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PT_BR 14 novembro : TODA A EUROPA PÁRA HOJE
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ANO PORTUGAL BRASIL PORTUGAL – Dia 13 DE NOVEMBRO
Notícias–Visões e Cultura de Portugal – A Crise Econômica
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INDICE
INDICE
1.PORTUGAL-Visões
2.NOTÍCIAS
3.
PORTUGAL E A CRISE - Memória e Análises
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1–VISÕES:
2 -PORTUGAL NOTÍCIAS
Portugal sem passaporte
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- Portugal no seu pior ou algumas explicações para a crise e para as dívidas…
- Oi (Portugal Telecom) teve lucro de 315 milhões no terceiro trimestre de 2012
- Mais uma greve geral em Portugal contra a austeridade. Toda a Europa pára hoje
- Investimento de Brasileiro em Portugal pode garantir Autorização Especial de Residência para empresário
- Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas reúne-se 28, 29 e 30 de novembro
- “Arte Lisboa” apresenta as mais importantes obras de arte de Portugal
- Bode expiatório (E não é com greves ditas gerais que vamos lá…)
- Ceará recebe primeira disputa nacional da Confederação Brasileira de Golfe no dia 15 de novembro
- Futebol custou à RTP 109 milhões. Relvas diz que são muito caros para serem comprados.
- Centenário da Camara Portuguesa de Comercio de SP terá homenagem a Presidente Dilma Rousseff, dia 7
Mais uma greve geral em Portugal contra a austeridade. Toda a Europa pára hoje
Posted: 14 Nov 2012 03:01 AM PST
Portugal vive nesta quarta-feira mais um dia de greve, convocada pela CGTP. Transportes e serviços municipais são os sectores com maior adesão. Na Saúde, a enfermagem também paralisou. A UGT não aderiu ao protesto, mas muitos sindicatos ligados a esta central sindical emitiram pré-avisos de greve, mas os portugueses já começam a ficar cansados…
Os portugueses saem nesta quarta-feira à rua – mais uma vez - contra a austeridade num protesto que pretende ser “histórico” para toda a Europa. O dia é de mais uma greve geral, mas também de manifestações, ou melhor, manifestação, já que a Plataforma 15 de Outubro, os movimentos 12 de Março (M12M), Que se lixe a troika, Alternativa Socialista (MAS), Sem Emprego (MSE) e Cidadãos pela Dignidade (MCD) vão juntar-se à CGTP para, em uníssono, dizerem “basta de exploração e empobrecimento”.
A CGTP deu, no início de Outubro, o primeiro passo para a convocação de uma greve geral e, mais tarde, anunciou um protesto em frente à Assembleia da República. O ponto de encontro dos manifestantes afectos à central sindical é no Rossio, às 14h30.
Porém, a luta dos cidadãos começa mais cedo em vários pontos de Lisboa. Pela primeira vez, os movimentos decidiram, em conjunto, promover uma acção de solidariedade com os estivadores. Plataforma 15 de Outubro, MAS, MCD, MSE e M12M vão encontrar-se no Cais do Sodré, às 13h00, para protestar contra o Governo e a troika.
Ana Rajado, do Movimento Sem Emprego (MSE), justifica o protesto conjunto “com a propaganda muito forte que tenta dividir os estivadores”. Na terça-feira, o MSE defendeu que o “Governo está a condenar pessoas à morte”, já que, por exemplo, “obriga idosos a optar entre remédios e comida”. Por isso, o MSE assumiu, em comunicado, a legitimidade dos cidadãos utilizarem a “desobediência civil como forma de resistência”.
Durante a noite, membros do MSE (Movimento dos Sem Emprego) estarão junto dos piquetes de greve e desde a semana passada que foram colados cartazes a apelar à adesão ao protesto. A porta-voz do MSE disse que “foram colados mil cartazes do movimento, mas, entre todos os promotores, são cerca de 3500”.
Por sua vez, o Movimento 12 de Março convocou os cidadãos através das redes sociais para um protesto que, segundo João Labrincha, é “muito importante”. Por isso, os membros vão erguer 12 cartazes com mensagens em várias línguas contra a austeridade. “Privatizam a água, nacionalizam a sede”, “Austeridade é crime contra humanidade” e “Eu passo-me, Coelho” são alguns dos exemplos das palavras de ordem do M12M. Por volta das 13h30, os manifestantes seguem para o Rossio
Em solidariedade não com os estivadores mas com a jornada de luta europeia, os membros do Que se lixe a troika vão concentrar-se, às 14h00, junto à embaixada de Espanha, no cruzamento entre a Avenida da Liberdade e a Rua do Salitre. João Camargo, do movimento, sublinhou ao PÚBLICO que existe “uma motivação comum dos povos da Europa para combater a situação de crise”, que “não pode ser resolvida num só país”.
Ao longo do dia vários membros deste movimento vão estar com os piquetes da greve e a partir das 10h00 vai andar por Lisboa um piquete móvel a apelar à adesão à greve geral e à participação na manifestação. Às 14h30, os manifestantes juntam-se ao protesto da CGTP, no Rossio. A partir desta hora e deste local, o protesto passa a ser uniforme. Na Assembleia da República, os portugueses vão gritar a uma só voz que não querem mais austeridade.
A PSP confirmou que está previsto um reforço de policiamento, em particular nos locais com maior afluência de pessoas.
Lisboa é o centro dos protestos, mas a CGTP tem marcadas concentrações para todos os distritos do continente e também para os Açores e a Madeira. Portugal está hoje em greve geral, tal como Espanha, Grécia e Itália, mas um pouco por toda a Europa vão realizar-se acções de solidariedade, conferências e protestos
Publico
3-PORTUGAL E A CRISE - MEMÓRIA E ANÁLISES
Bancarrota de quem?
Ponta Delgada, 01 de Outubro de 2012
Artur Rosa Teixeira - (artur.teixeira1946@gmail.com)
“Bancarrota”teve origem na Itália Renascentista e significava a falência de um banco. Naquela época, o banqueiro que especulava com os fundos dos depositantes e defraudava as expectativas dos mesmos, tinha a banca destruída e, se não fugisse, davam-lhe uma valente sova… Hoje, a atividade bancária está blindada pela lei e é superiormente protegida pelo Estado, inclusive beneficiando-a com isenção de impostos.
Muitos são os números apresentados, tantos, que se quiséssemos compilá-los, uma lista telefónica não chegaria… Se o cidadão comum quiser saber os valores absolutos da “Dívida Soberana” e a sua composição; o que o País deve e a quem deve; o que já pagou em juros e o que amortizou; fica com certeza comum a enorme dor de cabeça e desiste de vez da empreitada… Os valores da dívida são sempre apresentados em relação ao PIB, expressos em percentagem. São pois, relativos. Mas se o PIB não é constante e ultimamente apresenta até um crescimento negativo, graças à Recessão criada pela Austeridade, como aceitar a fiabilidade dos mesmos? Como aceitá-los, se ao PIB falta uma importante fatia de criação de riqueza com origem no “mercado paralelo”, que ronda os 25%? Parece-nos que estamos a jogar com um baralho viciado…
Se bem nos lembramos, nas vésperas da entrada da Troika (10 meses antes o renegado Strauss-Khan ofereceu ajuda financeira ao nosso Socrático Governo…), os nossos banqueiros andaram numa roda viva em reuniões com o Presidente Cavaco Silva e o Ministro das Finanças Teixeira dos Santos pressionando o Governo para pedir um “Resgate Financeiro Internacional”, que o “Pinóquio”do Sócrates recusava-se a dar seguimento. Chegou mesmo a afirmar que não governaria sob os auspícios do FMI. Ao que parece preferia o apoio da Angela Merkel, o que daria na mesma… Curioso registar a falta de pudor dos bancos, que, tendo beneficiado de apoio incondicional do Governo de José Sócrates aquando da formação de liquidez, na primeira oportunidade, viraram-lhe as costas… Era o País que precisava do resgate ou os bancos? De facto a fatia de leão vai para a banca portuguesa, sendo que conta ainda com mais 12 mil milhões de Euros avalisados pelo Estado. Entretanto, nem um cêntimo para investimento público… Mas há mais. Julgam que o dito “auxilio financeiro” da Troika é de borla? Vai-nos custar 34,4 mil milhões de Euros em Juros e Comissões (Comichões…), ou seja, cerca de 44% daquele valor! Se calhar parte é paga à cabeça… No fim, a brincadeira fica-nos em 112,4 mil milhões de Euros. Isto é que é solidariedade institucional! E não nos podemos queixar porque estão a vender-nos o dinheirinho a preço de amigos… É que Portugal é sócio e contribuinte do FMI, da União Europeia e do BCE. Significa que somos simultaneamente credores e devedores de nós mesmos… Uma confusão do caraças!!!
É saudável lembrar como tudo começou… O estouro da bolha imobiliária nos USA atingiu não apenas colossos das finanças norte-americanas, mas espalhou-se por todo o Sistema Financeiro Internacional, como 8ª. praga do Egipto… No festim da especulação financeira, de aplicações “criativas” de alto risco, estiveram todos envolvidos, incluindo a banca nacional. Até por que a Globalização é uma moda atraente e quem não lhe rende homenagem, é “bota-de-elástico” (“Careta”,para os nossos irmãos brasileiros.). O valor total da perda de ativos, que se tornaram tóxicos pela desvalorização abrupta do Imobiliário, é também coisa que ninguém sabe ao certo…Sabe-se porém que antes do deflagrar da Crise Financeira em 2008, numa estimativa conservadora, as offshores acomodaram capitais num valor equivalente à soma do PIB dos USA e do Japão, mas pode ser muito mais…Então o jeito foi, como noutras épocas, pedir batatinhas ao Estado, o mesmo do qual os mercados financeiros não toleram qualquer controle, para que a “bancarrota” do sistema não fosse total. Os Governos prontamente disseram que sim e por isso têm ido ao bolso do Zé Povinho, até por que uma mão lava a outra… Os banqueiros costumam ser generosos com quem lhes facilita os negócios… Nos USA, é comumente aceite, os candidatos receberem grossas doações para as campanhas eleitorais. Em Portugal, a prática desta generosidade faz-se a jusante… Normalmente quem passa pelo governo, tem depois bom emprego nos bancos e nas grandes empresas, algumas das quais beneficiaram de lucrativas concessões do Estado, caso das PPP.
O“Vicio Capital” da“tramoia financeira” é de facto a inversão dos termos do problema. Quando este está mal formulado, evidentemente que a solução encontrada não é a correta. Se alguns Estados estão em dificuldades financeiras, acusando um Défice Orçamental “excessivo”(Se bem que até esta coisa do défice é história mal contada, pois no caso da República da Irlanda as contas apresentavam um saldo positivo…), pois bem, estão, porque foram obrigados a socorrer o sistema bancário doméstico para o livrar da bancarrota. Daí o discurso enganador da necessidade absoluta de se obter a “confiança” dos mercados financeiros… Dá para entender, ou é necessário um desenho?
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