quinta-feira, 1 de novembro de 2012


BLOG ANO PORTUGAL BRASIL PORTUGAL – Dia 01 DE NOVEMBRO de 2012
Notícias– Visões e Cultura de Portugal – A Crise Econômica  

Editor : Paulo Timm – www.paulotimm.com.brpaulotimm@gmail.com

 

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PORTUGAL - Visões

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PORTUGAL E A CRISE - Memória e Análises

 

PORTUGAL – VISÕES:AS CASTANHAS PORTUGUESAS 

30.10.12 14:23

Aí estão elas,castanhas assadas, são elas o prenúncio de uma estação do ano. Eu por mim já as comi, estavam bem boas.
Com um atraso de cerca de 15 dias, a quantidade de castanha nesta primeira fase é pouca e pode não chegar para abastecer todos os mercados.
A castanha está a cair da árvore mais tarde do que o habitual e o atraso está a provocar uma subida em flecha do preço. O fruto chega a custar 1,5 euros quando sai do produtor e chega ao consumidor a mais de três.
“Está a haver uma especulação bastante grande ao nível dos preços, que estão a subir de forma exagerada, em comparação com a qualidade deste produto inicial, e não sabemos se é possível os mercados de consumo aguentarem estes preços”, refere à Renascença Alcino Pires, da Sortegel, uma fábrica de Bragança que, por esta altura, já deveria estar a laborar em pleno.
A Sortegel debate-se com a falta do fruto para abastecer os mercados: “Nesta primeira fase, há uma grande procura de castanha e não há para abastecer nem o mercado interno nem o europeu”, refere o mesmo responsável.
Saindo do produtor a um preço que ronda os 1,5 euros, Alcino Pires teme que, quando chegar ao consumidor, a castanha possa ter a um preço que pouco suportável.
O atraso na queda da castanha é de cerca de 15 dias em relação ao que é habitual.
                                                                        ***

A história da castanha portuguesa 

Nome da fruta: Castanha portuguesa

Nome científico: Castanea sativa Mill.

Família botânica: Fagaceae

Categoria:

Origem: Europa, norte da África e China

Características da planta: Árvore geralmente com 30 m de altura, tronco com casca apresentando pequenas fissuras, de coloração castanho-escura. Folhas grandes com bordos serreados, rígidas e brilhantes. Flores pequenas, agrupadas em uma longa haste, de coloração esbranquiçada.

Fruto: Tipo cápsula de casca armada de espinhos, firmes e pontiagudos, que se abre libertando uma semente grande, lisa, comestível, de coloração castanha e conteúdo macilento, adocicado.

Frutificação: Verão

Propagação: Semente




Nome da fruta: Castanha portuguesa
Nome científico: Castanea sativa Mill.
Família botânica: Fagaceae
Categoria:
Origem: Europa, norte da África e China
Características da planta: Árvore geralmente com 30 m de altura, tronco com casca apresentando pequenas fissuras, de coloração castanho-escura. Folhas grandes com bordos serreados, rígidas e brilhantes. Flores pequenas, agrupadas em uma longa haste, de coloração esbranquiçada.
Fruto: Tipo cápsula de casca armada de espinhos, firmes e pontiagudos, que se abre libertando uma semente grande, lisa, comestível, de coloração castanha e conteúdo macilento, adocicado.
Frutificação: Verão
Propagação: Semente
A castanheira, castanheira portuguesa, castanheira verdadeira ou, ainda, castanheira européia, como também é chamada em terras brasileiras, é uma árvore proveniente da Europa. De acordo com Eurico Teixeira, a castanha deve seu nome à cidade de Castana, localizada na antiga Tessália, na Grécia, onde até os nossos dias é cultivada em escala comercial.
Pimentel Gomes afirma que a castanha veio para o Brasil, provavelmente, da Península Ibérica ou Itálica, onde também é muito cultivada e apreciada. Ali, em tempos que já se perdem na história, pode ter sido introduzida a partir da Ásia e da própria Grécia.

Espinhos protetores
O fruto da castanheira contém uma amêndoa comestível e deliciosa, que fica coberta, externamente, por uma cápsula de aparência agressiva repleta de espinhos finos e penetrantes, uma espécie de ouriço. Quando o fruto amadurece, o ouriço abre-se, oferecendo a castanha; mas esta não se solta sozinha, demandando um certo cuidado na manipulação.
De acordo com o engenheiro agrônomo Takanoli Tokunaga, em entrevista concedida ao jornal digital ValeParaibano de dezembro de 2004, as primeiras mudas da castanheira foram trazidas do Japão apenas por volta de 1960, embora tenham sido desenvolvidas em Portugal.
A partir dessas plantas, segundo Tokunaga, iniciou-se a seleção e a melhoria das árvores e variedades com mais condições de se adaptar às características climáticas do país. E essas árvores deram-se muito bem quando começaram a ser plantadas na região do Vale do Paraíba, em São Paulo, no sul de Minas Gerais e nas altitudes da região serrana entre os dois estados, onde o clima é temperado-quente com verões suaves. Árvore de notáveis dimensões, a castanheira portuguesa possui grande longevidade. Segundo Pimentel Gomes, ela se desenvolve aceleradamente por volta dos 10 anos de idade, atingindo altura máxima em torno dos 60 anos para viver, em média, 150 anos.
Outra característica importante para quem se interessa pelo culitvo da castanheira – especialmente para os pequenos produtores de estrutura familiar – é o baixo custo da produção da castanha e sua alta produtividade. Isto sem falar no elevado preço que o fruto, ao natural, atinge nos mercados e casas especializadas das grandes cidades do Sudeste brasileiro durante as festas de final de ano, quando são mais procuradas, e das inúmeras possibilidades de aproveitamento industrial no fabrico de doces.

Transformação radical
As pequenas e claras flores da castanheira portuguesa ficam agrupadas em torno de uma longa e fina haste. Quem observa a sua interessante forma com cuidado, no entanto, costuma ficar intrigado pensando como será o processo engendrado pela natureza para transformar aquelas compridas e delicadas hastes nos ouriços, que são como bolas e cheios de espinhos.
Apesar do crescente interesse em sua produção, o Brasil ainda precisa importar a maior parte da castanha que consome.
Embora até bem pouco tempo atrás se atribuísse o nome científico de Castanea vesca à castanheira portuguesa, sabe-se hoje que a variedade comumente cultivada e que produz as tão famosas e apreciadas castanhas portuguesas é, na verdade, a Castanea sativa.
Com um ou outro nome, as castanhas portuguesas, abundantes na Europa, costumam ser consumidas cozidas, assadas, torradas ou reduzidas a uma nutritiva farinha. Ricas em amido e açúcares, por muitos séculos elas constituíram parte importante da dieta alimentar das classes populares e camponesas do continente europeu. São incontáveis as receitas de pratos salgados que levam castanhas como ingredientes: farofas, purês, recheios e molhos servidos como acompanhamento para carnes vermelhas, peixes e aves.
Mas, fundamentalmente, com a castanha inteira ou em pedaços desenvolveu-se, no Velho Mundo, uma série de receitas e de técnicas para a confecção de doces de fino paladar. Secas, açúcaradas, em calda, cristalizadas ou ainda na forma de purês, cremes e pudins, as castanhas, com seu nome francês de “marron”, transformaram-se em iguarias para apreciadores da boa mesa. Dizem, até mesmo, que o sabor do “marron-glacé” (doce feito com a castanha inteira, levemente açúcarada) é o mais delicado e melhor do mundo.
Fonte: Livro Frutas Brasil Frutas


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Guerra na Europa é «inevitável» e Portugal deve sair do Euro, diz Vasco Lourenço
Mario, Otelo e Vasco querem guerra
Vasco Lourenço junta-se a Otelo Saraiva e a Mario Soares e também apregoa o uso de forças militares. Otelo anunciou recentemente que com 800 soldados derrubaria o atual Governo e disse que o faria em face dum apelo feito por Mario Soares…
O “capitão de Abril” Vasco Lourenço considera que uma guerra na Europa é inevitável, se esta se continuar a “esfrangalhar”, e defende a rápida saída de Portugal do Euro, preferencialmente em conjunto com outros países na mesma situação.
“A Europa vai esfrangalhar-se, vem aí a guerra inevitavelmente”, disse, referindo–se à “destruição do estado social” e à “falta de solidariedade que está a haver na Europa”.
O «capitão de Abril» Vasco Lourenço considera que uma guerra na Europa é inevitável, se esta se continuar a «esfrangalhar», e defende a rápida saída de Portugal do Euro, preferencialmente em conjunto com outros países na mesma situação.
O presidente da Associação 25 de abril, em entrevista à agência Lusa, recordou que a Europa tem atravessado o maior período de paz da sua história, desde a Segunda Guerra Mundial, o que só foi possível graças à conquista pelos cidadãos do direito ao Estado social, à proteção, à saúde, à educação e à segurança social.
Recorrendo à fábula da rã que é cozida sem dar por isso, porque está dentro de uma água que vai aquecendo aos poucos, Vasco Lourenço não tem dúvidas de que é preferível a rutura do que “deixarmo-nos cair no abismo para onde este Governo e a Europa nos estão a atirar”.
Como alternativa aponta a saída atempada e programada da União Europeia e do euro, manifestando esperança de que haja condições para Portugal ser capaz de se ligar a outros países nas mesmas circunstâncias e tentarem encontrar soluções coletivas.
“Se possível seria ideal sairmos com outros países, porque as dificuldades serão muito maiores se sairmos isolados. Agora se houver um conjunto de países que estão em dificuldades que se unam e concertem a sua saída do euro, é capaz de ser muito melhor e dá-nos a possibilidade de darmos a volta por cima”.
Reconhecendo que não será fácil conseguir essa articulação, Vasco Lourenço mostra-se convicto de que muito provavelmente os outros países em situação semelhante à portuguesa estarão a discutir o mesmo tipo de possíveis saídas.
“É preciso juntar esforços e chegar à conclusão que todos teremos a ganhar se unirmos esforços dos vários países contra quem está neste momento a ocupar-nos não militarmente, mas financeira e economicamente”, disse.

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PORTUGAL E A CRISE : MEMÓRIA E ANÁLISES
A população de Portugal em 2100
 José Eustáquio Diniz Alves
ver gráfico no origina
[EcoDebate] Portugal foi uma potência mundial entre os séculos XVI e XVIII, tendo conquistado colônias nas Américas, na África e na Ásia, mesmo sendo um país pequeno em termos territoriais e populacionais. Mas Portugal ficou para trás depois da revolução industrial que foi a responsável pela decolagem da Inglaterra, do norte da Europa e depois dos Estados Unidos. Portugal ficou muito menor economica e politicamente depois da Independência do Brasil, em 1822, e se enfraqueceu muito no século XX, quando passou por várias mudanças, com o fim da monarquia e a implantação da República em 1910, a ditadura salazarista de 1933 a 1974. A Revolução dos Cravos, de 1974, possibilitou a redemocratização do país e a entrada na União Europeia em 1986. Houve uma euforia com a integração europeia, mas a crise econômica recente tem deixado o país sem muita esperança no futuro.
Portugal tinha uma população de 8,4 milhões de habitantes em 1950 que cresceu até próximo de 9 milhões no inicio da década seguinte. Porém, nos anos de 1960, Portugal teve a população reduzida devido à emigração para os países mais ricos da Europa. Mas nos anos de 1970 a população voltou a crescer e chegou a 10,7 milhões em 2010. Mas o país deve atingir o seu pico populacional no quinquênio 2010-15, para, em seguida, iniciar um declíno que será dificil de ser revertido.
A ONU estima, para o ano de 2050, uma população portuguesa de 10,5 milhões na hipótese alta, de 9,4 milhões na hipótese média e de 8,3 milhões, na hipótese baixa. Para o final do século as hipóteses são: 11 milhões de habitantes na hipótese alta, de 6,8 milhões, na média, e somente 5 milhões na hipótese baixa. A atual crise econômica que atinge de forma aguda a Península Ibérica está acentuando a tendência de queda populacional e Portugal pode chegar em 2050 com uma população menor do que aquela que tinha cem anos antes.
Depois da crise econômica de 2008, Portugal tem perdido população especialmente entre os jovens que buscam oportunidades de empregos em outros países, inclusive no Brasil. Mas a queda da população deve ocorrer em função da baixa demanda por filhos.
A taxa de fecundidade total (TFT) em Portugal era uma das mais altas da Europa no quinquênio 1950-55, embora o número de 3,1 filhos por mulher fosse a metade da taxa brasileira na época. Mas em 2005-10 Portugal já tinha uma taxa de 1,36 filhos por mulher, uma das taxas mais baixas da Europa. Isto significa que mesmo com esta taxa aumente um pouco nas próximas décadas, a população portuguesa deve envelhecer e diminuir. A idade mediana (que divide a população no meio) era de 26 anos em 1950, chegou a 41 anos em 2010 e deve atingir 52 anos em 2050, o dobro de cem anos antes. A maior carga demográfica da população idosa vai sobrecarregar as gerações mais jovens (em idade de trabalhar) que já sofrem com o desemprego e a falta de perspectivas econômicas.
Portugal apresentou avanços significativos especialmente na redução da mortalidade infantil que era de 93 por mil em 1950-55 e caiu para 4,5 por mil em 2005-10. Ao mesmo tempo, a esperança de vida passou de 60 anos para 78,6 anos no mesmo período. O número de nascimentos caiu de 204 mil bebês em 1950 para a metade em 2010, podendo chegar a 75 mil nascimentos no ano 2050. Neste ritmo a população de Portugal pode ficar em 3,7 milhões de habitantes (hipótese baixa) em 2100, significando cerca da metade da população atual da cidade do Rio de Janeiro.
Entre 1980 e 2000 o IDH de Portugal subiu de 0,64 para 0,78, um aumento de 22% em 20 anos. Porém entre 2000 e 2011 (0,81) o IDH aumentou apenas 4% em 11 anos. Com a redução da renda per capita pode ser que o IDH diminua na atual década, pois o país está endividado e com déficits fiscais e comerciais muito elevados.
Ao mesmo tempo, Portugal possuia um grande déficit ambiental em 2008, pois possuia uma pegada ecológica per capita de 4,1 hectares globais (gha) e uma biocapacidade per capita de apenas 1,29 gha, segundo o relatório Planeta Vivo, da WWF. O país tem investido em energia eólica e solar, mas ainda não foi capaz de mudar sua dependência dos combustíveis fósseis, especialmente do petróleo importado.
A entrada na Área do Euro foi considerada boa para o país, pois melhorou a infraestrutura, mas, ao mesmo tempo, perdeu competitividade interncional. As perspectivas econômicas do país não são boas e os portugueses podem sofrer uma regressão no padrão de vida nos próximos anos. O futuro de Portugal não parece muito promissor, pois o país deve decrescer sem prosperar qualitativamente.
José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br
EcoDebate, 01/11/2012
 


 
 
 
 

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