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europeus assinam carta para reindustrialização
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Notícias–Visões e Cultura de Portugal – A
Crise Econômica
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INDICE
1.PORTUGAL-Visões
2.NOTÍCIAS
3. PORTUGAL E A CRISE - Memória e Análises
&&&
1–VISÕES:
Um Farol de Portugalidade
no Continente Americano
João J. Brandão
Ferreira - Oficial Piloto Aviador
Segunda-feira, 10 de Dezembro de 2012
(texto
lido na Homenagem promovida a Manuel Luciano da Silva na Sociedade de Geografia
de Lisboa: 06.12.12)
“Deus deu aos portugueses um berço Estreito para nascer, e um
mundo Inteiro para morrer”.
(Padre António Vieira)
Introdução
Da vasta e rica biografia e obra do Dr. Luciano da Silva já
outros trataram e a melhor título do que eu o faria.
Por isso decidi dilucidar uma faceta deste nosso compatriota –
que nunca esqueceu as suas origens, apesar de ter passado a maior parte da sua
vida em território estrangeiro – que o ultrapassa a ele, à sua obra, à sua
pátria e ao seu país de acolhimento, os EUA, para se tornar progressivamente
universal.
Estou a querer referir-me à defesa que intentou fazer durante a
maior parte da sua longa vida – depois de firmar a sua competência nas ciências
médicas: a importância e pioneirismo dos descobrimentos portugueses, na
história do mundo, em geral, e do continente americano, em particular.
Assim nós saibamos dar continuidade à sua obra!
Desenvolvimento
A História de Portugal é rica em eventos de toda a natureza.
Está recheada de glórias, de desastres e alegrias, e conta, também, com o seu
quinhão de infâmias.
Entre o activo e o passivo, creio que ainda saímos de cabeça
levantada e, num “ranking” mundial que não nos envergonha.
Nestes quase 900 anos a nação dos portugueses viveu intensamente
e, se a humanidade acabasse agora, nós não passaríamos despercebidos na sua
história futura, pois deixámos nela, indelevelmente marcado o nosso cunho.
Foi esse “cunho” que o Dr. Luciano da Silva se dedicou a
conhecer melhor, enaltecer e divulgar.
Neste âmbito, o podemos assemelhar ao notável 2º Visconde de
Santarém,[1][1] diplomata e historiador, exilado em paris, e que em larga faixa
do século XIX, prestou um assinalável contributo para a afirmação dos
descobrimentos portugueses no mundo, e dos direitos de Portugal, em áfrica.
Investigador de mérito, o Dr. Luciano da Silva, juntava às suas
qualidades, a iniciativa junto com a capacidade de realização prática, que são
um conjunto de atributos difícil de reunir na mesma pessoa.
Deste modo a redescoberta da “Pedra de Dighton”, em 1959, no
leito do rio Taunton, perto de Berkeley, e o seu estudo sobre o pioneirismo dos
Corte Reais, que dos açores e de Lisboa, navegaram para a terra nova e o norte
do continente americano, foram causa da sua participação no I Congresso
Internacional dos Descobrimentos Portugueses, em 1960, em Lisboa.
Foi o princípio de uma longa luta de incompreensões que o
acompanharam ao longo da existência.
Note-se que nem o notável “Dicionário da História de Portugal”,
coordenado por Joel Serrão, quando se refere à dita pedra, refere Luciano da
Silva, fazendo apenas referência ao americano Delabarre que, a partir de 1918,
falou em primeiro lugar na tese portuguesa, misturada com meia dúzia de outras,
algo fantasistas. Este Delabarre chegou a ser condecorado pelo governo
português, em 1926.
Felizmente que hoje se reconhece o valor do homenageado, ao
ser-lhe concedido o grau de Comendador da Ordem de Mérito, em complemento do
grau de oficial da Ordem do Infante D. Henrique, outorgado em 1968.
Espera-se que, de igual modo, o seu nome passe a ser uma
referência quanto à Pedra de Dighton aquando de uma reedição do assinalado
dicionário.[2][2]
Reunindo apoios nos EUA conseguiu remover a citada pedra – cujas
inscrições ele estudou minuciosamente e da qual existe uma cópia no exterior do
museu de marinha (e mesmo assim continua desconhecida da maioria dos
portugueses) – e, com base nela, levantar um pequeno museu no estado do
Massachusetts, de que chegou a ser director.
Mais tarde, interessando-se pela figura do grande Almirante
Cristóvão Colon, investigou as suas origens e vida, escrevendo um livro
intitulado “era Cristóvão Colon (Colombo) Português?”, em que procurou provar,
em bases sólidas, a nacionalidade portuguesa desse grande personagem da
história universal.
A ele e a sua mulher se devem a notável descoberta, na biblioteca
do vaticano, de duas bulas do Papa Alexandro vi, em que o nome do navegador
aparece escrito em português, e não em latim (como seria normal), castelhano ou
genovês…
Para além de numerosos artigos, conferências, entrevistas,
programas de televisão e rádio, em que foi parte, em vários países – e que se
contam pelas centenas – Luciano da Silva ainda conseguiu criar uma associação e
museu, com o seu nome, na sua terra natal (Cavião, Vale de Cambra), dedicada às
paixões da sua vida, e foi argumentista do filme que o consagrado Manuel de
Oliveira realizou, dedicada ao mistério da vida de colon (intitulado “Cristóvão
Colombo – o Enigma”), que foi premiado na bienal de Veneza, em 2008.
Manuel Luciano da Silva foi ainda membro fundador da associação
Cristóvão Colon, com sede em Cuba, Alentejo, que se dedica à defesa da
portugalidade do incorrectamente apelidado “descobridor da américa”.
Luciano da Silva foi investigador sério e patriota, e a sua
acção devia servir de exemplo para quem, em Portugal e no resto do mundo, tem
tratado este tema.
De facto não queremos deixar de lamentar a “subserviência” que
foi o tom da participação portuguesa na Expo 92, em Sevilha, que permitiu aos
espanhóis menorizar a grandeza lusa, proclamando aos quatro ventos a tese do
“encontro de culturas” em detrimento da epopeia descobridora e da preterição do
pioneirismo português face à “expansão dos povos da meseta”. Entre muitas
outras maldades…
Lembro ainda a oportunidade perdida da Expo 98, em lisboa, em
que se tratou o excelente tema dos “oceanos” sem abordar a história, tudo feito
numa linguagem muito “modernista”, como a dizer que não se queria nada com o
passado...
E que dizer da própria comissão dos descobrimentos, que eivada
do “politicamente correcto” e de preconceitos da historiografia marxista,
decidiu defender a tese genovista, que dá Colon nascido em Génova e a atacar
quem tal contestasse!
E, em todo este âmbito, é lamentável que o franco e necessário
debate das ideias, saia do campo académico e científico, para aquele dos
ataques estéreis e da ofensa pessoal.
A obra de homens com Luciano da Silva, também continua a ser
ignorada pela generalidade da escola e dos órgãos de comunicação social
embeiçados, que estão, na propagação das ideias europeístas e da “História da
Europa”, em detrimento do estudo daquilo que fizeram os nossos antepassados.
Por isso desejo aqui expressar o meu apreço pela coragem da
actual presidência da academia portuguesa da história, ao abrir aquela vetusta
instituição ao estudo de teses que saiam fora da “verdade oficial”, como é o
caso de Cristóvão Colon.
Foi pena que o homenageado de hoje, já não pudesse ter
disfrutado desta abertura.
Conclusão
O Dr. Luciano da Silva foi um homem de causas e combateu o bom
combate, com tenacidade, saber e coragem. E, no seu caso particular,
constituiu-se ainda em farol permanente de portugalidade e patriotismo em
terras estranhas – o que devia ser apanágio de todos os bons portugueses.
É da mais elementar justiça reconhecer a sua obra e apontá-lo
como exemplo cívico.
Resta-me deixar um repto à Sociedade de Geografia, que serviria
como derradeira homenagem a quem esta sessão é dedicada: era grata intenção de
Luciano da Silva conseguir que uma réplica da Pedra de Dighton fosse
transportada para a ilha da terceira, de onde era originário Miguel Corte Real,
filho de João Corte Real, 1º Capitão Donatário de Angra.
Apesar dos esforços que fez junto do Governo Regional dos
Açores, tal nunca se efectuou.
Seria uma boa acção da Sociedade de Geografia de Lisboa levar a
cabo este desiderato por diante.
Manuel Luciano da Silva foi mais um daqueles portugueses
ilustres, retratados na citação do Padre António Vieira e homem de igual
têmpera
Lá no etéreo firmamento de onde nos possa estar a escutar, vai
para si, caro Dr. Luciano da Silva, um grande bem - haja!
Revista NOVA ÁGUIA
2- NOTICIAS
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- Governo de Portugal
aprova contrato de concessão dos aeroportos
- Governo Portugues
pronto para mais austeridade se receitas derraparem em 2013
- Carlos Castro: Um
caso sórdido ao gosto de uma informação reles
- Assembleia
Legislativa e Prefeito Roberto Claudio recebem Medalha Forte de São
Sebastião
- Executor do
“mensalão” envolve Lula da Silva e Portugal Telecom
- Ministros europeus
assinam carta para reindustrialização
- Quanto vale a TAP,
afinal? Proposta devia ser reprovada?
Posted: 11 Dec 2012 02:40 PM PST
SE as receitas
fiscais derraparem em 2013, o governo português vai implementar novas medidas
de austeridade. A intenção passa por cortar o equivalente a 0,5 por cento do
Produto Interno Bruto, um corte que deverá incidir sobretudo do lado da
despesa. Nesse caso, as medidas visam a redução no custo de salários e o
aumento da eficácia no funcionamento da administração pública.
No relatório final da Comissão
Europeia sobre a sexta avaliação ao Memorando de Entendimento Português, a que
a agência Bloomberg teve acesso, Bruxelas diz que o goverrno de Lisboa está já
pronto para impor mais austeridade se em 2013 houver derrapagens.
Governo e Comissão Europeia estão assim em sintonia sobre as medidas a adotar em caso de necessidade: cortar o equivalente a 0,5 por cento do Produto Interno Bruto, sobretudo do lado da despesa.
Governo e Comissão Europeia estão assim em sintonia sobre as medidas a adotar em caso de necessidade: cortar o equivalente a 0,5 por cento do Produto Interno Bruto, sobretudo do lado da despesa.
Bruxelas não esconde que há o
risco associado ao ajustamento feito do lado da receita e, por isso, prepara-se
um cenário de mais medidas de contingência do lado da despesa, visando redução
no custo de salários e aumentando a eficácia no funcionamento da administração
pública.
3-PORTUGAL
E A CRISE- MEMÓRIA E ANÁLISE
Posted: 11 Dec 2012 05:36 AM
PST – O POVO
Os ministros da Economia
de Portugal, Espanha, Alemanha, França e Itália assinaram esta manhã uma carta
para relançar o crescimento económico através da reindustrialização dos países
europeus, avança o Expresso.
A confirmação foi feita pelo ministro Álvaro Santos
Pereira àquele semanário, depois de Portugal e mais quatro países europeus
terem proposto ontem, na reunião da Competitividade da União Europeia a
reindustrialização da Europa com o objectivo de inverter o ciclo de
deslocalização de empresas e perda de emprego no Velho Continente.
À margem do encontro, Santos Pereira defendeu que esse processo
de reindustrialização passe pela flexibilização de algumas regras, nomeadamente
ao nível ambiental.
“Ao nível das regras ambientais e de outras regras
obviamente que sejam importantes, a Europa não deve ser mais papista que o papa
em relação a outras regiões do globo”, afirmou o ministro da Economia, citado pela
Lusa.
Santos Pereira acrescentou que algumas políticas
nesta matéria têm sido contraproducentes em matéria ambiental. “Ao impor regras
extremamente difíceis às nossas empresas e incentivando a deslocalização para
outras áreas do globo onde estas regras não existem, contribui, por exemplo,
para o agravamento das alterações climáticas, e muitas vezes para que a
protecção dos trabalhadores não aconteça”, sublinhou o ministro, adiantando que
regras “fundamentalistas” acabam por levar à importação de bens produzidos ao
abrigo de políticas ambientais muito mais brandas que as da União Europeia.
As declarações geraram polémica junto de
organizações ambientalistas como a Quercus, que classificou de “lamentável” o
argumento defendido por Santos Pereira.
“É lamentável que algumas personalidades da nossa
sociedade vão, cada vez mais de uma forma insistente, tentando intoxicar a
opinião pública, fazendo querer que o ambiente é a causa de muitos problemas
que, infelizmente, atravessamos», afirmou à TSF o presidente da Quercus, Nuno
Sequeira.
Para o responsável o discurso do ministro da
Economia “poderia fazer sentido há 30 ou 40 anos, mas não actualmente”.
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