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27 dez : Emigração portuguesa: menos desemprego e mais remessas ou um
grande problema para o futuro
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Notícias–Visões
e Cultura de Portugal – A Crise Econômica
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3. PORTUGAL E A CRISE - Memória e Análises
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1–VISÕES:
1. Salt
of Portugal compartilhou um
link - http://saltofportugal.wordpress.com/2012/12/24/a-royal-cake/
A regal cake
December 24, 2012 § Leave a Comment
During the Christmas season, Portuguese pastry stores transform many tons of flour, sugar, eggs, port wine, and candied fruit into the popular king’s cake (bolo rei).Bolo rei was introduced in Portugal in the second half of the 19th century by Confeitaria Nacional, a pastry store in downtown Lisbon. It was based on France’s “gateaux des rois,” a royal cake forbidden during the French revolution until pastry chefs renamed it the “people’s cake” (gateaux des sans culottes).
Over time, Confeitaria Nacional’s recipe was imitated and adapted, and bolo rei became an integral part of Portuguese culture. So much so that, once the monarchy was abolished in 1910, the Portuguese parliament met to rename it the Republic’s cake. But the awkward name never caught on.
Pastry stores used to hide two objects inside the cake: a gift (a trinket or, in some cases, a gold coin) and a dried fava bean. The gift has been eliminated but the fava bean is still included. According to tradition, whoever gets it has to buy the next cake.
The custom of hiding a fava bean inside a cake originated in the ancient Roman festival of Saturnalia. The person who found the fava bean became king of the Saturnalia and served as the festival’s master of ceremonies.
If you’re in Portugal during the Christmas season, make sure you try some bolo rei. It’s a sweet piece of European history.
2- NOTICIAS
Portugal sem passaporte - o povo
|
- TAP
transportou 10 milhões de passageiros em 2012
- Multinacionais
estrangeiras invadem o Norte de Portugal. Brasil e Estados Unidos entre
elas
- Mensagem
de fim de ano do Primeiro Ministro de Portugal
- Emigração
portuguesa: menos desemprego e mais remessas ou um grande problema para o
futuro
3-PORTUGAL
E A CRISE- MEMÓRIA E ANÁLISE
O capitalismo num beco sem saída: uma visão
marxista da actual crise
10/12/2012, Manuel Raposo, Jornal Popular “Mudar de Vida”, Portugal
http://www.jornalmudardevida.net/?p=2994
10/12/2012, Manuel Raposo, Jornal Popular “Mudar de Vida”, Portugal
http://www.jornalmudardevida.net/?p=2994
O Capitalismo num Beco Sem Saída[1] é o expressivo título de um livro, publicado este ano nos EUA, que analisa a presente crise do capitalismo mundial de um ponto de vista marxista.
Centrado sobretudo na situação dos EUA, o livro mostra o significado da destruição de emprego e da sobreprodução numa era de alta tecnologia e grande produtividade do trabalho. Uma obra que, a partir da actualidade, aborda não apenas os aspectos económicos da crise mas também os movimentos sociais e políticos que ela está a gerar.
O autor, o norte-americano Fred Goldstein, colabora no jornal Workers World e publicou em 2008 uma outra obra, Capitalismo de Baixos Salários[2], em que aponta os efeitos do novo imperialismo globalizado e de alta tecnologia na luta de classes nos EUA.
A exposição de O Capitalismo num Beco Sem Saída, ao qual se dedica esta recensão, assenta em três ou quatro dados decisivos para entender a actual crise, mas muito pouco falados pelas correntes de opinião dominantes. São eles, a nosso ver, os seguintes:
– Esta crise é de longa duração, estamos ainda nos seus primeiros estágios, e, pela sua natureza, não se compara aos normais altos e baixos da actividade económica.
– Na sua raiz está uma quebra na taxa de acumulação do capital, o que faz dos aspectos financeiros uma decorrência e não uma causa dos problemas presentes.
– A crise estalou depois de décadas de grande progresso tecnológico, de aumento da produtividade do trabalho e da concorrência, o que desmente a ideia espalhada de falta de produção e de competitividade, e mostra, pelo contrário, que o sistema rompe pelas costuras em resultado da sua própria capacidade de produzir em larga escala.
– Nos casos em que se pode falar de alguma retoma económica após o colapso de 2008 (como nos EUA), essa retoma faz-se sem recuperação do emprego entretanto destruído em números sem precedentes.
Daí, todo o sistema capitalista se encontrar num beco sem saída. Ou, como diz o autor, “O capitalismo chegou a um ponto em que nada de natureza económica, só por si, poderá fazer o sistema avançar e crescer mais”.
A partir destas constatações, e fazendo comparações com as grandes crises mundiais de 1873-96 e de 1929-39 – das quais o capitalismo saiu sob o impulso da guerra (guerra americana-espanhola de 1898, guerras mundiais de 1914-18 e de 1939-45), enveredando pela expansão imperialista – a resposta do capitalismo mundial à sua crise de hoje aponta igualmente para a “destruição maciça de meios de produção e de infraestruturas”.
Com os cataclismos verificados desde 2008, o panorama da luta de classes também se altera. A tendência para lucrar a taxas cada vez menores, a incapacidade de recuperar, mesmo parcialmente, os níveis de emprego – traduzem-se numa quebra generalizada dos salários (um “capitalismo de baixos salários”). E, portanto, no dizer de Fred Goldstein, “A era das concessões deu lugar à época das devoluções” – como é bem patente, dizemos nós, do lado de cá do Atlântico, não apenas na redução dos salários como nos cortes dos apoios sociais, na crescente insegurança do emprego, no ataque aos direitos laborais e sindicais. Tudo aquilo, enfim, que na Europa do pós-guerra e no Portugal pós 25 de Abril era apresentado como um “ganho civilizacional”, supostamente irreversível.
Esta crise mostra ainda ser diferente, sublinha Goldstein, por outra razão. “Todos os métodos tradicionais pelos quais o sistema foi estimulado [em situações anteriores] estão as ser aplicados, mas já não funcionam”. A prova está nos biliões de dólares (e de euros) injectados sobretudo no sistema financeiro com o único efeito de arrastar a crise, mas sem sinais de uma retoma económica.
Mais: o facto de os negócios nos EUA marcharem a passo de caracol e de a Europa e o Japão estarem à beira do declínio, faz aumentar, mesmo nos bastidores do poder, o temor de um novo retrocesso económico global.
Ora, uma crise de extensão mundial, que não se resume a uma quebra cíclica dos negócios nem tem à vista nenhuma verdadeira recuperação, assume então, parece-nos, um sentido histórico de fim de época.
Na verdade, afirma o autor, “O sistema do lucro entra num estádio no qual só consegue arrastar para trás a humanidade”. Então, “As massas da população hão-de chegar a um ponto em que não poderão continuar a seguir o mesmo caminho porque o capitalismo lhes bloqueia todas as vias de sobrevivência”. E, chegada a este ponto, “a humanidade só pode avançar limpando a estrada da sobrevivência, o que significa nada menos do que destruir o próprio capitalismo”.
As teses do livro de Fred Goldstein, conduzem-nos, com efeito, a uma questão a que os marxistas e o movimento comunista terão de prestar a maior atenção: com esta crise encerrou-se a época de expansão do capitalismo iniciada após a segunda grande guerra; e, consequentemente, estão a criar-se as condições para um novo ciclo de revoluções sociais à escala mundial.
Devem, portanto, em nossa opinião, ser lidas como sendo da maior actualidade as palavras de Karl Marx no balanço que fez à crise económica de 1847. Reflectindo sobre a recuperação do capitalismo nos anos de 1848 e 1849, uma vez vencidas as revoluções verificadas na Europa em 1848, dizia ele:
“Nesta prosperidade geral, em que as forças produtivas da sociedade burguesa se desenvolvem com toda a exuberância de que são capazes no quadro das relações burguesas, não se pode dar nenhuma verdadeira revolução. Uma tal revolução só é possível em períodos em que estes dois factores, as forças de produção modernas e as formas de produção burguesas, entram em conflito.”
E conclui Marx: “Uma nova revolução só será possível na sequência de uma nova crise. Mas aquela é tão certa como esta.”
Não é a crise que estamos a viver, afinal, a evidência do conflito entre as forças de produção modernas e as formas de produção burguesas?
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[1] Capitalism at a dead end – Job destruction, overproduction and
crisis in the high tech era. A marxist view. Fred Goldstein. World View
Forum, New York, 2012. O livro
está www.lowwagecapitalism.com/ (em ing.) e em www.rosa-blindada.info/b2-img/Capitalismo.pdf (em esp.) [De Tlaxcala, rede internacional de tradutores] [NTs].
[2] Low-wage capitalism: colossus with feet of clay – what the new
globalized, high-tech imperialism means for the classstruggle in the US. Fred Goldstein. World View Forum,
New York, 2008
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