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2013
Notícias–Visões
e Cultura de Portugal – A Crise Econômica
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INDICE
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1.PORTUGAL-Visões ESPECIAL
2.
Noticias
3.
Retratos da Crise
1–VISÕES - Mackerel: a star fish in a
Michelin-star restaurant.
Salt of Portugal
Cherishing the mackerel
A cavala, Rui Barreiros Duarte,
ink on paper, 2012.
Fernand Point’s famous cookbook, Ma
Gastronomie, includes two mackerel recipes. But in Portugal this fish, known as
“cavala,” has never been popular. When fish mongers find mackerel mixed with
other fish, they often give it away.
We worry that our national indifference
toward the mackerel might make it swim to France in search of recognition.
Luckily, chef José Avillez decided to pay tribute to this wonderful fish at his
restaurant, Belcanto. His recipe starts with a traditional “salmoura”: the fish
is soaked in water, salt and sugar. It is then sliced and marinated in an
infusion of rice vinegar and green apples. Finally, the mackerel is seared and
served with delicately pickled vegetables.
If you go to Belcanto, please order this
delicious dish. Help us keep the mackerel on the Portuguese coast!
Belcanto is located at Largo de
S. Carlos, 10 in Lisbon. Tel. 213-420-607.
2- NOTICIAS
Portugal
sem passaporte
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Posted: 09 Mar 2013 10:10 AM PST
Segundo o jornal brasileiro,
Efromovich pediu ajuda ao Governo do Brasil para comprar a TAP e este “pretende
dar apoio oficial” à compra da companhia portuguesa
O Governo brasileiro pode vir a
apoiar o empresário Germán Efromovich a comprar a TAP através da
companhia Avianca, de acordo com a Folha de S.Paulo que cita fontes da empresa
e do executivo.
Segundo o jornal brasileiro,
Efromovich pediu ajuda ao Governo do Brasil para comprar a TAP e este “pretende
dar apoio oficial” à compra da companhia aérea portuguesa por Efromovich,
“abrindo espaço para a criação de uma “superaérea” luso-brasileira”.
“Segundo disseram à Folha
interlocutores da empresa e do governo, a ideia é que a aquisição agora seja
feita pela Avianca Brasil, e não pelo grupo Synergy, ‘holding’ que controla os
negócios de Efromovich, como proposto na primeira tentativa de compra”, lê-se
no portal da Internet do diário. (corrige que a Avianca é uma companhia
colombiana e não brasileira).
Em dezembro, o Governo português
decidiu suspender o processo de privatização da TAP, que tinha o grupo Synergy,
de German Efromovich, como único candidato, argumentando com a falta de
apresentação da garantia bancária exigida no caderno de encargos para a
alienação da companhia aérea.
A forma do apoio ‘oficial’ do Brasil
ao negócio, segundo refere a Folha de S. Paulo, está ainda a ser estudada.
“A ajuda financeira do governo
brasileiro via BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento brasileiro] não está
afastada, mas a avaliação do governo é que o executivo tem capital suficiente
para financiar a operação”, refere o diário.
A Folha de S.Paulo refere ainda que,
apesar da suspensão da venda da TAP, “continuam as conversas entre Efromovich e
as autoridades portuguesas” para vender a companhia aérea, estando o “impasse”
relacionado com a “dívida da TAP”.
No dia em que decidiu cancelar a
venda da TAP, a 20 de dezembro, a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís
Albuquerque, afirmou que a proposta do grupo Synergy para a compra da TAP foi
rejeitada, porque não deu “as garantias adequadas”.
A governante explicou que a proposta
em cima da mesa significava um encaixe líquido para o Estado de 35 milhões de
euros e a recapitalização da empresa superior a 300 milhões, em duas fases, a
que acrescia a assunção de um passivo (dívida) na ordem dos 1,5 mil milhões de
euros.
Bloco diz que governo "põe os credores acima
da vida dos portugueses"
Para Ana Drago, a agência de rating Standard & Poor's premiou o
comportamento do BCE e do governo português porque defende os interesses dos
credores e investidores. Já Passos Coelho diz sentir-se recompensado e
estimulado pelas classificações da mesma agência que está a ser processada pelo
governos dos EUA por fraude.
ARTIGO | 7 MARÇO, 2013 - 18:04
Para a deputada
Ana Drago, o governo prefere "pagar a dívida o mais rapidamente possível
mesmo quando se percebe que isso está a destruir a vida do país, a economia,
o emprego e as condições de vida". Foto de Paulete
Matos
Ana Drago, do Bloco de Esquerda, considerou que a agência de rating Standard
& Poor's premiou o comportamento do Banco Central Europeu e do governo
português que "põe os credores acima da vida dos portugueses".
"A Standard & Poor's, que é uma agência de rating,
está interessada em defender o interesse dos credores e dos investidores, vai
premiar aquilo que é o comportamento do governo e aquilo que têm sido as
posições do BCE", afirmou a deputada, em declarações aos jornalistas.
A Standard & Poor's melhorou esta quinta-feira a classificação de
Portugal como pagador de dívidas a longo prazo, na sequência do acordo dos
ministros europeus para prolongar o prazo do empréstimo para assistência
financeira. A agência deixou cair a classificação de perspetiva
"negativa" para adotar uma perspetiva "estável" sobre a
solvabilidade nacional a longo prazo. Apesar disso, a agência manteve o rating nacional
em BB, um nível dois degraus abaixo da classificação "lixo".
Passos diz que é “sinal de recompensa”
Já o primeiro-ministro Passos Coelho disse que a nova classificação da
Standard & Poor’s a Portugal é um “sinal de recompensa” para todos os
portugueses, que têm feito “sacrifícios enormes”.
“Esperemos que seja a primeira de uma sequência de melhorias que o
nosso rating possa vir a reconhecer, sobretudo se ele tiver um
chão sólido”, afirmou, acrescentando que o passo da Standard & Poor’s é uma
“primeira informação no espaço público que reconhece a perspetiva de Portugal
poder fazer um regresso a financiamento não oficial de uma forma bem-sucedida”,
algo que é “essencial” para evitar um segundo resgate.
Para a deputada Ana Drago, o governo "coloca-se do lado dos
credores" e prefere "pagar a dívida o mais rapidamente possível mesmo
quando se percebe que isso está a destruir a vida do país, a economia, o
emprego e as condições de vida".
Governo dos EUA está a processar a agência por fraude
Recorde-se que a Standard & Poor's, a agência cujas declarações
Passos Coelho tanto preza, é a mesma que está a ser processada pelo governo dos
Estados Unidos da América. Com efeito, no início de fevereiro, a administração
Obama interpôs um processo judicial contra a Standard & Poor's por fraude,
considerando fraudulentos os ratings elevados atribuídos a
obrigações hipotecárias de alto risco que acabaram por despoletar a crise
financeira no país e no mundo.
Na ação, a Casa Branca acusa a S&P de ter enganado deliberadamente
vários investidores, preocupando-se mais com os seus lucros do que em
atribuir ratings fidedignos. Segundo a acusação, a agência
demorou a atualizar os seus modelos de classificação de risco e deliberadamente
atribuiu ratings elevados, consciente de que o mercado
de subprime estava a desmoronar-se.
TERMOS RELACIONADOS:
3. RETRATOS DA CRISE
Gente que Conta - José Gil
A direita portuguesa "navega à vista"
José Gil é
filósofo, ensaísta e professor universitário. Fotografia © João Girão/Global Imagens
O filósofo
José Gil diz que quem governa hoje em Portugal são a troika e o ministro das
Finanças. Acusa a coligação governamental, de direita e centro direita, de
"navegar à vista", conduzindo o País sem ter sequer uma "teoria
económica global".
Em
entrevista ao Gente que Conta, programa de entrevistas que esta semana é
conduzido por João Marcelino, diretor do Diário de Notícias, o autor da obra
"Portugal, Hoje - O Medo de Existir" assegura que a manifestação de 2
de março significa uma profunda mudança no modo de ser dos portugueses, um
protesto pela "abolição da existência possível das pessoas".
Diz não
perceber porque não apresenta a esquerda uma proposta concreta de governação do
País e acusa o PS de ter metido o socialismo na gaveta por não ter outro
socialismo para apresentar, o que se explica talvez pela "preguiça
mental" do aparelho do partido.
Lamenta
que o Presidente da República e o Governo estejam a "milhares de léguas da
população e da realidade" e afirma que as recentes manifestações são fase
de um processo que poderá culminar com a violência.
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