Blog PT_BR jan 23 - FAÇA SEU CADASTRO PARA MESTRADO EM PORTUGAL
BLOG ANO PORTUGAL BRASIL PORTUGAL – Dia 23 de janeiro
2013
Notícias–Visões
e Cultura de Portugal – A Crise Econômica
ANO BRASIL
PORTUGAL-Acompanhe a programação neste site:
***
INDICE
INDICE
1.PORTUGAL-Visões
2.NOTÍCIAS
3. PORTUGAL E A CRISE - Memória e Análises
&&&
1–VISÕES :
É o tema que vos ofereço esta semana na melodiosa voz do intérprete Miguel.
Venha connosco nesta excursão imaginária para juntos apreciarmos a beleza
dos Moinhos de Portugal que poderá ver e ouvir em PS ou aqui neste link:
http://www.euclidescavaco.com/Poemas_Ilustrados/Moinhos_de_Portugal/index.htm
2- NOTICIAS
Posted: 22 Jan 2013 06:32 AM
PST
As remessas de emigrantes
para Portugal ultrapassaram em novembro o valor conseguido no total dos últimos
anos ao atingir cerca de 2,5 bilhões de euros no final de novembro, de acordo
com os dados do Banco de Portugal.
De acordo com o Boletim Estatístico do Banco de
Portugal, estas remessas superam – quando ainda falta apurar um mês para o
final do ano – os totais de 2011 (2,43 mil milhões de euros), de 2010 (2.425
milhões de euros) e de 2009 (2,28 mil milhões de euros) pelo menos.
Em novembro o valor das remessas dos emigrantes
atingiu os 204 milhões de euros, mais 14% que o valor registado em novembro do
ano passado.
Mais de metade deste valor continua a chegar de
emigrantes em países da União Europeia, cerca de 106 milhões de euros, e deste
valor mais de metade chega por sua vez de França, um quarto do total mensal,
com 55,2 milhões de euros.
As remessas de emigrantes que chegam de países que
fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE)
correspondem, por sua vez, a 85% do valor total das remessas do mês de
novembro, com 173,5 milhões de euros de total de 204 milhões de euros.
Por sua vez, o dinheiro que sai de Portugal através
das remessas de imigrantes para outros países atingiu os 43 milhões de euros, o
valor mais baixo desde junho deste ano.
O Fundo Monetário Internacional
(FMI) acaba da lançar um alerta laranja relativamente à economia da zona euro
e, indiretamente, um aviso sério a Portugal este ano, quando já se perfila um
agravamento...
- FMI
agrava previsões sobre economia espanhola que antevê cairá 1,5% em 2013
- PSOE
demite co-autor do relatório do FMI sobre Portugal
- Receita
de IRS vai disfarçar défice no início de 2013
o
Mestrado
em Portugal
Faça seu cadastro e receba
informações para Mestrado ou Doutorado em Portugal
https://www.facebook.com/ mestradoedoutoradoemportugal/ app_162979867158118
Intercâmbio cultural de brasileiros
que desejam realizar sua pós-graduação em Portugal. Cursos em Português, não
sendo necessário o domínio de um outro Idioma! Mestrados regulares: O aluno
deve permanecer em Portugal no decorrer de todo curso. Mestrados otimizados:
Carga Horária presencial somente n...
Debate sobre
a influência do Opus Dei na sociedade
Na próxima segunda-feira, dia 28, realiza-se o debate 'Opus Dei: o papel e
a influência na Igreja e na sociedade', que surge na sequência da publicação de
mais uma Grande Investigação DN.
3-PORTUGAL
E A CRISE- MEMÓRIA E ANÁLISE
DELITO DE OPINIÃO
por jaa | 10.01.13
| 16 denúncia(s) | favorito
1.
Em finais de 2010, no primeiro orçamento que o parlamento irlandês aprovou
depois de recorrer a auxílio externo, previa-se um esforço de equilíbrio das
contas públicas de 6 mil milhões de euros, dos quais cerca de 3,9 mil milhões
de euros eram cortes na despesa e, destes, cerca de 2 mil milhões eram cortes
em salários e pensões. Por lá (onde, em 2007, antes da crise
financeira, os gastos do Estado representavam 36,4% do PIB, contra 44,4% neste
cantinho soalheiro), parece que é constitucional fazer coisas destas. A
economia irlandesa, ajudada pelas exportações (por sua vez ajudadas pela taxa
de IRC de 12,5% e, presumo, por sistemas de Justiça e burocracia menos
kafkianos), já está a crescer desde 2011 (apenas cerca de 0,5% em 2012 but
still). Se a economia europeia não atrapalhar, a taxa de desemprego (na
ordem dos 14%) deverá começar a descer este ano.
2.
Tipicamente, em Portugal as coisas são menos claras e demora-se muuuuuuuuito
mais tempo a discuti-las. Apesar disso, no que respeita à Constituição, estamos
perto de eliminar quase todas as dúvidas. Se fazer o esforço de correcção dos
desequilíbrios do Estado recair algo mais sobre funcionários do próprio Estado
e cortar pensões de reforma acima de 1350 euros por mês forem medidas
inconstitucionais, restará apenas saber se ela foi elaborada por irresponsáveis
ou tem precisamente por objectivo acautelar os interesses instalados em vez do
interesse geral.
3.
Se o chumbo acontecer, e ao contrário do que se ouve e lê por aí, o governo não
necessitará de um plano B. Considerando que o A foi chumbado em 2012 pelo mesmo
tribunal e que depois existiu a tentativa de reduzir a taxa social única,
estaremos no mínimo perante a necessidade de um plano D. O que faz com que aquelas
proclamações bombásticas sobre o governo estar a seguir um programa ideológico
maquiavélico e bem definido só possam ser tentativas de humor. Quando muito,
não constituísse a frase um oximoro, é maquiavélico porque não está
bem definido.
4.
Entretanto, em nota acessória a que não resisto, volta a ser enternecedor
observar como tantas pessoas parecem acreditar que a decisão de um tribunal
pode fazer a austeridade desaparecer.
5.
Evidentemente, não fará. Evidentemente também, a grande questão é: se as medidas
forem chumbadas, o que se passa a seguir? Bom, as taxas do IRS ainda estão
longe dos 100% e há outras medidas que talvez sejam constitucionais: cortar a
totalidade dos subsídios a todos os trabalhadores e parte das pensões a todos
os pensionistas, reduzir comparticipações e períodos de apoio, reforçar
co-pagamentos, etc. Mais ou menos a receita proposta no famigerado – e óbvio –
relatório do FMI. Quem corta 4 mil milhões, corta 5 ou 5,5.
6.
Pode ainda – se for constitucional, claro; nem a realidade é mais importante do
que isso – despedir-se umas (muitas) dezenas de milhares de pessoas na função
pública e respectivos anexos. Por exemplo, diminuir as Forças Armadas para, vá
lá, trezentos humanos, dois cães, um carro de combate, um furgão de transporte
de tropas (um camião seria exagero), um F16 e um Alouette, um barco a remos e,
por motivos sentimentais (e quiçá constitucionais) o navio-escola Sagres,
vendendo-se o restante equipamento a uma ditadura simpática (a quanto estará o
quilo de submarino?).
7. E
enquanto nos entretemos com estas fascinantes questões, só possíveis num país
com uma Constituição demasiado perfeita (afinal, como quase todas as
nossas leis), a incerteza faz a economia definhar: ninguém, nas escolas,
hospitais, câmaras e museus, mas também nas empresas privadas, sabe que
dinheiro terá disponível dentro de meses – ou semanas. Não importa: demora-se o
tempo que for preciso e, revelando-se necessário, abraçados ao estandarte dos
direitos adquiridos e da putativa igualdade entre sector público e privado,
afundar-nos-emos todos juntos. (Enfim, se cortar pensões acima de 1350 euros
por mês for inconstitucional, todos constituirá exagero.)
8.
Porque – e, para apreciadores de humor negro, isto é verdadeiramente divertido
– inconstitucionalidade a inconstitucionalidade, as hipóteses de sobrevivência
deste Estado pesado e corroído por interesses, onde o governo mexeu até agora
tão pouco que só pode concluir-se estar a tentar protegê-lo, vão diminuindo.
9. O
que faz com que, em simultâneo, se vá delineando uma luta de classes paralela à
tradicional (aquela entre pobres e ricos, com a burguesia – hoje conhecida por
classe média – a servir de tampão): entre os que geram dinheiro e os que, sendo
ricos ou remediados à custa do Estado, dele usufruem. Decorre de uma visão
simplista e com uma pitada de maniqueísmo mas, nestes processos, tal é a modos
que inevitável. Por exemplo, um maquinista da CP confessava há dias numa
reportagem televisiva estar ciente de ser odiado. Pois.
10.
Finalmente, e de modo a arredondar o número de pontos deste texto, já referi
que a economia irlandesa está a crescer desde 2011?
Dados relativos à economia irlandesa:
por jaa |
28.12.12 |
Se
em 2013 o PIB português cair menos de, vá lá, 3% e em 2014 já crescer qualquer
coisinha poderemos dar-nos por muito satisfeitos.
Fonte:
FMI (verificam-se discrepâncias de uma ou duas décimas em
relação a outras fontes mas, para o caso, são irrelevantes).
Nenhum comentário:
Postar um comentário