quinta-feira, 11 de abril de 2013

BETHANIA E CLEONICE BARARDINELLI HOMENAGEIAM F.PESSOA NA FLIP EM PARATY -rj


 

 BLOG ANO PORTUGAL BRASIL PORTUGAL  ABRIL 10 - 2013

Notícias–Visões e Cultura de Portugal – A Crise Econômica


Editor : Paulo Timm– www.paulotimm.com.brpaulotimm@gmail.com

ANO BRASIL PORTUGAL-Acompanhe a programação neste site:


                                                              ***
                                  INDICE

                                                               1.PORTUGAL-Visões

2.NOTÍCIAS

3. PORTUGAL E A CRISE - Memória e Análises

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1–VISÕES 


Posted: 10 Apr 2013 05:56 AM PDT

A Festa Literária Internacional de Paraty (Rio de Janeiro)realiza-se em Julho e terá uma mesa dedicada ao poeta português Fernando Pessoa

Fernando Pessoa será tema de uma das mesas da 11.ª edição da FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty, que decorrerá de 3 a 7 de Julho, e juntará no palco daquele que é o mais importante festival literário do Brasil a cantora Maria Bethânia e a professora emérita Cleonice Berardinelli.

Em Março de 2010, Bethânia e Berardinelli receberam no Rio de Janeiro a medalha Ordem do Desassossego, desenhada por Jorge Colombo e atribuída pela Casa Fernando Pessoa a quem tem “tra­bal­hos em prol da divul­gação da obra” do poeta. Em comunicado de imprensa, a FLIP refere que as duas são “grandes amigas”, “movidas pelo mesmo entusiasmo pela poesia de Fernando Pessoa” e que “estiveram juntas também no lançamento da Antologia de Cleonice, evento em que Bethânia cantou e declamou alguns versos”.

A professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da PUC-Rio é considerada a “maior lusitanista brasileira”. Dona Cléo, como lhe chamam os amigos e ex-alunos, tem 96 anos e há mais de cinco décadas que se dedica ao estudo da obra do poeta. Em 2012, lançou no Brasil Fernando Pessoa – Antologia Poética, que abrange quase 20 anos de produção do autor e seus principais heterónimos (Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis) e é também autora de Fernando Pessoa: Outra Vez te Revejo e de uma série de estudos sobre Camões, Bocage e Gil Vicente.

No seu álbum mais recente, Oásis de Bethânia, lançado em 2012, a cantora interpreta Não sei quantas almas tenho, de Pessoa, mas desde 1971 que tem integrado nos seus espectáculos e em discos poemas de Pessoa e heterónimos, excertos do Livro do Desassossego, etc.

O autor homenageado da próxima edição da FLIP é o escritor, jornalista e político Graciliano Ramos, já que no próximo dia 27 de Outubro comemoram-se os 120 anos do nascimento deste autor brasileiro, autor deVidas Secas

publico

 

2-  NOTICIAS

Portugal sem passaporte – o povo












Posted: 10 Apr 2013 01:05 PM PDT
Passos e Portas passaram grande parte da tarde em S. Bento a preparar mini-remodelação
Paulo Portas tem estado reunido com o Primeiro Ministro Passos Coelho. Demora na substituição de Relvas é lida na maioria como estando em curso remodelação mais ampla, com eventual reforço de Portas. Mas Passos pode querer remodelar a dois tempos.
O sigilo é total mas o facto de Pedro Passos Coelho ainda não ter substituído Miguel Relvas é visto na maioria como um sinal de que o primeiro-ministro está a trabalhar numa remodelação mais alargada. A dúvida é se consegue concluí-la antes de Cavaco Silva partir para a Colômbia, na próxima segunda-feira, de onde só regressa no dia 21.
Até à reunião do Ecofin. de quinta e sexta-feira – onde todas as atenções se concentram nos sinais que serão dados a Portugal sobre o alargamento das maturidades dos nossos empréstimos ao exterior – não é crível que o primeiro-ministro avance com mexidas no Governo. Mas após o Conselho de Ministros de quinta-feira e até à partida de Cavaco na segunda, há tempo para Passos remodelar e o Presidente da República dar posse aos novos ministros.
Se Miguel Relvas for entretanto substituído, isso poderá querer dizer que o primeiro-ministro adiou as mexidas mais profundas para depois do Presidente voltar, a 21, ou mesmo para mais tarde. A remodelação em dois tempos é uma hipótese admitida nos bastidores da maioria.
Certo é que Paulo Portas passou ontem grande parte da tarde em S. Bento e os dois parceiros de coligação estão já a trabalhar com vista a uma remodelação que vá para além da saída, apenas, do ministro-adjunto.  Como o Expresso noticiou na sua penúltima edição, os dois líderes já tinham começado a falar sobre o assunto.
O jogo de equilíbrios entre PSD e CDS é uma das questões em causa – a saída de Assunção Cristas, a meses de ser mãe, é contestada na maioria, mas Portas não quererá tirar Pedro Mota Soares, o que poderá terminar na manutenção dos dois nomes centristas.
A informação é muito escassa, mas fontes próximas do primeiro-ministro e de Paulo Portas admitem que esteja a ser analisado um reforço da posição do líder do CDS na coordenação política do Executivo (com a sua ascensão a vice primeiro-ministro?), podendo Luís Montenegro, actual líder parlamentar do PSD e que mantém uma ótima relação com o CDS, ficar como ministro adjunto ou dos Assuntos Parlamentares.
Para o lugar de Álvaro Santos Pereira – que continua a ser dado como remodelável, o nome mais apontado no PSD e no CDS é o de Pedro Reis, atual presidente da AICEP. A criação de uma nova Secretaria de Estado da Indústria poderá estar em causa, surgindo o nome do deputado do PSD, Luís Campos Ferreira, como hipótese
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Posted: 10 Apr 2013 12:56 PM PDT
José Moura-George
Artista português reúne 11 telas exclusivas em mostra no
Consulado Português em São Paulo durante o mês de abril
O Consulado Geral de Portugal em São Paulo recebe entre os dias 12 de abril a 04 de maio a exposição “Cores e Re-Descobertas”, do artista português José Moura-George. A mostra é gratuita e aberta ao público, de segunda à sexta-feira, das 12h às 16h. O trabalho faz parte das comemorações do Ano de Portugal no Brasil.
 
Pensadas especialmente para a Sala Camões, no Consulado, as pinturas de Moura-George sintetizam em 11 painéis os mais de 500 anos da relação entre Portugal e Brasil e as expectativas para futuras parcerias entre os dois países nas mais diversas áreas.
 
A exposição traz um panorama sobre a redescoberta permanente entre as duas nações sob uma visão bastante pessoal do artista. As cores, herança das viagens de José Moura-George ao Brasil, são o traço principal das pinturas que serão exibidas. “Por onde morei busquei luzes e cores. No tempo em que vivi na Inglaterra, minhas obras eram mais cinzentas. Aqui no Brasil encontrei o que precisava agregar nas minhas pinturas, a alegria das cores”, explica.
 
O cônsul-geral de Portugal em São Paulo, Paulo Lourenço, convida todos a visitarem a mostra, desde os interessados em arte e história até os mais leigos nesse assunto. “A pintura de José Moura-George convoca-nos a visitar o significado da descoberta do Brasil, interpretado pelas múltiplas variações de cores e forma, o nascimento de um país extraordinário e de como ele foi sendo sucessivamente reinventado no imaginário português”, finaliza.
 
A exposição será realizada no Consulado Geral de Portugal em São Paulo, com patrocínio da EDP Brasil e da Rioforte, e conta com o apoio da Galeria Mônica Filgueiras, Camargue Capital Partners, Instituto Camões-Centro Cultural Português, Casa Mathilde, Delta Cafés, NetScreen, Charlô Buffet e Herdade do Esporão.
Posted: 10 Apr 2013 12:15 PM PDT
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É uma fábrica com duzentos trabalhadores, situada na cidade portuária de Dalian, e espera faturar já este ano quase 30 milhões de euros, indicou à agência Lusa o diretor de marketing da empresa, Orlando Pinheiro.
Instalada num terreno de 3,6 hectares, a fábrica foi “toda construída de raiz”, com equipamento importado, e começou a laborar já no ano passado, precisou o responsável.
Trata-se também do maior investimento feito na Ásia pela Sodecia, empresa com sede no Porto, fundada em 1980 e entretanto implantada em nove países de quatro continentes (África do Sul, Alemanha, Argentina, Brasil, Canadá, China, Estados Unidos, Índia e Portugal)
A Sodecia Dalian produz componentes para as transmissões de veículos automóveis (“shift forks” e “part break systems”), neste caso para a unidade do grupo Volkswagen estabelecida na mesma cidade, disse Orlando Pinheiro.
Conhecida até há cerca de duas décadas como “Reino das Bicicletas”, a China tornou-se em 2010 o maior mercado automóvel do mundo, ultrapassando os Estados Unidos.
As vendas de automóveis na China aumentaram 6,8% em 2012, para 14,68 milhões de unidades, e subiram ainda mais (19,2%) no primeiro trimestre de 2013.
Segundo o website da Sodecia, a empresa emprega cerca de 5.500 pessoas (mais de o dobro de há apenas quatro anos) e em 2012 as suas vendas somaram 611 milhões de euros.
A inauguração da Sodecia Dalian, marcada para 15 de maio, ocorre num bom momento das relações comerciais luso-chinesas.
Em 2012, as exportações portuguesas para a China aumentaram 30%, atingindo o valor recorde de 1.128 milhões de euros.
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Posted: 10 Apr 2013 08:29 AM PDT
João Estrela preside a Sapec Agro que está sediada em Setúbal e tem uma força de trabalho 100% portuguesa. Eduardo Catroga é o chairman
A Sapec produz tudo em Portugal mas fatura 65% lá fora. Com o Brasil, as vendas no exterior chegam aos 80%
A Sapec Agro, que hoje se dedica exclusivamente ao fabrico de agroquímicos, já tem 65% das vendas de cem milhões de euros em Espanha, Itália e França, mas prepara-se para dar mais um passo na internacionalização.
O Brasil foi o local escolhido, um mercado que vale 8,7 mil milhões de euros e para onde a empresa vai começar a exportar em 2014, avançou o administrador executivo, João Estrela.
A meta é, “nos primeiros quatro a cinco anos, atingir um volume de negócios de 46 milhões de euros”, adiantou num encontro com jornalistas, acrescentando que a ideia é cobrir, para já, a “região de São Paulo” e vender produtos para a proteção das culturas de “fruta, hortícolas, café e citrinos”. Mais tarde, admite alargar o negócio à cultura da cana de açúcar, soja e milho, “onde a concorrência é brutal”, comentou.
Dado o potencial do mercado, João Estrela acredita que, em 2015, o Brasil represente 50% do crescimento da Sapec, mas para isso, diz, contribuirá o porto de Sines e a atual linha semanal direta que “demora apenas 12 dias a chegar a São Paulo”.
Para o Brasil, o objetivo é exportar produtos para veterinária, mais precisamente remédios contra as pulgas. Esta nova área de negócio – a Sapec Vet – começou a ser desenvolvida em 2011 e as primeiras vendas em Portugal deverão acontecer no fim deste ano, sendo o objetivo “fazer três a quatro milhões de euros em três ou quatro anos”.
Com o Brasil encaminhado, a Sapec está a estudar Moçambique. “Ainda é uma operação sem data agendada, mas já criámos uma empresa lá e estamos em conversações com os produtores agrícolas locais”, disse João Estrela. Angola está, para já, fora do radar. “Em Moçambique, o potencial agrícola é maior”, explica João Estrela
Espanha, Itália, França, Brasil e Moçambique serão, assim, os mercados que farão que a Sapec Agro passe de uma faturação de cem milhões, em 2012, para 200 milhões em 2015, dos quais 75% serão realizados no exterior. Uma meta impressionante, considerando que  “há 12 anos a empresa não exportava nada”, disse, no mesmo encontro com jornalistas, o diretor de marketing estratégico, João Martins.
Cinco milhões por ano
A Sapec nasceu em 1926 e, apesar de a sua génese estar na exploração de minas, a empresa – que tem Eduardo Catroga como chairman – ficou conhecida como produtora de adubos, um negócio que desenvolveu durante aos herbicidas, fungicidas e inseticidas.
No final dos anos 90, com as alterações europeias às patentes dos componentes dos agroquímicos, a Sapec decidiu criar e produzir produtos próprios em Portugal, investindo numa nova fábrica e começando a exportar. No total, conta João Martins, de 1998 até 2012, a Sapec investiu 85 milhões de euros, ou seja, perto de cinco milhões de euros por ano.
O resultado foi um aumento de 400% da faturação em 15 anos e que se deve muito às vendas no exterior. Em Portugal, a Sapec tem uma quota de 32%, mas as vendas são de 30 milhões.
Para este crescimento contribuiu o facto de a empresa vender produtos genéricos que são hoje 50% mais baratos do que os de marca.
Por exemplo, diz João Martins, para tratar um hectare de vinha – uma das culturas para que mais vendem em Portugal – gastavam-se 399 euros com produtos de marca em 2000. Com genéricos gasta-se agora 221 euros.
dinheiro vivo
Posted: 10 Apr 2013 08:17 AM PDT
Assunção Cristas afirma que os 40 milhões de euros em exportação de fruta para o Brasil ultrapassam os 29 milhões em vinho
Memorando assinado entre Portugal e Brasil vai permitir a exportação de fruta portuguesa para o país e vale 40 milhões de euros
Os governos de Portugal e do Brasil assinaram hoje, em Brasília, um memorando de entendimento para agilizar as exportações de fruta portuguesa para aquele país sul americano, que valem 40 milhões de euros e já superam as de vinho.
Em declarações à agência Lusa no último de três dias de uma visita oficial ao Brasil, a ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, considerou tratar-se de “um passo muito importante” que facilitará a penetração das frutas portuguesas no mercado brasileiro.
“Tratou-se de abrir portas para que os produtores portugueses de fruta possam facilmente chegar ao mercado e aos consumidores brasileiros, que estão a apreciar muito as nossas frutas, desde a pera rocha à castanha, à uva de mesa e aos pêssegos”, afirmou.
Destacando a “abertura do ministério da Agricultura brasileiro para ajudar a ultrapassar aspetos burocráticos e barreiras não alfandegárias que, muitas vezes, são impeditivos das exportações para o Brasil”, Assunção Cristas manifestou-se “confiante” no aumento das vendas nacionais de fruta para aquele país, dado o “interesse e ânimo” demonstrados pelos produtores portugueses.
Segundo a ministra, o memorando hoje assinado “prevê que, no prazo de 90 dias, se reúna em Lisboa uma comissão técnica para apurar e agilizar todos estes procedimentos”, em linha com o que já aconteceu, no passado, em relação ao vinho e ao azeite.
A este propósito, Assunção Cristas salientou que os 40 milhões de euros das exportações portuguesas de fruta para o Brasil já superam os 29 milhões de euros de vinho exportado, sendo que no caso do azeite as vendas para o Brasil atingem os 150 milhões de euros

 

Posted: 10 Apr 2013 05:46 AM PDT
As empresas portuguesas vão continuar, este ano, a investir em novos mercados, de acordo com o Barómetro das Viagens de Negócios que a Travelstore American Express apresentará, esta tarde, no início do 6º Salão das Viagens de Negócios, em Lisboa.
De acordo com o barómetro, entre as 229 empresas inquiridas, apenas 29% não vai investir em viagens de negócios em 2013 e 17% têm a situação em estudo. A maioria (54%) vai investir nas viagens de negócios, este ano, para alcançar novos mercados.
Moçambique (30%), Angola (22%), Brasil (17%) e China (6%) – este ano mencionada pela primeira vez – são os países de destino dos empresários que procuram saída da crise na internacionalização ou na exportação.
“Temos a consciência que as empresas estão a reagir à conjuntura, pois se não há mercado no país, têm de o procurar lá fora. Já temos clientes a revelar que faturam mais em Angola, por exemplo, do que por cá”, revela Frédéric Frère, CEO da Travelstore American Express, empresa “líder de mercado em Portugal no segmento das viagens de negócio”.
Em 2012, a Travelstore American Express – empresa de capital nacional com representação exclusiva para Portugal e Angola da American Express – faturou 80 milhões de euros. A perspetiva para este ano, segundo o CEO, é de crescimento.
“Não posso revelar tudo antes da apresentação do estudo [esta tarde], mas sabemos que há uma nova atitude das empresas portuguesas perante a conjuntura, que é a de não ficarem paradas e serem menos inibidas em relação a irem para fora. Não há mesmo outra alternativa”, adiantou.
dinheiro vivo
Posted: 10 Apr 2013 05:28 AM PDT
Socrates, Engenheiro num domingo
Miguel Relvas e a licenciatura
Nunca gozei com a licenciatura domingueira de Sócrates. Havia ali uma fragilidade muito portuguesa que travava o meu cinismo. Conheci muita gente com histórias mais ou menos parecidas. Gente que, apesar de ter mesmo uma licenciatura normalíssima, fez o percurso académico só por fazer, só para dizer que tinha um curso, só para ser doutor, só para receber cartas com o Dr. antes do nome. A utilidade económica (arranjar emprego) e a formação cívica e intelectual (a visão clássica da academia) não eram para ali chamadas. O que importava era o estatuto social do Dr., até porque a família exigia essa promoção social. Sócrates não era diferente destas pessoas. Ele apenas usou o seu estatuto para acelerar o processo. Passados anos, a história repetiu-se com Miguel Relvas. Tal como Sócrates, Relvas não teve coragem para dizer que a sua experiência já não requeria uma licenciatura.
Seja como for, com ou sem piedade por estas histórias a rebentar de portuguesismo, o certo é que os dois episódios deviam ter provocado demissões imediatas. Mas ficámos à espera. Sócrates ficou no mesmo sítio, insultou meio mundo e a universidade em causa acabou fechada. E, agora, tivemos de esperar um ano pela demissão de Relvas. Como dizia há dias, precisamos de uma troika institucional.
Mas – repito – estes casos dizem mais sobre a nossa snobeira do que sobre a nossa incapacidade instituticional. As pessoas que gozam sem parar com Relvas são as mesmas que criticariam Relvas caso este indivíduo tivesse demonstrado a coragem de John Major. Idem para Sócrates. Um John Major português (i.e., um político que assumisse a ausência de licenciatura) seria destruído logo à partida, porque a sociedade portuguesa coloca os títulos à frente do “trabalho vil e mecânico”. Os corta-matos académicos de Relvas e Sócrates irritam meio mundo, porque esse meio mundo é parecidíssimo com Relvas e Sócrates. As sub-licenciaturas em questão são um espelho da sociedade. Somos, todos, mais parecidos com eles do que julgamos
Henrique Raposo – expresso
Ler mais: AQUI
Posted: 10 Apr 2013 05:24 AM PDT
 
 
Gonçalo Ribeiro Telles, “Nobel” da arquitetura paisagistica
O arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles foi hoje distinguido com o ‘Nobel’ da Arquitetura Paisagista, o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, atribuído em Auckland, na Nova Zelândia, pela federação internacional do sector, revelou à agência Lusa fonte ligada à organização.
De acordo com a Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas (APAP), o galardão foi anunciado hoje, durante a realização do congresso, em Auckland, da Federação Internacional dos Arquitetos Paisagistas (IFLA).
O prémio tem como objetivo “reconhecer um arquiteto paisagista cuja obra e contribuições ao longo da vida tenham tido um impacto incomparável e duradoiro no bem-estar da sociedade e do ambiente e na promoção da profissão”.
A entrega do prémio é efetuada hoje durante uma sessão do congresso, ao arquiteto paisagista Miguel Braula Reis, presidente da APAP, que o recebe em representação de Gonçalo Ribeiro Telles.
Braula Reis fará ainda a leitura de uma conferência da autoria do premiado e será exibido um vídeo, com uma mensagem de agradecimento de Ribeiro Telles.

Maior prémio da arquitetura paisagista

 
O Prémio IFLA Sir Geoffrey Jellicoe foi criado em 2004, e o primeiro galardoado, no ano seguinte, foi o arquiteto Peter Walker, dos Estados Unidos, seguindo-se, em 2009, Bernard Lassus, de França. Em 2011 foi distinguida Cornelia Hahn Oberlander, do Canadá, e, em 2012, Mihaly Mocsenyi, da Hungria.
Este galardão, considerado o ‘Nobel’ da arquitetura paisagista, que tem paralelo no Prémio Pritzker de arquitetura, comemora a contribuição extraordinária para a IFLA do arquiteto paisagista britânico Sir Geoffrey Jellicoe (1900-1996), fundador daquela federação internacional.
Para a APAP, Gonçalo Ribeiro Telles “é premiado por uma excecional carreira de setenta anos, poucos meses depois de ver garantida a continuidade do corredor verde de Lisboa, uma ideia que lançou em 1968″.
O júri do prémio inclui arquitetos paisagistas das quatro regiões da IFLA, “que representam o âmbito académico, a prática pública e privada, e possuem um profundo conhecimento da profissão, dos seus profissionais-chave e da prática internacional”.

Criador do corredor verde de Monsanto

 
Nascido em Lisboa, a 25 de maio de 1922, Gonçalo Pereira Ribeiro Telles licenciou-se em Engenharia Agrónoma e formou-se em Arquitetura Paisagista, no Instituto Superior de Agronomia, na capital portuguesa, onde iniciou a vida profissional como assistente e discípulo de Francisco Caldeira Cabral, pioneiro da disciplina em Portugal, no século XX.
São da autoria de Ribeiro Telle, entre outros projetos, o Corredor Verde de Monsanto e a integração da zona ribeirinha oriental e ocidental, na Estrutura Verde Principal de Lisboa.
Gonçalo Ribeiro Telles também é autor dos jardins da sede da Fundação Calouste Gulbenkian, que assinou com António Viana Barreto (Prémio Valmor de 1975), e dos projetos do Vale de Alcântara e da Radial de Benfica, do Vale de Chelas, e do Parque Periférico, entre outros.
Ler mais: AQUI

 

3 –  A CRISE

VENCER A CRISE COM O ESTADO SOCIAL E COM A DEMOCRACIA

 

Num país decente, Passos tinha sido ontem demitido

Paulo Gaião


8:00 Segunda feira, 8 de abril de 2013

Num país normal, após a sua intervenção de ontem, Passos Coelho era demitido pelo Presidente da República por ter colocado em causa o regular funcionamento das instituições.

Não se pode atacar o Tribunal Constitucional como Passos Coelho fez, com sentimentos de vingança e ressabiamento, colocando em causa o princípio sacrossanto da separação de poderes, e sair politicamente impune.

Os fusíveis do primeiro-ministro avariaram de vez.

Cavaco Silva pode ter muitos defeitos mas sempre foi um institucionalista. Ontem ou apanhou um ataque de nervos com a intervenção de Passos (não foi ele quem suscitou a fiscalização da constitucionalidade em relação às normas que o TC considerou inconstitucionais?)  ou deu o aval à intervenção do primeiro-ministro e o seu computador também avariou de vez.

Os juízes do Palácio Ratton não são executores da política do governo, como gostaria Passos e a sua entourage. 

Nem são um alibi para disfarçar a cobardia do primeiro-ministro em nunca ter feito em dois anos a verdadeira reforma do Estado.

Agora quer fazê-la à bruta, deitando as culpas no Tribunal Constitucional e punindo os funcionários públicos com novos cortes e despedimentos.    

Agora quer fazê-la tarde de mais, com o país em recessão.

Em 2011, quando chegou ao poder, podia ter reestruturado o Estado (como prometera em campanha e no seu livro Mudar) extinguindo serviços,  criando boas compensações para prescindir de milhares de funcionários públicos, não só nas áreas da Educação, Saúde e Segurança Social mas sobretudo na Defesa.

Faltou-lhe a coragem e foi pela via mais fácil, dos cortes cegos e dos impostos em barda.   

Não fez, como se aconselha no próprio Memorando com a troika, a reforma administrativa que urge há 150 anos, o que implicaria a extinção de metade dos municípios portugueses (como se lê no Memorando).       

Foi, aliás, Miguel Relvas, o grande opositor a esta medida da troika que  em diminuição de despesas,  venda de património municipal e extinção de empresas municipais permitia uma poupança de muitos milhões de euros.     

É difícil um primeiro-ministro fazer tanta asneira junta numa só intervenção de 15 minutos.    

O Tribunal Constitucional limitou-se a fazer o seu trabalho. A questão é cristalina.  Há dois anos os juízes do Palácio Ratton consideraram que estava dentro dos "limites do sacrifício" e dos princípios constitucionais da igualdade e proporcionalidade a redução dos salários dos funcionários públicos.

No ano passado, o TC chumbou o corte de subsídios de férias e de Natal da Função Pública e pensionistas por violarem esses limites. Até para um leigo a decisão não deve espantar.           

Com o acórdão de sexta-feira, e apesar de só estar em causa um subsídio, o TC considerou, na mesma, a violação desses limites. É uma decisão perfeitamente razoável dentro dos quadros possíveis de interpretação da lei constitucional.  

Passos fragilizou ainda mais Cavaco Silva, após este ter reforçado na véspera a confiança política no governo.

Como é que o Presidente da República vai agora desfazer este nó, sendo obrigado, pela natureza da função que exerce, a ter uma palavra de apreço pela decisão do TC, decisão que ele próprio pediu através do pedido de fiscalização da constitucionalidade.       

Passos deu ainda margem total a Sócrates, no dia da estreia deste na RTP, para o  desancar magnificamente de alto a baixo.   

Ao nível do pior de Passos, só António José Seguro, que fala hoje à tarde e nunca conseguirá superar o que Sócrates já disse.   

Passos tinha conseguido, até ontem, manter um quadro de bom senso e racionalidade política que, mau grado todas as dificuldades, fazia dele um primeiro-ministro ultra-resistente, com quem a sua base de apoio, maior ou menor, dava provas de solidariedade. Olhe-se a sondagem de há um mês da Universidade Católica que dava o PSD a subir três pontos, aproximando-o do PSD.

Ontem, ao afrontar o Tribunal Constitucional os fusíveis pifaram. A sua demissão pode ser uma questão de semanas. Na rua...

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