Blog PT_BR dez 06 – Os sinos da torre da igreja da minha terra
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dezembro
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E A CRISE - Memória e Análises
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1–VISÕES:
Os sinos da torre da igreja da minha terra
Hermenegildo Coelho Marques
http://www.ansiao.net/sinos100.html
Quando alguém está ausente da terra onde nasceu, por tempo indeterminado – e muito embora lá vá com regularidade -, há um som que o marca para toda a vida: é o toque dos sinos. São emocionantes aquelas badaladas, tenham elas o significado que tiverem. É natural, é humano que, se forem a anunciar a morte de qualquer pessoa da nossa família, mais emocionem. Estou a lembrar-me do que foram terríveis essas badaladas, do que elas penetraram dentro de mim, em 1983, aquando do enterro de um familiar meu, que muito estimava e por quem tinha um grande dever de gratidão. Aqueles toques, que se foram ouvindo entre a Igreja e o Cemitério, ainda hoje estão bem presentes no meu espírito e me perturbam, apesar dos mais de vinte anos já passados.
É evidente que os sinos não anunciam só tristezas; também anunciam alegria, festa. São até especiais esses toques. Na velha Roma, uma espécie de sino, que não passava de uma simples matraca metálica, anunciava a abertura das feiras e a hora da entrada para os banhos públicos.
A data da invenção dos sinos é difícil de marcar, dada a sua evolução através dos séculos. O primeiro emprego dos sinos nas torres das Igrejas, atribui-se a S. Paulino, bispo de Nola, na Campânia, Itália, no século V. Certamente derivam daí os nomes Nola, para o sino grande, e campana – de onde deriva campanário (?) -, para o mais pequeno. Entre nós, parecem existir sinos e campanários desde o século IX.
Recorde-se que, quando o Papa João Paulo II, em Maio de 1990, chegou à Ilha de Malta, na sua Viagem Apostólica, foram ouvidos os sinos das suas 313 igrejas para o Saudarem.
O poeta António Correia de Oliveira, no seu "auto do Fim do Dia", escrevia:
Sino, Coração da Aldeia
Coração, sino da Gente:
Um a sentir quando bate
Outro a bater quando sente.
Julgo que também se enquadra bem neste apontamento a "Letra" do Fado cantado pela fadista Maria da Fé, exactamente com o título de "o Sino da Minha Aldeia":
O sino da minha Aldeia
Dolente na tarde calma
Cada sua badalada
Soa dentro de minh’alma.
É tão lento o seu soar
Cântico triste da vida
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me estejas perto
Quando parto sempre errante
És para mim como um sonho
Soas-se na alma distante.
A cada pancada tua
Vibrante no céu aberto
Sinto mais longe o passado
Sinto a saudade mais perto.
Há várias dezenas de anos que deixei a Aldeia onde nasci. Depois disso, muitos sons de muitos sinos tenho ouvido ao longo de todo este tempo, mas os sons daqueles toques, daquelas badaladas, tão característicos, que durante treze/ catorze anos ouvi todos os dias a diversas horas do dia, essas estão cá.
Não sei quem foi o autor desta "letra", mas é fácil afirmar que é, com certeza, de alguém que também nunca esqueceu a sua Terra, os Sinos da Torre da sua Igreja…
Em Novembro de 1987 (já vão passados vinte anos!) dediquei umas simples e despretensiosas quadras à minha Terra. Nem todas agora estão actualizadas, em especial aquelas que se referem à Fonte do Alvorge, no que ela representava para o abastecimento de água a toda a freguesia – e não só, que cada qual acarretava como podia: em cântaros, em dornas, que eram colocados em carros e carroças puxados por animais, mais tarde já em depósitos especiais adaptados a veículos motorizados, etc… Nessa altura ainda não havia água canalizada, até às diversas localidades. Dizia eu, então, numa dessas quadras, que: Tem fama a sua nascente / Por naquela região / Ter água p’ra toda a gente / Mesmo no pino do Verão. A última quadra, porém, está sempre actualizada, pois tem a ver com aquelas pessoas que têm (ou parece terem) vergonha de dizer o nome da Terra de onde são naturais:
Alvorgenses, meu irmão,
Pensa sempre no que dizes.
Não negues o teu torrão
Respeita as tuas raízes.
É assim que termino este apontamento, nesta quadra em que o tocar dos sinos, em especial no mês de Novembro, mais nos fazem lembrar os que já partiram deste Mundo.
Hermenegildo Coelho Marques
2 NOTICIAS
Edição Impressa – PUBLICO - http://jornal.publico.pt/
3-PORTUGAL E A CRISE- MEMÓRIA E ANÁLISE
Austeridade mata – Publicado FB
Paula Cabeçadas
Este é
daqueles posts que as pessoas não partilham porque as pessoas acham que OMITIR
a REALIDADE irá evitar que a mesma se agrave! Infelizmente com a nossa omi...
ssão,
esta realidade agrava-se e o Governo agradece, não tomando assim medidas que
defendam os cidadãos desta austeridade cruel! Reparem agora, o que se passou e
passa em Espanha! Completamente o contrário! Pensem, que omitir a realidade é o
mesmo que consentir,… não faça o que o ditado diz: "Quem cala,
consente"!
“Apenas quando somos instruídos pela realidade é que podemos mudá-la” Bertolt Brecht
A austeridade Mata!
“Apenas quando somos instruídos pela realidade é que podemos mudá-la” Bertolt Brecht
A austeridade Mata!
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