domingo, 28 de abril de 2013

Dia 01 Março - PUEBLOS UNIDOS CONTRA TROIKA. POR OUTRA EUROPA!





Blog PT BR  abril 27/29
BLOG ANO PORTUGAL BRASIL PORTUGAL  ABRIL 27/29 2013
Notícias–Visões e Cultura de Portugal – A Crise Econômica
Editor : Paulo Timm– www.paulotimm.com.brpaulotimm@gmail.com

ANO BRASIL PORTUGAL-Acompanhe a programação neste site:


                                                              ***
                                  INDICE
                                                               1.PORTUGAL-Visões
2.NOTÍCIAS
3. PORTUGAL E A CRISE - Memória e Análises
&&&

1–VISÕES –


El 1 de junio, movilizaciones coordinadas contra la #troika en todos los países del sur de Europa. Convocan @MareaCiudadana y @queselixetroika y much@s mas:

Portugal, España, Grecia, Irlanda, Italia, Chipre, Eslovenia, Francia, Reino Unido, Alemania.... #MareaEuropea



2-  NOTICIAS

Portugal sem passaporte – o povo


Posted: 25 Apr 2013 03:58 PM PDT

Embaixador Francisco Ribeiro Telles
O Embaixador de Portugal no Brasil, Dr. Francisco Ribeiro Telles foi o grande representante da presença portuguesa no 7º Encontro de Negocios na Lingua Portuguesa e os calorosos aplausos que recebeu expressaram bem o conteúde de suas palavras. No Painel em que foi orador, mostrou uma mensagem expressiva, realista e bem fundamentada e no qual traçou um fiel retrato da situação económica e financeira de Portugal no momento atual, para em seguida abordar o tema das relações económicas entre Portugal e o Brasil, realçando as oportunidades presentes e futuras.
O diplomata referiu-se inicialmente ao acordo com a troika, composta pelo FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu que lhe garantiu um empréstimo de € 78 mil milhões de euros, e da importancia para Portugal e para os portugueses em respeitar o acordo e o programa de ajustamento é uma questão de credibilidade para todos nós. Falou da crise, dos sacrificios e deixou claro: ”Não se pode gastar mais do que se arrecada, caso contrário, as gerações futuras, que não autorizaram essas dívidas, vão pagar a conta.” Falou da recessão e de projeções. De perpecticas e  das reformas estruturais que Portugal está a aplicar, criando um ambiente ainda mais propício ao investimento externo no país e abordou, sobretudo, as relações económicas entre Portugal e o Brasil, um mercado estratégico, tanto a nível das nossas trocas comerciais, como do investimento. Referiu-se à balança comercial entre Brasil e Portugal, focando em especial a estrutura das exportações portuguesas para o Brasil, destacando 3 produtos: frutícolas, cujas exportações representam 40 milhões de Euros, valor que se espera venha a aumentar nos próximos anos,o azeite que sozinho representa 160 milhões de Euros, os peixes secos e salgados (4,5% do total), os peixes congelados (3,5%), as máquinas e aparelhos e os minerais e minérios, que no seu conjunto representaram 62% das nossas vendas para este mercado.
Depois Ribeiro Telles enfocou o mercado financeiro,  estratégico para a internacionalização da economia portuguesa e onde o mercado português oferece grandes oportunidades para a internacionalização das empresas brasileiras. 
O mercado brasileiro é estratégico para a internacionalização da economia portuguesa e o mercado português oferece grandes oportunidades para a internacionalização das empresas brasileiras. 
É neste contexto que refiro o processo de privatizações em curso em Portugal com as duas primeiras, no setor elétrico, onde atingimos 60% da arrecadação prevista para todas as privatizações. O restante do programa de privatizações é muito extenso e inclui aeroportos, correios, águas e a companhia aérea TAP, entre outros.” Disse o Embaixador.
O Brasil, que considera Portugal a “porta de entrada para o mercado europeu”, já demonstrou interesse em participar neste programa de privatizações.”
“Consideramos importante a presença de investidores brasileiros neste processo, pois reforça os elos estratégicos entre os dois países. O capital brasileiro é bem-vindo.”
Quem chegar primeiro a Portugal vai pegar o melhor lugar
Portugal pode interessar a empresas brasileiras que querem começar a se internacionalizar, ganhar experiência, tentar investir na Europa sem um custo excessivo. Para investir em Portugal, as empresas brasileiras têm de ter uma visão estratégica, de longo prazo. O país está a atravessar uma situação difícil. Mas o ajuste vai tornar a economia portuguesa mais competitiva. E é agora que se fazem bons negócios. “Quem chegar primeiro a Portugal vai pegar o melhor lugar”.
E aproveitou para referir o novo regime especial de autorização de residência para actividade de investimento em Portugal– “vistos gold”, como são muitas vezes referidos e em vigor desde o ano passado e garante dispensa de visto de residência os cidadãos estrangeiros que cumpram um destes 3 requisitos:
- transferência de capitais no montante igual ou superior a 1 milhão de Euros;
- criação de, pelo menos, 30 postos de trabalho;
- ou aquisição de bens imóveis de valor igual ou superior a 500 mil Euros.
Portugal superando crises
O Embaixador Ribeiro Telles referiu-se depois às crises, do passado e do presente. “Portugal, ao longo dos seus nove séculos de vida, já viveu algumas crises e sempre se reinventou. O Brasil também teve de pedir ajuda externa no fim do século passado e deu a volta por cima. Ou seja, os brasileiros sabem que é possível transformar uma crise em oportunidade.
Por outro lado, o Brasil oferece excelentes perspetivas para a internacionalização das empresas portuguesas. 
Os vários projectos de desenvolvimento promovidos pelo Governo federal e pelos Governos estaduais exigem conhecimento e mão-de-obra qualificada, em áreas onde Portugal possui reconhecida experiência. 
Verifica-se a existência de um forte potencial de cooperação e investimento em diversas áreas, entre os quais se destacam: os setores energético, petroquímico, indústria naval, biotecnologias, indústria farmacêutica, infraestrutura, construção, transporte, telecomunicações, tecnologia de informação e comunicação, e turismo. 
Os avanços significativos de Portugal na área da nanotecnologia, nas energias renováveis, na promoção da eficiência energética aliada ao desenvolvimento de geração eólica e fotovoltaica combinada com a experiência brasileira no desenvolvimento hidroelétrico e de biocombustíveis pode vir a constituir uma cooperação significativa entre os dois países, num futuro próximo.
Temos, também, empresas já estabelecidas no Brasil, nas áreas da construção, portos e logística, onde há necessidade de projetos e investimentos.”
Mais adiante Ribeiro Telles destacou a importancia da iniciativa da Federação e das 13 Camaras de Comercio Brasil-Portugal pelo seu incansável trabalho e pela organização do encontro. E o Diplomata portugues concluiu sua participação no evento dizendo:”Portugal e o Brasil têm um idioma comum e singulares laços históricos e culturais. Têm excelentes relações políticas e institucionais. Têm um relacionamento económico, social e cultural em expansão nas últimas décadas. Temos, em suma, uma ampla e densa base para aprofundar as relações entre as sociedades nos planos económicos e empresarial, social, científico e cultural.”
Como se sabe, o Governo de Portugal não enviou nenhum emissário especial,  mas estiveram presentes vários elementos além do Embaixador. Figuras como Horta e Costa, comissário do Ano Brasil POrtugal, Carlos Moura,diretor do Aicep, em São Paulo, Carlos Pascoa, deputado pela Emigração e Lius Campos Ferreira, Deputado  e presidente da Comissao de Economia e Obras Publicas.

Posted: 25 Apr 2013 09:35 AM PDT
Na abertura do 7º Encontro: Marcio Lacerda, Prefeito de BH; Raul Penna, FCP; Governador Antonio Anastasia. Ministro Fernando Pimentel; e Fernando Dias, presidente da Camara Portuguesa de Minas Gerais
Voltado para medias e grandes empresas, o 7º Encontro de Negócios na Lingua Portuguesa teve a presença de cerca de 1.200 empresários que reunidos em mais de 200 encontros, superou expectativas em valor superior a R$ 1 bilhão, em negócios.
Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, 115 anos e uma população de  5,5 milhões de habitantes, sendo, assim, a terceira maior aglomeração urbana do Brasil,  dos quais cerca de 12 mil portugueses e luso-descendentes - foi o palco de um grande Encontro de Negócios na Língua Portuguesa, que se realizou pela 7ª vez e teve a presença dos 8 países membros da CPLP. Foi um encontro memorável em que se mostrou a pujança económica de cada pais, dando-se a conhecer as grandes oportunidades de investimento. O lamentável é que, o importante acontecimento, que reuniu 1.200 empresários e representantes de toda a CPLP, não teve a presença de representação a nivel do Governo de Portugal.
Para o Ministro Fernando Pimentel,Para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, Portugal é a porta de entrada para a Europa, “é o rosto da Europa, a cara da Europa, voltada para o Atlântico. Além disso, Portugal liga-se ao Brasil por relações históricas e laços afetivos. Nós acreditamos na importância de Portugal.”
A abertura dos trabalhos, como aqui anunciamos, ocorreu na segunda-feira, e contou com a presença,  do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, do governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia e do  prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, do presidente da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, Raul Penna e do presidente da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil, Minas Gerais, Fernando Dias,  entre muitos expressivos nomes do empresariado e autoridades
O 7º Encontro teve o lugar certo para a sua realização. Afinal,  Minas Gerais tem uma economia potencial e sua capital tem localização estratégica, situada num eixo de 600 km entre o Rio e São Paulo e o estado mineiro está inserido nos dois grandes mercados: o Eixo Mercosul-Chile e o Eixo Interoceanico Central. Além disso,  Belo Horizonte é a capital metropolitana que mais cresce no Brasil, seguida por Brasilia, São Paulo e Rio de Janeiro.
Dados do IBGE destacam a Capital Mineira  no contexto economico como a terceira maior região do Brasil e que tem o quinto maior PIB nacional. Some-se ainda que Belo Horizonte é a segunda cidade brasileira em criação de empregos.
Destaque-se ainda que Belo Horizonte tem tires aeroportos, entre eles o internacional ”Tancredo Neves”, considerado o segundo maior do mundo em crescimento de passageiros, com média de 340 voos diários
Como foi o Encontro
Na opinião geral dos participantes, a  reunião foi um extraordinário exito, lamentando-se entretanto a ausencia de algum membro do Governo de Portugal.
O  Encontro reuniu cerca de 1.200 empresários e autoridades públicas e privadas durante dois dias de evento, e além das conferências, painéis e fórum sectoriais, houve realização de rodadas de negócios voltadas para pequenas e médias empresas, assim como para grandes companhias que resultaram em negócios  que deverão – após conclusões finais – poderão geral valor superando a marca de R$ 1 bilhão.
Fernando Dias
Para Fernando Dias, presidente da Camara Portuguesa de Comercio de Minas Gerais o resultado deste Encontro foi memoravel:” O volume de negócios gerado é um reflexo da qualidade das empresas participantes e da facilidade que falar a mesma língua pode trazer.  O número é extremamente positivo e atinge o objetivo deste nosso encontro, que era de  gerar oportunidades comerciais para os participantes dos paises da lingua portuguesa, num encontro atual e de futuro que deverá trazer à tona as oportunidades e desafios do mundo contemporâneo, que foram debatidos em painéis e conferências dos setores estratégicos para os países.”
 Para Raul Penna, presidente da Federação das C amaras Portuguesas de Comercio, agora é preciso intensificar o relacionamento e os negócios  “É preciso haver uma união entre esses países, aliados à nova fronteira que é a áfrica. Essa nova fronteira africana e o Brasil oferecem e abre grandes perspectivas de investimentos, porque este encontro vai trazer à tona as oportunidades e desafios do mundo contemporâneo. ”
Um resultado que será ainda mais positivo com  acordos regionais de comércio,  papéis estratégicos das câmaras de comércio, mas sobretudo intensificação do mundo de negócios nos setores de energias renováveis, mercado imobiliário, infraestrutura, empreendedorismo social, turismo, agronegócios, tecnologia de informação e comunicação, e ainda o ambiente legal para investimentos nos vários países, sobretudo em Portugal, onde as oportunidades são excelentes.
E além do apoio… de investir em Portugal – porque este é o momento - é preciso haver uma união entre os países de lingua portuguesa, aliados à nova fronteira. Essa nova fronteira africana e o Brasil oferecem e abrem grandes perspectivas de investimentos”. Concluiu Raul.
Oportunidades, desafios e rodadas
O Encontro foi um dialogo generalizado no mundo da lingua portuguesa, desde as mensagens de boas vindas a conclusões e bons resultados. E não faltaram aspectos culturais, com Mauricio Tizumba e Tambores Mineiros, na abertura e a Orquestra do SESI-Minas num espetaculo musical que encerrou com chave de ouro o 7º Encontro de oportunidades e desafios de um novo mundo novo, e por onde desfilaram cerca de 70 oradores dos mais variados segmentos: mas,  assinaram-se acordos, existiu investimento, debateram-se estrategias, mostrou-se competição dentro de nossa propria fronteira na lingua, mas neste novo cenário atual e, sobretudo focou-se um cenário visando as prespectivas para um sólido futuro  entre os 8 paises da lingua portuguesa. 
Posted: 25 Apr 2013 05:21 AM PDT
No dia em que se comemora o 25 de Abril, o presidente da República, Cavaco Silva, considerou hoje indiscutível a existência de “uma fadiga de austeridade” entre os portugueses e avisou os responsáveis políticos que precisam de atuar num horizonte mais amplo do que os calendários eleitorais, insistindo na necessidade de consensos.
“É indiscutível que se instalou na sociedade portuguesa uma ‘fadiga de austeridade’ associada à incerteza sobre se os sacrifícios feitos são suficientes e, mais do que isso, se estão a valer a pena. Estas são interrogações legítimas, que todos têm o direito de colocar. Mas, do mesmo modo que não se pode negar o facto de os portugueses estarem cansados de austeridade, não se deve explorar politicamente a ansiedade e a inquietação dos nossos concidadãos”, referiu o chefe de Estado, numa intervenção na sessão solene de comemoração do 39º aniversário do 25 de Abril.
Na parte mais política do seu discurso, o chefe de Estado recuperou a ideia de necessidade de se estabelecerem consensos e avisou que “é uma ilusão pensar que as exigências de rigor orçamental irão desaparecer no fim do programa de ajustamento, em meados de 2014″.
“Reafirmo a minha profunda convicção de que Portugal não está em condições de juntar uma grave crise política à crise económica e social em que está mergulhado. Regrediríamos para uma situação pior do que aquela em que nos encontramos”, salientou, chamando a Assembleia da República a contribuir para consciencializar as exigências com que Portugal será confrontado no período ‘pós-troika’.
“É absolutamente decisivo para o nosso futuro coletivo que essas exigências sejam devidamente tidas em conta nas estratégias político-partidárias. Em nome dos portugueses, é essencial alcançar um consenso político alargado que garanta que, quaisquer que sejam as conceções político-ideológicas, quaisquer que sejam os partidos que se encontrem no Governo, o país, depois de encerrado o atual ciclo do programa de ajustamento, adotará políticas compatíveis com as regras fixadas no Tratado Orçamental que Portugal subscreveu”, defendeu.
Durante o discurso de Cavaco Silva, foram-se ouvindo no hemiciclo vários apartes, nomeadamente de deputados da última fila da bancada do PS, como Pedro Nuno Santos e João Galamba. No final, apenas as bancadas da maioria PSD/CDS aplaudiram – e de pé – o discurso presidencial.
Insistindo na ideia de que não deve haver “ilusões” sobre o futuro e acerca da necessidade de Portugal se preparar para o final do programa de assistência financeira, altura em que não se poderá afastar da linha de sustentabilidade das finanças públicas, o Presidente da República dirigiu-se diretamente aos agentes políticos, económicos e sociais.
“Os nossos agentes políticos, económicos e sociais têm de estar conscientes que deverão atuar num horizonte temporal mais amplo do que aquele que resulta dos calendários eleitorais. Sejam quais forem esses calendários, sejam quais forem os resultados das eleições, o futuro de Portugal implica uma estratégia de médio prazo que tenha em atenção os grandes desafios que iremos enfrentar mesmo depois de concluído o programa de assistência financeira em vigor”, disse.
Pois, acrescentou, “se se persistir numa visão imediatista, se prevalecer uma lógica de crispação política em torno de questões que pouco dizem aos portugueses, de nada valerá ganhar ou perder eleições, de nada valerá integrar o Governo ou estar na oposição”, notou.
“É essencial que, de uma vez por todas, se compreenda que a conflitualidade permanente e a ausência de consensos irão penalizar os próprios agentes políticos mas, acima de tudo, irão afetar gravemente o interesse nacional, agravando a situação dos que não têm emprego ou dos que foram lesados nos seus rendimentos, e comprometendo, por muitos e muitos anos, o futuro das novas gerações”, sustentou.
Na sua intervenção, o Presidente da República recuperou ainda a ideia da urgência de medidas de relançamento da economia, considerando que, apesar das dificuldades e da necessidade de prosseguir esforços no domínio da consolidação orçamental, “sem crescimento económico não haverá consolidação orçamental sustentável e de longo prazo”.
Entre os fatores relevantes para o crescimento económico, Cavaco Silva destacou a competitividade e estabilidade do sistema fiscal, pelo papel que pode desempenhar na captação de investimento, aproveitando para deixar uma ‘sugestão’.
“Seria conveniente que o Orçamento de Estado deixasse de ser apenas um instrumento para alterações profundas do sistema fiscal, devendo servir apenas para ajustamentos em função da conjuntura. A segurança jurídica e a competitividade e a previsibilidade fiscal são elementos decisivos para as decisões dos agentes económicos e, logo, para o crescimento do país”, defendeu.
As reacções da oposição  já se fazem sentir.
O líder parlamentar do PS acusou hoje o Presidente da República de ter feito um discurso “claramente partidário”, considerando que “apadrinhou” a política de austeridade do Governo e em nada contribuiu para o consenso nacional.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou hoje o discurso do Presidente da República, nas comemorações do 25 de Abril, na Assembleia da República, “identificado” com o Governo da maioria PSD/CDS-PP, assemelhando-se ao de um “primeiro-ministro adjunto”.
O líder do Bloco de Esquerda João Semedo defendeu hoje que o Presidente da República fez um “discurso de fação”, em que reconheceu o “insucesso da política de austeridade e apelou a mais austeridade” e à “resignação”.
O deputado do Partido Ecologista “Os Verdes” José Luís Ferreira comparou hoje a intervenção do Presidente da República, nas comemorações do 25 de Abril, na Assembleia da República, à de “um membro do Governo” da maioria PSD/CDS-PP.
Reações do PSD e CDS
O líder parlamentar do PSD e CDS elogiou o discurso proferido pelo Presidente da República na sessão solene comemorativa do 25 de Abril, considerando que foi corajoso, objetivo, equilibrado com apelos à responsabilidade de todos.
“O Presidente da República fez um discurso objetivo, sereno e que foi a meu ver também corajoso no sentido de realçar a capacidade do país – independentemente do posicionamento político dos cidadãos e mesmo dos agentes políticos – para ultrapassar a grave situação em que nos encontramos”, considerou Luís Montenegro.
O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, defendeu  que o Presidente da República fez um discurso com “elevado sentido de responsabilidade”, apontando “aquilo que está a correr menos bem”, o combate ao desemprego e financiamento das empresas.
“Foi um discurso com elevado sentido de responsabilidade e muito claro na explicação que deu aos portugueses dos sacrifícios que viveram, que estão a viver ainda, daquilo que foi conseguido com esses sacrifícios e daquilo que é necessário ser feito e nomeadamente do que está a correr menos bem, ou seja, o combate ao desemprego e financiamento de pequenas e médias empresas”, afirmou Nuno Magalhães aos jornalistas.
1
Posted: 25 Apr 2013 05:14 AM PDT
Isaltino Morais, Autarca de Oeiras, foi detido ontem ao início da tarde argumenta que prisão é novamente ilegal e entrou com um pedido de libertação, A resposta só deve chegar amanhã
Dez anos e 20 dias depois de ter rebentado o escândalo sobre as contas na Suíça, dois anos e nove meses depois da condenação por fraude fiscal e branqueamento de capitais e 46 recursos depois, que completaram três voltas inéditas pelos tribunais superiores, Isaltino Morais foi ontem detido para cumprir as 17 497 horas que ainda lhe faltam da pena de dois anos de prisão.
Eram 12h quando a juíza de Oeiras Marta Rocha Gomes decidiu emitir o mandado de detenção do autarca, que passou as últimas horas no estabelecimento prisional anexo à Polícia Judiciária (PJ) em Lisboa. Tal como em Setembro de 2011 – quando o presidente da Câmara de Oeiras foi detido e 23 horas depois libertado -, a defesa já avançou com um habeas corpus (pedido de libertação) e com o mesmo argumento: a detenção foi ilegal: “Temos ainda vários recursos pendentes com questões como a prescrição dos crimes ou a contradição dos acórdãos”, disse à Lusa o advogado Rui Elói Ferreira. A resposta ao pedido de libertação deve ficar adiada para sexta-feira, uma vez que hoje é feriado.
Ao que o i apurou, Isaltino terá neste momento pendentes pelo menos dois recursos: um no Tribunal de Oeiras, em que alega a prescrição do crime de branqueamento de capitais, e um no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em que pede a uniformização de jurisprudência, por considerar que o Tribunal da Relação emitiu duas decisões contraditórias. Nenhum deles, ao que o i averiguou, terá efeitos suspensivos. Isto é, podem ser decididos sem que a decisão condenatória fique suspensa.
Comparação com Casa Pia Há muito que a juíza e o Ministério Público de Oeiras defendiam que os recursos interpostos pelo autarca em nada interfeririam na decisão condenatória, pois esta era definitiva desde 19 de Setembro de 2011. Apesar disso, depois da peripécia em torno da detenção ilegal, em Setembro de 2011, um novo mandado de detenção foi sendo adiado até ontem, devido a um acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa. A 24 de Abril de 2012, um colectivo daquele tribunal superior rejeitou um pedido do Ministério Público para a detenção do autarca. Segundo os desembargadores, “apesar do trânsito em julgado da decisão condenatória”, esta devia “considerar-se inexequível até ao trânsito da decisão relativa à prescrição”. Esta decisão faria que o caso ficasse em suspenso, enquanto o autarca de Oeiras ia invocando em todos os tribunais que os crimes de fraude fiscal de 2001 e 2002 teriam prescrito. Até que essa volta de recursos terminou. Mal esses documentos baixaram ao tribunal de Oeiras, o procurador do Ministério Público Luís Eloy voltou a pedir a detenção imediata de Isaltino. Os obstáculos teriam terminado.
No documento, que consta dos autos do processo que o i consultou, Luís Eloy afirma que os acórdãos da Relação de Lisboa transitaram em julgado e, como tal, “nenhum obstáculo existe à executoriedade imediata da decisão condenatória firmada de dois anos de prisão”. Para reforçar a sua posição, o procurador invocou mesmo um acórdão do STJ relativo a um recurso de Carlos Silvino, um dos condenados do processo Casa Pia. Luís Eloy faz uma comparação e refere que tal como no acórdão do juiz conselheiro Santos Cabral, “com claras similitudes com o caso em apreço, a executoriedade já existia há muito, como o MP sempre defendeu” no processo relacionado com as três contas na Suíça (com cerca de 1,1 milhões de euros) que Isaltino não declarou ao fisco.
Ontem, a juíza concordou com o procurador. Frisando que o apenso que junta todos os recursos relativos à prescrição dos crimes de fraude fiscal já tinha descido do tribunal da Relação de Lisboa, a juíza entendeu que “nada obsta à execução da decisão condenatória”. O autarca foi detido à hora de almoço junto à Câmara de Oeiras.
-----------------
RESISTIR -  http://resistir.info/

3 –  A CRISE
O Povo unido tem muita força
Recolhe assinaturas em papel também!

Para além das subscrições online, recolhe assinaturas junto da tua rede de amigos, familiares, colegas de trabalho, etc.
Aproveita as múltiplas acções de luta e de protesto um pouco por todo o pais (como brevemente o 25 de Abril e o 1º de Maio, entre outras) e recolhe mais apoios para esta Moção.
Todos nós podemos recolher assinaturas e assim reforçar a sua importância.
Partilha e divulga a Moção!

Nenhum comentário:

Postar um comentário