domingo, 11 de novembro de 2012

DIA DE SÃO MARTINHO: VINHO E CASTANHAS...


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BLOG ANO PORTUGAL BRASIL PORTUGAL – Dia 11 DE NOVEMBRO

Notícias–Visões e Cultura de Portugal – A Crise Econômica

Editor : Paulo Timm – www.paulotimm.com.brpaulotimm@gmail.com

 
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INDICE

1.PORTUGAL- Visões

2.NOTÍCIAS

3. PORTUGAL E A CRISE - Memória e Análises
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1–VISÕES:


Portugal sem passaporte

Link to Portugal sem passaporte


Posted: 10 Nov 2012 03:54 PM PST
Domingo, dia 11 de Novembro, chega mais um magusto e uma ressaca gastronómica que atropela Portugal, de norte a sul. Não existe lugar algum em Portugal que, desde ontem à noite não tenha magustos…muito folclore…. Como tudo o que é tradicional, a formula é simples e não precisa de grandes alterações: castanhas, vinho novo, direto da pipa, água pé, jeropiga e uma missa pelo meio. Se mora nos arredores de Lisboa, fique com as nossas oito sugestões. Ah! – Mas pode optar também por participar na vindima publica que a Camara Municipal de Oeiras faz neste dia.
O santo renascido trouxe um lanche
A história do manto de São Martinho já todos conhecem, mas poucos sabem que nasceu na actual Hungria e foi forçado a ingressar no exército romano. Foi quando estava colocado em França que altruistamente ofereceu a sua capa para servir de manto a um mendigo e teve uma visão de Cristo. No Parque de Monserrate pode ver esta encenação, mesmo na sombra ideal dos castanheiros centenários de Sintra. O preço são 20€ e incluí um lanche, que tem entre outras coisas: castanhas assadas, queijos, enchidos e bolinhos de abóbora.
Um desfile de Outono em matiné
As castanhas nas ruas de Lisboa não são exclusivas ao São Martinho, mas este Domingo vêm com actividades extra. No Jardim da Ajuda, das 11 horas até às 17 horas, chega a Feira da Tralha, onde se vende de sapatos a panelas. Pelas 13 horas é o almoço, com caldo verde, rolinho de bacalhau e strudel de maçã (15€). Às 14h30 é o Rancho Tradicional de Cinfães com animação de sobra. O ponto alto é às 16 horas com “Estar na Moda”, um desfile de crianças dos 3 aos 11 anos. Cada jovem participante escolhe uma roupa que considera estar mais na moda.
Vinho do Douro mais castanhas = vitória!
Bem perto da invicta está no Douro a antiga Casa da Lavand’eira, que serve agora para certames festivos. Não comece a planear jantar e voltar para casa, porque aqui a jantarada é longa. A melhor opção é deixar-se ficar pelo alojamento na quinta (fim-de-semana completo a 100€). O jantar passa por rojõezinhos, salpicão com ovos, perna de porco assada e umas fantásticas nabiças. Para não haver silêncios constrangedores, está uma banda e o comediante de serviço Paulo Baldaia. Na ceia chegam as castanhas e o vinho da quinta.
Fado e humor para alguns é o mesmo
Casinos e castanhas não são a união mais óbvia, mas o Djaló e a Luciana também não eram e ninguém se parece importar. No Casino de Espinho temos Camané com o seu novo disco “Do amor e dos dias”. Com bilhetes a 75€, provavelmente desta vez o fado não deve ser sobre vender peixe na Madragoa. Em melhor humor deve estar Herman José no Casino do Estoril, a uns mais modestos – mas não menos dispendiosos – 45€. Antes dos espectáculos temos jantar e bandas de animação, sendo que no Estoril Serafim Saudade ainda faz uma visita.
No Renascimento já era Allgarve?
Uma das feiras mais antigas de Portugal é em Portimão, que vende comida tradicional do Algarve desde 1662. A feira são dez dias intensos de comes e bebes, onde a jeropiga é a rainha. Porque não é só o vinho que merece uma apreciação especial, amanhã no Mercado Municipal é a degustação de castanhas (as castanhas são depois vendidas a preços especiais). No recinto, enquanto o pai fica a beber um vinho, a mãe pode comprar uma bijutaria e o filho um brinquedo. Mas sejamos sinceros, o puto é para deixar em casa e que venha a jeropiga.
Cavalos fantasmas e copos cheios
Para grande parte dos lisboetas uma excursão à Feira Nacional do Cavalo da Golegã inclui um pouco de tudo, menos ver cavalos. No entanto, consta que amanhã existe uma feira de cavalo lusitano e uma competição de salto que valem uma visita. Amanhã ainda é a Feira de S. Martinho. Esperam-se castanhas, capacetes de equitação, alguma água-pé, betos abraçados a agricultores e muitas tascas de porta aberta. Para jantar aconselha-se O Barrigas ou O Capriola, para dormir o Hotel Lusitano ou a pilha de feno mais próxima.
Junte-se à apanha da castanha
Gosta de actividades tradicionais, mas não prescinde do seu conforto? A solução está à distância de 155€, no hotel de cinco estrelas em Chaves, o Vidago Palace. Amanhã na Serra da Padrela em pleno Trás-os-Montes, é dia da apanha da castanha. O Vidago propõe juntarem-se à população e ajudarem nas actividades campestres. Depois da apanha, tempo para ver um castanheiro gigante e festejar o magusto num assador tradicional na aldeia da Serra da Padrela. Depois a cama é de cinco estrelas e bem merecida.
Castanha e vinho, amigos de uma vida
Diz o ditado que no dia de São Martinho vai à adega e prova o vinho. A Herdade do Esporão faz do ditado regra e amanhã abre as portas para as provas dos novos vinhos. O novo vinho em destaque é o Monto Velho, das castas Trincadeira, Aragônes e Castelão. Depois do vinho segue-se um almoço do magusto com creme de abóbora, queijo de ovelha curado e o glorioso cabrito assado. Os actores do Teatro Pim vão fazer uma pequena reconstituição da lenda de São Martinho, desta vez com personagens típicas alentejanas e jogos tradicionais.

                                                                                                                        
2 -PORTUGAL NOTÍCIAS


Merkel diz que Portugal não deve precisar de mais tempo nem mais dinheiro

Luciano Alvarez
Portugal cumpriu “muito bem” os compromissos que assumiu e não deverá de precisar de mais tempo nem de mais dinheiro. Este é, em resumo, o essencial da entrevista que Merkel deu à RTP.

Prioridade da nova liderança do BE é derrubar o Governo

Hugo Torres, Rita Brandão Guerra
Prioridade da nova liderança do BE é derrubar o GovernoNos primeiros discursos enquanto líderes do BE, João Semedo e Catarina Martins estabeleceram como prioridade a demissão do actual Governo.

Activistas querem panos negros contra Merkel

Fabíola Maciel
Activistas querem panos negros contra MerkelIncerteza sobre o percurso da visita de Merkel obriga movimentos a organizar manifestações em vários locais de Lisboa. Todos têm o mesmo objectivo: mostrar a chanceler que não é bem-vinda a Portugal.
 

3- PORTUGAL E A CRISE - MEMÓRIA E ANÁLISES
 
A redução do défice externo não está a ser suficiente para diminuir a dívida que Portugal acumulou nas últimas décadas face ao exterior.
<p>Exportações continuam a ser inferiores às importações</p>
Exportações continuam a ser inferiores às importações
(Foto: Nelson Garrido)

A Comissão Europeia (CE) analisou os números e concluiu que a recente melhoria do endividamento externo líquido ocorreu graças à desvalorização dos títulos de dívida nacionais. Agora que o cenário se inverteu, e as Obrigações do Tesouro (OT) voltaram a valorizar-se, a dívida externa voltou a crescer. E, avisa Bruxelas, pode ser considerada insustentável.

O alerta consta do relatório das Previsões Económicas de Outono, divulgado esta quarta-feira pela CE. Bruxelas começa por dizer que "a redução do défice externo não é, por si só, suficiente para diminuir a dívida externa líquida, sobretudo quando o Produto Interno Bruto (PIB) está em queda, agravando os rácios da dívida". Para avaliar o ritmo do ajustamento, defende, é preciso considerar não só o défice, mas também a evolução de variáveis de stock, como a posição de investimento internacional (PII) e a dívida externa líquida. A PII é o conceito mais abrangente de endividamento externo líquido, pois mede a diferença entre os activos e os passivos de residentes - empresas, bancos e administrações públicas - face a não-residentes. Aqui inclui-se, por exemplo, o investimento directo, os títulos de dívida e as acções. Se a PII for negativa, como é o caso de Portugal, significa que o país é um devedor face ao exterior. E que tem um défice externo.

O facto de a economia portuguesa importar mais do que exporta - o tão falado "viver acima das suas possibilidades - obriga a que essa diferença seja financiada através do recurso a crédito de fora, aumentando consequentemente o endividamento externo. Ou seja, uma redução do défice externo nacional - como a que se tem vindo a verificar e que tem sido apresentada como uma das conquistas do programa da troika - seria, à partida, acompanhada por uma redução da dívida externa. Mas não é isso que está a acontecer.

"O recente declínio no endividamento externa líquido em percentagem do PIB na Grécia, Chipre,
Espanha e Portugal deveu-se sobretudo a efeitos de valorização (e à reestruturação da dívida, no caso grego)", alerta a CE. A desconfiança dos mercados financeiros fez com que as taxas de juro da dívida nacional subissem e, inversamente, diminuísse o preço dos títulos, quer do Estado, quer de empresas ou bancos. Ou seja, esta dívida (em grande parte detida por estrangeiros) desvalorizou-se e, consequentemente, a dívida que Portugal tem para com o exterior encolheu.

Segundo os números do Banco de Portugal (BdP), desde o início de 2011 que a PII nacional melhorou graças a este efeito de preço (ver gráfico). Contudo, se este efeito não fosse acompanhado de uma efectiva redução da dívida contraída em volume e de uma melhoria substancial do défice externo, assim que as OT voltassem a valorizar-se, a excessiva dependência do exterior voltaria a fazer-se sentir. E foi isso que aconteceu.

A relativa normalização das condições de mercado a partir do início deste ano fez aumentar de novo a dívida. Entre Setembro de 2011 e Junho de 2012, o endividamento externo medido pela PII subiu de 104% do PIB para 108,6%. A "informação disponível" sugere, por isso, que o nível de endividamento líquido "pode ser considerado insustentável" em algumas "economias vulneráveis", como Portugal, Grécia, Chipre, Espanha e Irlanda, concluiu Bruxelas. Os números do BdP mostram que, no final de 2011, a posição de investimento internacional portuguesa era a pior de entre os 17 países do euro. Para a CE, sem novas desvalorizações nas OT nacionais, o défice externo e a reduzida actividade económica sugerem que o endividamento externo em percentagem do PIB irá, quando muito, estabilizar em Portugal e em Espanha, e poderá mesmo aumentar na Grécia.

A análise que o FMI faz à sustentabilidade da dívida externa, no relatório da quinta avaliação da troika, revela que as perspectivas são desafiadoras. No próximo ano, a dívida externa (que é diferente da PII, visto que não desconta aquilo que o exterior deve a Portugal) deverá tocar quase os 240% do PIB. Para a colocar numa trajectória descendente, Portugal precisa não só de pôr a economia a crescer quase 2% como de ter um saldo externo primário (sem juros) superior a 5% do PIB
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