domingo, 16 de dezembro de 2012

PORTUGAL FACE AOS FACTORES EXTERNOS - 1948-1986


BLOG PT_BR dez 16 - Portugal face aos factores externos - 1948-1986 Evolução da política comercial

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     Notícias–Visões e Cultura de Portugal – A Crise Econômica


Editor : Paulo Timm– www.paulotimm.com.brpaulotimm@gmail.com 

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                                  INDICE

 

                                                               1.PORTUGAL-Visões
2.NOTÍCIAS
3. PORTUGAL E A CRISE - Memória e Análises
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1–VISÕES: Portugal face aos factores externos - 1948-1986 Evolução da política comercial

 

Autor: Joaquim Morais
Podemos contextualizar a Política Comercial Portuguesa de 1948 a 1986, como o rosto visível de um longo e arrastado processo de Internacionalização da nossa economia, mesmo tendo em linha de conta, que o aludido processo teve como objectivo primeiro a transição para a entrada na Comunidade Europeia ( CEE).
No Após-guerra ( fins dos anos 40 e década de 50) Portugal aderiu a duas organizações internacionais, as quais tentam facilitar o Comércio Externo; Organização Europeia de Cooperação Económica ( OECE) instituição de liberalização do comércio e a União Europeia de Pagamentos, que procurava liberalizar os pagamentos Internacioanis.
Releva-se o abandono às restrições quantitativas e de outros controlos de trocas com o exterior ( licenças e contingentes) . Esse procedimento de harmonia com as nossas obrigações no quadro da ( OECE), processou-se de forma rápida, agilizando as suas formas e características e em 1954 na OECE a percentagem de sectores não afectados pelas restrições quantitativas, cifrava-se em 73 por cento e em Portugal atingia o valor de 93 por cento..
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Nos anos 50, procurou-se promover a integração económica entre a Metrópole e os territórios Ultramarinos Portugueses, pois era imperativo acompanhar a realidade política de meios económicos, neste caso particular de mais intensos fluxos comerciais. Assim, aprovou-se um conjunto de reduções alfandegárias, notoriamente vantajosas para os territórios ultramarinos. A década de 60 fica assinalada em termos de política comercial, pela substituição da “ Pauta Alfandegária” de 1929 ( 1959) pela adesão de Portugal à “ Associação Europeia de Comércio Livre” ( EFTA) em 1960, bem como pela adesão à estrutura Institucional do GATT ( Acordo sobre impostos alfandegários e comércio) ao FMI e ao BIRD.
Na sequência cronológica e pelo facto de ter aderido ao GATT, Portugal fêz vigorar no país as reduções alfândegárias acordadas no “ Kennedy Round” ( 1964 – 1967). A entrada de Portugal na EFTA , representou a opção nacional mais conveniente, tendo em conta a bipolarização comercial da Europa , que ameaçava discriminar negativamente as exportações Portuguesas. A opção pela EFTA, face a uma hipotética decisão pelas Comunidades, configurava a escolha por um movimento com um grau inferior de integração ( zona de comércio livre) ao mesmo tempo que pretendia acompanhar o Reino Unido, mercado tradicional de exportação ( 12 por cento das exportações da época) evitando deste modo a perda de autonomia política e económica, nomeadamente no que respeita às relações com os territórios ultramarinos, dando continuidade a uma política de substituição de importações, beneficiando simultâneamente da pertença a um grupo de impacto regional com poder negocial face às Comunidades. É conveniente lembrar que por ocasião da criação das Comunidades, já as mesmas representavam cerca de ¼ das exportações Portuguesas.
No conjunto dos paises membros da EFTA, Portugal era o menos desenvolvido, todavia, consegiu negociar um esquema de liberalização dos impostos específicos ( anexo G da convenção de Estocolmo) não tendo de conferir vantagens simultâneas equiparadas a outros participantes. Com efeito, enquanto que 87 por cento das exportações Portuguesas, puderam desde logo beneficiar do regime da convenção, só 23 por cento das importações ficaram sujeitas ao mesmo regime, ficando 65 por cento sujeitos ao regime mais proteccionista do anexo G.
Tendo em linha de conta, todos os compromissos internacioanis subscritos por Portugal na década de 60, não é de estranhar que se tenham afastado as restrições cambiais, a generalidade das restrições quantitativas bem como reduções no quadro dos impostos nominais.
A década de 70, pode ser considerada como um avanço inequívoco “ livre-cambista”, com grande visibilidade no que concerne à protecção nominal. O condicionamento industrial é relegado para plano secundário e a protecção às indústrias direccionadas para a substituição de importações é afastada, apostando-se com eficácia nas indústrias nascentes orientadas para a exportação.
Contudo, no decurso desta década , devemos levar em conta a importante excepção do período de 1974 – 1976 onde razões conjunturais de ordem económica, levaram os governantes à adopção de fortes medidas ( barreiras não alfandegárias) de forma a restringir o volume do comércio externo ( importações) sem que se violasse os acordos anteriormente assumidos.
Em 1972, Portugal celebrou um acordo de “ Comércio Livre” com a CEE ( produtos industriais) . A necessidade desse acordo já se fazia sentir antes de 1972, pois a interdependência entre Portugal e a Europa tinha aumentado, motivado pelo desenvolvimento do factor trabalho, pelo aumento expectável das exportações de manufacturas, maior abertura ao turismo e investimento directo. As Comunidades posicionavam-se como um dos parceiros principais de Portugal, tendo obviamente mais força a partir do momento em que o Reino Unido passou a fazer parte

2-  NOTICIAS

Salário mínimo nos 500 euros é a promessa por cumprir que a UGT reclama em concertação social

 

Autor: João Miguel Ribeiro
Sexta-feira, 14 Dezembro 2012 13:27
A promessa de colocar o salário mínimo nos 500 euros continua por cumprir, apesar de ser ainda de 2006. Hoje, na reunião de concertação social, a UGT promete lembrar o atual Governo dessa medida e contestar a redução dos dias de indemnização em caso de despedimento.
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A promessa é de 2006, era José Sócrates o primeiro-ministro, mas continua por cumprir: o salário mínimo nacional (SMN) de 500 euros. A UGT já recordou essa medida ao atual executivo de Passos Coelho, em maio, mas levou uma resposta negativa dado o “efeito negativo” que, alegou o Governo, a medida teria na empregabilidade. Hoje, em reunião de concertação social, a central sindical vai voltar a colocar o SMN em cima da mesa.
João Proença, secretário-geral da UGT, anunciou o outro grande tópico que os sindicatos querem discutir: a intenção do Governo, alegadamente uma exigência da troika, em reduzir de 20 para 12 os dias de indemnização, por ano de trabalho, em caso de despedimento.
“A garantia que temos da parte do Governo é que a proposta continua em aberto. Não é verdade que o dossier esteja fechado com a troika. É totalmente enganador o discurso do Governo e da troika que a média da União Europeia é de 8 a 12 dias por ano”, adiantou João Proença, sublinhando mesmo que “é totalmente falso”.
A ter de ocorrer essa redução, os sindicatos só a aceitarão se for aplicada aos novos contratos e em simultâneo com o Fundo de Compensações, anunciado pelo ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira e previsto para entrar em vigor com a nova legislação.


 

RTP - o inacreditável está a acontecer?

Henrique Monteiro (www.expresso.pt) - 10:55 Domingo, 16 de dezembro de 2012
Quando se falou na privatização da RTP, muita gente aplaudiu, convencida de que se iria poupar muito dinheiro ao Estado. Pois bem, um serviço público de televisão pode bem viver dos quase 170 milhões de taxas pagas anualmente sem qualquer contributo do Orçamento. E assim deveria ser.
A sua passagem para mãos privadas implicaria uma de duas coisas: ou acabar com qualquer serviço público na televisão (modelo desconhecido mesmo nos EUA) ou compensar quem o fizesse, gastando mais ou menos o mesmo dinheiro.
A entrega da RTP a um privado arruína toda a comunicação social. Alguns veem nisto uma guerra comercial simples. Mas não é. São todos prejudicados, incluindo rádios e jornais, porque o mercado publicitário que já está a cair mais de 20 por cento ao ano teria mais um fortíssimo competidor.
Acresce que a grande divisão nos grupos de media coloca de um lado aqueles que pretendem ganhar a vida através dos seus projetos de comunicação social, e do outro, os que utilizam a comunicação social para potenciar negócios estranhos ao meio e interesses que nada têm a ver com o jornalismo e a comunicação em si.
É por isso que o mais inacreditável, o pior dos mundos, está a acontecer com a RTP caso se confirmem as mais recentes notícias. Se o Governo vender 49% da RTP ficamos com uma televisão nominalmente pública gerida por privados. Privados esses que, a avaliar pelos que se mostraram interessados, não têm nem a menor credibilidade no mundo da comunicação social, nem cumprem os requisitos legais que impõem o conhecimento dos seus proprietários (ao contrário do que um comunicado dos próprios, a Newshold, pretendia).
Para avaliar a isenção da Newshold, faça-se o seguinte exercício: tente-se encontrar a notícia da abertura do inquérito a dirigentes angolanos pelo DCIAP no semanário 'Sol', propriedade daquele grupo. Pois bem, o mais que encontram - no mesmo jornal tão lesto a destacar uma investigação a Medina Carreira - é um comunicado oficial, três dias depois de a notícia ser conhecida. Pormenor interessante - enquanto todos os outros órgãos de comunicação leram esse comunicado como a confirmação de que tinha sido aberto um inquérito a altos dirigentes angolanos (o vice-Presidente e um ministro, entre eles), o cuidadoso 'Sol' vislumbrou apenas que os mesmos dirigentes não são arguidos.
Em resumo, e como já afirmei na SIC - podemos estar a caminho de retirar o controlo da RTP ao Estado português para o entregar ao Estado angolano... mas como 51% da propriedade ainda fica na posse de Portugal, adivinhem quem vai pagar a taxa?
É inacreditável, não é? Até a mim me custa a crer. Veremos...
Twitter: @HenriquMonteiro https://twitter.com/HenriquMonteiro
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