Blog PT_BR fev 09 CRISE E RECONFIGURAÇOES NO SISTEMA MUNDO
BLOG ANO PORTUGAL BRASIL PORTUGAL – Dia 09 de FEVEREIRO
2013
Notícias–Visões
e Cultura de Portugal – A Crise Econômica
ANO BRASIL
PORTUGAL-Acompanhe a programação neste site:
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INDICE
INDICE
1.PORTUGAL-Visões
2.NOTÍCIAS
3. PORTUGAL E A CRISE - Memória e Análises
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1–VISÕES
A medieval battle
http://saltofportugal.wordpress.com/2013/01/21/a-medieval-battle/
January 21, 2013
Batalha, Maria Rebelo, digital print image, 2012.
When King Ferdinand died, his daughter Beatriz, wife of the king of Castille, inherited the Portuguese throne. The people rebelled at the prospect of Castillian domination and proclaimed John, half brother of Ferdinand, king of Portugal.
In 1385, a Castillian army with 31,000 men marched towards Lisbon to enforce the rights of Queen Beatriz. A Portuguese army with 6,500 men marched to their encounter. The battle, one of the most important in medieval warfare, took place in Aljubarrota, near the town of Leiria. The Portuguese chose their positions carefully, digging ditches that prevented the Castilian cavalry from advancing. Against all odds, Portugal emerged victorious.
King John went on to marry Philippa of Lancaster and have seven children who brought Portugal great glory. One of them is Henry the Navigator.
To express his gratitude for the miraculous victory at Aljubarrota, King John built the Monastery of Batalha. If you’re traveling in the center of Portugal, don’t miss the chance to visit this beautiful monument that marks the beginning of Portugal’s golden age.
2- NOTICIAS
PORTUGAL SEM PASSAPORTE – O POVO -
Posted:
08 Feb 2013 01:09 PM PST
Alfaiate Ayres: “O nosso objetivo é
trabalhar para o mundo a partir do Porto”.
Há um jovem alfaiate português, do Porto,
que está a dar que falar um pouco por todo o mundo. As roupas masculinas
(ternos) feitos à mão por Ayres Gonçalo, 31 anos, chegam a Londres, Nova
Iorque, Bruxelas e entre outras, Brasilia A última encomenda veio de membros
do governo brasileiro. A qualidade paga-se, é certo, mas compensa. Ao
contrário das roupas pronto-a-vestir, estas chegam a excelencia e aos mais
prestigiosos nomes de destacada elegancia e bom gosto.
O fascínio de Gonçalo por tecidos, agulhas
e tesouras veio do avô, Ayres Carneiro da Silva, famoso alfaiate do Porto que
durante mais de 70 anos produziu as mais elegantes roupas. “Dizem que os
ministros se deslocavam-se de propósito ao Porto para se vestirem”.
Hoje em dia, com 82 anos, o Ayres sénior continua
a ser uma referência para o neto. “O meu avô continua a ser uma peça chave,
visita o atelier com regularidade e, quando temos dúvidas, sabemos que só o
velho Ayres é que pode ajudar”, confessa o jovem alfaiate, sublinhando que o
avô tem também “muito orgulho” no trabalho de Ayres Gonçalo e do seu sócio
João Paulo Rodrigues.
Sem cunhas nem contactos privilegiados,
Gonçalo bateu à porta das casas mais famosas. A primeira paragem foi em
Espanha, em 2004, onde teve formação na melhor alfaiataria de Madrid,
dirigida por Pedro Muñoz. Depois seguiu para Londres, a “Meca” dos alfaiates.
Em pouco tempo começou a trabalhar na conceituada alfaiataria Gieves &
Hawkes, da avenida Savile Row, onde ocorreu um dos episódios mais mediáticos
da sua carreira: a oportunidade de fazer o traje para o príncipe Carlos.
“O fato para o Príncipe Carlos foi um marco importante sem dúvida mas não penso muito nisso. Tenho outros objetivos neste momento! Por exemplo gostava de fazer um fato para o Dr. Ricardo Salgado. Não o conheço pessoalmente mas sei que é uma pessoa que aprecia alfaiataria. Dou valor e tenho prazer em fazer fatos para quem gosta de vestir bem”, sublinha. Depois de Londres, Gonçalo rumou a Nova Iorque para trabalhar com o famoso alfaiate Michael Andrews. Foi graças a esta experiência, nos EUA, que Ayres acabou do outro lado do mundo, a dar formação e produzir para os mais elegantes chineses.
Aliás, a formação é outra das vertentes em
que Gonçalo e o seu sócio João Paulo Rodrigues apostam, abrindo as portas do
Laboratorio di Sartoria, o atelier que a dupla instalou no Porto, a quem
quiser aprender esta arte. “Portugal teve, no passado, uma grande tradição de
alfaiataria que se perdeu. Eu e o Paulo gostaríamos que esse cenário mudasse
e a nossa porta está aberta a quem quiser aprender”, salienta.
Regresso a Portugal… e
visando o Brasil
Gonçalo teve oportunidade de ficar nos três
países onde trabalhou como alfaiate, mas decidiu voltar para Portugal e
apostar no seu próprio negócio, em conjunto com o sócio. “Voltei de Nova
Iorque para começar a trabalhar para mim próprio e dar continuidade ao nome
do meu avô. Só assim faz sentido a alfaiataria na minha vida”, garante.
A aposta em Portugal parece ter sido acertada. O Laboratorio di Sartoria recebe encomendas de várias partes do mundo – Londres, Nova Iorque, Bruxelas, Brasilia e São Paulo – sendo que normalmente os dois alfaiates se deslocam até junto dos clientes para tirar medidas e saber todos os detalhes da encomenda. Ainda este mês viajaram até São Paulo e Brasilia a pedido de alguns clientes e regressaram “com encomendas de alguns politicos e membros do governo na bagagem”. Em 2013, a dupla espera mesmo abrir uma sede no Brasil.
Um roupa produzida pelo Ayres Bespoke é
cortado, provado e cosido manualmente e corresponde a cerca de 50 horas de
trabalho. O preço, claro, é diferente do que se encontra nas lojas de pronto
a vestir: o custo de produção de um fato (terno) Bespoke começa pelos 2.000
euros…até ??? E se este número pode assustar, feitas as contas, é um valor que
compensa. “Os Bespoke são como os carros…especiais, exclusivos e elegantes.”
Para quem este investimento está fora de
cenário, o Laboratorio di Sartoria oferece outros serviços com o mesmo selo
de qualidade mas mais em conta: fatos “made to measurement” (feitos à medida
mas cosidos à máquina), alterações, camisaria e até consultadoria.
80 por cento de
clientes estrangeiros
Apesar do valor das peças, o atelier está a produzir uma média de oito fatos da gama Bespoke [a linha por medida onde todos os passos são feitos de forma manual] por mês. Destas encomendas, 80 por cento vêm do estrangeiro e 20 por cento são nacionais: “O nosso objetivo é trabalhar para o mundo a partir do Porto”.
Boas Noticias
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Posted: 08 Feb 2013 09:34 AM PST
A Dra. Maria Helena Carvalho dos Santos, um dos
prestigiosos nomes da cultura portuguesa esteve mais uma vêz em Fortaleza,
onde foi homenageada pelo anfitrião, o Escritor João Lemos, da Academia
Cearense de Letras e teve encontro com o Vice-Consul de Portugal, Francisco
Brandão
Maria Helena nasceu em Almeida, Distrito de
Guarda, Portugal e resuide em Lisboa; filha de Ernesto Carvalho dos Santos e
Natércia Geraldes Carvalho dos Santos; casada com José Cândido de Oliveira
Lopes, o casal tem dois filhos; realizou a escolha primária em sua terra
natal; fez estudos secundários em Torres Vedras; Licenciou-se em História na
Unversidade de Coimbra; fundadora do Partido Socialista (com outros…); foi
deputada à Assembléia Constituinte (1975-1976); Adjunta do Ministro da Educação
(1976-1979); Vice-Ministra da Educação (1984-1985); doutorado em estudos
Portugueses na Universidade Nova de Lisboa (1989); e Agregação (Livre
Docescia) em 1998 na mesma Universidade; trabalhou nas Universidades de São
Paulo e Vale do Acaraú, Brasil (1984-2005); foi-lhe atribuido o titulo de
cidadã honorária de Fortaleza pela Câmara Municipal da Capital Cearense
(03/04/2008); Professora da Universidade Nova de Lisboa; Presidente da
Sociedade Portuguesa de Estudos do Século XVIII; e membros de várias instituilçoes
culturais em Portugal e Brasil, no Brasil Socicia Honorária da Academia de
Ciências Sociais do Ceará (ACSC) e Sócia Correspondente da Academia Lvrense
de Letras; participou de várias missões culturais no exterior (Europa e aqui
na América, principalmente Brasil); Dra. Maria Helena é nome de grandeza
curricular que muito honra as intituições a que pertence.
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Posted:
08 Feb 2013 06:35 AM PST
O primeiro Barómetro Político Marktest de 2013
coloca o PS na liderança em termos de intenção de voto, embora, face à crise
PS está a caminho de um empate técnico com o PSD.
De acordo com os resultados do Barómetro
Político Marktest de Janeiro, o PS é líder em termos de intenção de voto. É
de salientar que os resultados apresentados são anteriores à discussão
interna que se observou no seio do PS nos últimos dias, o que deverá dar
queda ao PS na intenção de voto.
O PS lidera com uma intenção de voto de
32.6% seguido do PSD com 27.9%, gerando uma situação próxima do empate
técnico entre estas duas forças políticas. O BE atinge 13.3% da intenção de
voto e a coligação CDU (PCP/PEV) obtém 12.4%. O CDS é o partido com assento
parlamentar com a intenção de voto mais baixa: 5.2%.
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Posted:
08 Feb 2013 05:55 AM PST
Para quem deseja um programa diferente no feriado
carnavalesco, o clube de golfe Aquiraz Riviera realiza neste domingo (10), a
partir das 08 horas, o Torneio de Carnaval. A competição acontecerá nas
categorias masculina e mista e na modalidade Scramble (em duplas, cada
jogador dá sua tacada e em seguida eles escolhem a bola a melhor tacada, com
a mais próxima do buraco para prosseguir o jogo).
Serão premiadas as duplas classificadas em
primeiro e segundo lugares, o jogador com tacada mais longa, a tacada mais
próxima da bandeira no buraco 05, além do troféu para melhor fantasia. As
inscrições são de R$ 60,00 para os sócios e R$ 80,00 para não sócios. Estão
inclusos: água, café da manhã e almoço. Para mais informações, entrar em
contato por meio do telefone (85) 3391.4655 e e-mail recepcaogolfe@aquiraz.com.
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Posted:
08 Feb 2013 05:52 AM PST
A CIEP – Confederação Internacional dos
Empresários Portugueses, em parceria com a ACL – Associação Comercial de
Lisboa, a Fundação AEP, a AIP- Feiras Congressos e Eventos e a Câmara de
Comércio e Indústria Luso Brasileira, organizam o Seminário de Oportunidades
de Negócio e Investimento no Brasil – Minas Gerais.
O evento realiza-se no Porto a 15 de Fevereiro
de 2013, pelas 09h00, na sede da Fundação AEP, e em Lisboa no dia 19
de Fevereiro de 2013, pelas 09h00, na sede da Associação Comercial de
Lisboa
.Ambos seminários servirão igualmente para a
promoção do 7º Encontro de Negócios na Língua Portuguesa, uma iniciativa da
Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil e da Câmara
Portuguesa de Comércio no Brasil-Minas Gerais. O evento vai decorrer nos dias
22 e 23 de Abril de 2013 em Belo Horizonte, com o objectivo de convidar
representantes de entidades públicas e privadas, e empresários dos países da
CPLP a discutir os desafios económicos e empresariais diante do cenário atual
Este seminário antecipa a realização do 7º
Encontro de Negócios em Lingua Portuguesa, a que “Portugal Sem Passaporte” já
se tem referido, a ser realizado, dias 22 e 23 de abril, em Belo Horizonte.
Debate sobre os desafios econômicos e
empresariais diante do cenário atual da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP)
Este Encontro de Negócios se propõe a
convidar representantes de entidades públicas e privadas, e empresários dos
países da CPLP a discutir os desafios econômicos e empresariais diante do
cenário atual. Serão explorados temas como competitividade empresarial dos
países de língua portuguesa e seus desafios em sustentabilidade,
empreendedorismo, inovação e gestão de recursos naturais, sobretudo buscando
atrair e promover o diálogo entre a classe empresarial e representantes de
governos e organizações atuantes nos países da CPLP, bem como fomentar o
estabelecimento e ampliação de negócios entre empresas lusófonas.
Público: empresários e representantes de entidades
públicas e privadas pertencentes à CPLP
Realização: Federação das Câmaras Portuguesas de
Comércio no Brasil e Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil – Minas Gerais
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Posted:
08 Feb 2013 04:00 AM PST
é Pinheiro, Presidente da Munditextil:
“Somos nós que produzimos e distribuímos a Gant. Fazemos tudo aqui e é isso
que queremos ser em Portugal, uma plataforma de distribuição das grandes
marcas mundiais”
É a maior empresa de têxteis atoalhados da
Europa e uma referência mundial nesta área, fornecendo produtos para 35
países e para várias marcas de prestígio como a Marks & Spenser, a Desigual
ou a Laura Ashley. Com uma faturação de 38 milhões de euros em 2011, a
Mundotêxtil emprega, neste momento, mais de 550 trabalhadores.
“Para nós a questão mais importante não é
sermos a maior empresa, que de factos somos, o que nos preocupa é fazer com
que sejamos os melhores. É nessa corrida que estamos”. E é assim que José
Pinheiro, Presidente da Mundotêxtil e seu diretor Comercial, Rogério Matos,
respondem quando questionado sobre o segredo do sucesso desta empresa
portuguesa que, a partir das Caldas de Vizela, no Minho, é a maior empresa da
Europa e produz atoalhados para todo o mundo.
A Mundotêxtil desenvolve há 37 anos um
trabalho que aposta “na qualidade do produto e do serviço” mas onde também é
fundamental a “aposta num design atual e que acompanha as tendências da
moda”, explica o responsável. “Claro que o preço justo também é um fator de
sucesso que acresce a todos os outros”, sublinha Rogerio Matos.
A qualidade dos felpos da Mundotêxtil tem
vindo a seduzir várias marcas internacionais. No mercado de segmento alto,
marcas como a Gant, a Desigual, a Esprit, a Escada e Laura Ashley são alguns
dos clientes da empresa portuguesa. Já num segmento médio e médio alto, a
Mundotêxtil produz para a Auchan, a En Vogue, a Marks & Spenser,
Carrefour, o E-Leclerc, ou produzindo para marcas como a Gant, a Escada e a
Esprit Bouchara entre muitas outras.
Além destes produtos encomendados por
terceiros, a Mundotêxtil tem vindo a reforçar as suas próprias marcas, com
selos como “a Bianca, nos EUA, e a Risart que, embora dirigida
prioritariamente ao mercado espanhol, será objecto de uma ação que a irá
lançar em novos mercados”, diz Rogério Matos.
Exportações
representam 95% do volume de negócios
Desde que foi fundada, em 1975, a
Mundotêxtil tem caminhado em direção ao crescimento. Nos últimos anos, e
apesar dos desafios económicos mundiais, a produção aumentou cerca de quatro
vezes e a empresa expandiu para novos mercados, escoando produtos para toda a
Europa e para a América do Norte, num total de 34 países. Neste momento,
cerca de 95% do volume de negócios é proveniente de vendas para o mercado
externo.
O crescimento exigiu várias
“reestruturações para garantir a modernização da empresa bem como o aumento
de capacidade” e conduziu ao crescimento da equipa: neste momento, em
Portugal, a Mundotêxtil emprega, de forma directa, perto de 560 trabalhadores
e assegura, de forma indirecta, emprego a mais de 700 pessoas.
Mas o reflexo mais óbvio do sucesso de
qualquer empresa será a facturação. Os resultados da Mundotêxtil falam por
si: em 2011 a empresa facturou 38.200.000 euros e, este ano, prevê superar os
resultados com uma facturação na ordem dos 39 milhões de euros
Nova aposta: parceria
para produção de algodão
Sem medo da crise, de olhos postos num
futuro mais amplo, a empresa promete “continuar a inovar, criar novos
produtos e a apostar na expansão para novos mercados”.
Uma das próximas novidades, que está já a
ser desenvolvida, será uma “parceria em Moçambique que envolve a produção de
algodão e a sua transformação em produto final”, diz Rogério Matos. Esta
parceria poderá ajudar a empresa a reduzir as importações de matéria prima de
países como a Índia, o Paquistão ou os EUA.
Em Portugal, os produtos da Mundotêxtil
podem ser adquiridos nas várias lojas da marca Catherine Lansfield, que
aposta na venda de produtos de alta qualidade para roupa de casa. Quem
comprar estes atoalhados fica, assim, com duas certezas: a de ter adquirido
um produto de excelência e com selo português.
Esquecer o Brasil e
rever a África do Sul
O presidente da Mundotêxtil até gostaria de vender no Brasil, um mercado que diz ter potencial. Mas as taxas aduaneiras de 91% deixam as toalhas nacionais do lado de cá. Entretanto, a África do Sul voltou a ser um destino de eleição. O país africano começou a cobrar taxas de 30% aos produtos asiáticos e abriu um “gap” de oportunidade
Trabalho, expansão internacional e
tecnologia são três dos pilares da estratégia da empresa portuguesa
Mundotêxtil para combater a malfadada crise, um plano já em prática que implica
um novo investimento superior a 7 milhões de euros em novos equipamentos e um
reforço das ações em novos mercados.
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Posted:
08 Feb 2013 03:10 AM PST
O Tribunal Constitucional indeferiu os
recursos de Carlos Cruz, Jorge Ritto, Manuel Abrantes e Ferreira Diniz.
Segue-se a prisão
Quase dez anos depois de o antigo
Procurador-Geral da República Souto Moura ter acusado formalmente várias
personalidades de abusos sexuais a menores da Casa Pia, o processo
aproxima-se do fim. Ontem, o Tribunal Constitucional (TC) indeferiu os recursos
que Jorge Ritto, Manuel Abrantes, Carlos Cruz e Ferreira Diniz tinham
interposto depois de serem condenados à cadeia. Esgotadas as possibilidades
de recurso – só Carlos Silvino pôde recorrer para o Supremo por ter apanhado
mais de oito anos – os quatro arguidos deverão agora cumprir as respectivas
penas de prisão.
A notícia foi avançada pela TVI24, que
adiantou que o TC não deu razão às inconstitucionalidades invocadas pelos
arguidos – que ainda não foram notificados da decisão. O processo vai descer
à primeira instância nos próximos dias para que a juíza Ana Peres, que julgou
o caso, possa ordenar os mandados de condução à cadeia. Depois de serem
notificados da decisão, Manuel Abrantes, Jorge Ritto, Carlos Cruz e Ferreira
Diniz terão de ser detidos num prazo de dez dias.
A parte do processo relacionada com os
alegados abusos cometidos na casa de Elvas ainda está a ser julgada – depois
de o Tribunal da Relação ter mandado repetir a produção de prova. Carlos
Cruz, Carlos Silvino (que já está a cumprir pena de prisão), Hugo Marçal e
Gertrudes Nunes (absolvida em primeira instância) ainda aguardam uma decisão.
Porém, isso não impedirá que o ex-apresentador de televisão comece já a
cumprir a pena a que foi condenado, sendo o tempo que os arguidos passaram em
prisão preventiva descontado das respectivas penas. Carlos Cruz foi condenado
a seis anos de prisão, o ex-embaixador Jorge Ritto a seis anos e oito meses,
o antigo provedor da Casa Pia Manuel Abrantes a cinco anos e nove meses e o
médico Ferreira Diniz a sete anos de cadeia.
O advogado de Carlos Cruz, Ricardo Sá
Fernandes, adiantou ontem ao i que não vai invocar nulidades nem pedir a
aclaração do acórdão do TC. No entanto, vai requerer “urgência” na queixa que
apresentou, em Setembro, no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem contra o
Estado português. O ex-apresentador queixa-se da forma como o processo foi
conduzido e de ter estado preso sem conhecer a acusação. Sá Fernandes não
quis alongar-se nos comentários à decisão do TC, por não conhecer o acórdão,
mas lamenta o desfecho do processo: “Lamento pelo país e pela justiça
portuguesa.” Já Ferreira Diniz garante estar “pronto para cumprir a decisão
dos tribunais”.
O advogado das vítimas, Miguel Matias,
remeteu uma reacção para mais tarde, mas a ex-provedora da Casa Pia Catalina
Pestana mostrou-se satisfeita pela decisão do TC, apesar de lamentar que o
processo se tenha arrastado na justiça durante tanto tempo. “Dez anos não são
tempo para fazer justiça. Pelo caminho muita gente ficou destruída, a decisão
peca por ser escandalosamente tardia”, disse ao i. “E é preciso não esquecer
que grande parte dos criminosos envolvidos nos abusos ficaram à solta, basta
ler os nomes que constam do processo”, rematou a ex-provedora.
3
– A CRISE
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