dos Portugueses pela personalidade ímpar e pela sabedoria
inspiradora de Vossa Santidade.
Aníbal
Cavaco Silva”
Paula Cabeçadas via Que
se Lixe a Troika! Queremos as nossas Vidas
«Esta semana, a Câmara Municipal de Lisboa, que dirige,
ocupou o seu tempo a fechar e a multar as associações culturais de Lisboa. A
Polícia Municipal entrou no MOB, na Zé dos Bois e outras associações da cidade.
O pecado delas era serem locais de promoção cultural, abertos depois da
meia--noite, e que davam espaço a artistas e movimentos que não cabem na corte
dos paços do concelho.»
3 – A
CRISE
Mais uma que deixa o país – carta aberta
Exmo. Sr. Presidente da República,
Começo hoje o meu caminho de saída. Saio do
meu país levando comigo os meus trinta anos, os meus sonhos, a minha força e
vontade de trabalhar. Saio do meu país escorraçada por uma economia podre e
corrupta; por políticas sujas e elitistas; por políticos que há mais de trinta
anos governam as suas vidas ao invés de governar o país. Onde o senhor se
inclui, Sr. Presidente da República.
Começo hoje o meu caminho de saída. E deixo
para trás um país que premeia o trabalho com pedidos de sacrifícios, o esforço
de uns com a opulência descarada da vida de outros, os sonhos com frustração e
desespero. Deixo um país a lutar pelo futuro e levo comigo a mágoa de não ficar
para a luta. Mas a minha vida já esperou de mais; o meu filho de dois anos já
esperou demais, já deve demais. Viver neste país tem sido uma teimosia que,
para mim, termina agora.
Não sei se volto. Farei parte da grandiosa
diáspora que V/ Ex.ª se farta de elogiar e louvar em folclóricos eventos, de
gente que foi escorraçada do seu país? Serei um dos brilhantes cérebros em que
os país investiu e que, estupidamente, mandou embora? Serei um dos repetidos
exemplos daqueles que só depois de deixar o país alcançam o respeito do mesmo
país que os ignorou enquanto lutavam por ele? Serei uma pessoa, mais uma, uma
cabeça e um corpo a lutar num país que não é o seu? Isso, de certeza.
Deixo o meu país e sei que vou encontrar
oportunidades novas e novos desafios. Mas não vo-lo agradeço. E dispenso os
discursos paternalistas de que “há males que vêm por bem”, de que devo receber
com entusiasmo as dificuldades da minha vida porque elas escondem oportunidades
imperdíveis. Dispenso esse discurso porque o meu país me retirou a
possibilidade de escolha. Dispenso o seu paternalismo. A sua pena. O seu
desprezo pela classe a que pertenço. Dispenso os seus discursos, os seus
silêncios, as suas palavras, as suas reservas em contribuir para a governação
de um país onde é Presidente da República. Dispenso-o.
Ainda assim, dirijo-me a si, porque, contra
a minha concordância e o meu voto, é o Presidente da República do meu país. E
tem responsabilidades, E devia pagar pela culpa que tem no estado a que as
coisas chegaram. E como não paga, tem, ao menos, de me ouvir.
Começo hoje o meu caminho de saída. De si,
Sr. Presidente da República que se dispensa de o ser, dispenso tudo. De si e de
todos aqueles que, neste momento, encaminham o meu país para o abismo.
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