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PORTUGAL Maio 10 - 2013
Notícias–Visões e Cultura de Portugal – A Crise Econômica
ANO BRASIL PORTUGAL-Acompanhe a programação neste site:
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INDICE
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1.PORTUGAL-Visões
2.NOTÍCIAS
3. PORTUGAL E A CRISE - Memória e Análises
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1–VISÕES
2- NOTICIASPortugal
sem passaporte – o povo
Posted: 09 May 2013 05:47 AM PDT
A Seleção Portuguesa de Futebol tem jogos particulares
de preparação para o Mundial 2014. Joga com a Holanda (“laranja
mecânica”) com disputa no Algarve, a 14 de Agosto, e depois disputa
outra partida com o “escrete” canarinho, num jogo que está marcada para 9 de
Setembro, em Boston, nos Estados Unidos.
A Selecção Nacional vai realizar
dois encontros de carácter particular diante de Holanda e Brasil, no Verão,
no sentido de preparar o campeonato do Mundo de 2014, de acordo com
informação avançada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
A 14 de Agosto, a equipa das quinas
recebe a “laranja mecânica” no Estádio do Algarve, em horário ainda a
definir. Menos de um mês depois, em Boston, nos Estados Unidos, segue-se o
amigável com o “escrete” brasileiro.
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É portugues, chama-se “Habib´s”, tem 430 restaurantes no
Brasil, 22 mil empregados e vende 680 milhões de esfilhas
Posted: 09 May 2013 05:21 AM PDT
Ele é médico, mas a verdadeira
vocação de Alberto Saraiva é saber desvendar os desejos dos clientes
O
grupo Alsaraiva, presidido pelo português Alberto Saraiva, natural da Guarda,
detém 430 lojas no Brasil, das quais se destacam os restaurantes de comida
árabe Habib’s. No total, o grupo emprega 22 mil funcionários e um faturamento
superior a um bilhão de reais.
A cadeia
Habib’s é a maior rede de restaurantes ‘fast food’ de comida árabe do mundo.
Alberto Saraiva – que conhecemos desde São Paulo, depois da padaria deixada
pelo pai, arrancou inicialmente com pizza e teve grande sucesso com o famoso
rodisio, copiado logo a seguir por todos. O primeiro Habib´s surgiu em SP, em
1988 e estivemos presentes à inauguração. O produto principal eram
as esfihas (um petisco da culinária árabe semelhante à pizza). Hoje a
Habib´s vende 680 milhões de unidades por ano e deverá ampliar bastante
o mercado neste e no proximo ano.
Segundo
Alberto Saraiva, a sua vida comercial começou quando – após a morte do pai –
teve de tomar conta do negócio da família, uma padaria que tinham aberto em
São Paulo. Foi aí que surgiu a sua filosofia para os negócios: “associar
qualidade a preços mesmo muito, muito acessíveis”.
Aposta
no ’franchising’
Em
1988, Alberto Saraiva abriu o primeiro restaurante Habib´s, em São Paulo, na
altura com 20 funcionários. Mais tarde, depois de abrir 18 lojas, o empresário
começou a implementar o ‘franchising’ no seu negócio, o que possibilitou a
expansão da rede de ‘fast food’ de comida árabe por todo o Brasil. “Hoje, 60%
dos restaurantes são próprios e 40% são franchising”, esclareceu Alberto
Saraiva.
Na
área da restauração, e conforme “Portugal Sem Passaporte” já
anteriormente divulgou, o grupo Alsaraiva possui
várias outras redes de ‘fast food’, destacando-se uma de comida
italiana, chamada Ragazzo, e outra de comida variada, chamada Box30. E não
falta produção dos famosos “Pasteis de Nata” bem portugueses.
Além disso, o grupo é detentor de
fábricas próprias de laticínios, panificação e sorvetes, de um contact
center, uma agência de viagens, uma agência de publicidade, um escritório de
arquitetura, uma consultora de franquias e uma consultora imobiliária.
Mais
50 lojas ainda este ano
Para
Alberto Saraiva, neste momento, a sua prioridade é a expansão do grupo
no Brasil, onde prevê abrir cerca de 50 lojas, ainda este ano, “aproveitando
a boa fase económica do país”.
No
entanto, o empresário não descartou a hipótese de uma possível internacionalização
do grupo, mas sublinhou que precisa de parceiros sólidos nos países
estrangeiros para expandir o seu negócio.
Quanto
a Portugal – país com o qual o empresário mantém fortes relações familiares e
de afeto – Alberto Saraiva contou que já houve portugueses interessados nos
restaurantes, mas o negócio não chegou a concretizar-se, o que não impede que
haja negociações futuras, sublinhou.
com
lusa
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C&A investe 740 mil euros, abre 42ª loja em
Portugal, com nova loja no Algarve e promete mais 10 até 2015
Posted: 09 May 2013 04:48 AM PDT
Magda Santos faz parte da direcção
da C&A Portugal, está na C&A à cerca de 22 anos, é a porta voz da
marca
A
empresa C&A investiu 740 mil euros na abertura de uma nova loja no Centro
Comercial Algarve Shopping, em Albufeira. Este grupo contava já com 41
lojas em Portugal, quatro delas na região do Algarve e deverá abrir mais 10
lojas até 2015 mas espera superar esse numero
Ao longo dos 22 anos em Portugal, a
C&A teve “uma evolução fantástica, sobretudo nos últimos cinco anos, em
que a empresa cresceu muito”, assegura Magda Santos, responsável da zona sul
e porta-voz para Portugal. Este crescimento deveu-se em parte à aquisição de
várias lojas que pertenciam anteriormente à MacModa e à Tribo. “Estas
aquisições contribuíram para uma expansão importante em pouco tempo. Hoje
somos líderes de mercado, em todas as divisões, à excepção de senhoras”.
No
Algarve empresa já tem lojas em Tavira, Faro e Portimão pelo que o novo
investimento “vem completar o portefólio” da C&A no Algarve, explicou
Domingos Esteves, diretor-geral da empresa em Portugal.
O
responsável admite que “esta foi uma oportunidade dentro de um momento de
dificuldade económica” mas explica que o grupo não quis “deixar de consolidar
a operação no Algarve” até porque o volume de vendas na região é superior do
que ao de outras zonas do país.
Esta
loja emprega já quinze novos colaboradores que, segundo o diretor, é “uma
equipa com experiência e gosto pelo atendimento”. A C&A já emprega entre
50 a 60 trabalhadores na região do Algarve.
Para
comemorar a abertura da loja, a marca lançou uma campanha de preços especiais
– para alguns produtos – e um desconto de 20% em qualquer compra, até ao
próximo fim de semana.
O
nome C&A deriva dos nomes dos seus fundadores, dois irmãos
Holandeses, Clemens e August, que fundaram a empresa à 170 anos
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Posted: 09 May 2013 04:14 AM PDT
Uma empresa chinesa espera levar este ano cerca de 500
empresários chineses a investir em Portugal através do programa ‘visto gold’,
fundamentalmente através da compra de imobiliário, disse à agência Lusa uma
responsável de uma sociedade de advogados em Macau.
No início desta semana, uma
delegação de empresários de Macau liderada pela chinesa Chi Tat Immigration
Consultants Company, reuniu-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros,
Paulo Portas, e com outras entidades, incluindo a Agência para o Investimento
e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e Serviços de Estrangeiros e
Fronteiras (SEF) para discutir a aplicação do programa Golden Visa.
Em declarações à agência Lusa,
Luísa Bragança, da sociedade de advogados Sá Carneiro, Pinheiro Torres &
Associados, que presta apoio jurídico à Chi Tat Immigration Consultants
Company, explicou que cerca de 70% dos investimentos feitos em Macau e Hong
Kong para efeitos de obtenção do visto de residência passam pela empresa sua
representada.
O consulado-geral de Portugal em
Macau tem em funcionamento, desde meados de Abril, um balcão específico para
atendimento personalizado a candidatos ao “visto gold” por investimento em
Portugal.
O ‘visto gold’ foi criado pelo
Governo português para incentivar o investimento e a criação de emprego em
Portugal e possibilita uma autorização de residência para investimento, a ser
atribuída a cidadãos que não pertençam ao território da União Europeia ou do
espaço Schengen nem esteja sob a sua aplicação e obriga a um investimento
mínimo de 500.000 euros.
noticias ao
minuto
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REVISTA
LUSOFONIA
Bom dia Leitores,
Segue a as atualizações dessa semana
do Blog Revista Lusofonia:
Feliz dias das mães e um ótimo final
de semana e boa leitura a todos.
Abraços,
Fabiola Nesse - Relações Publicas
Maio, 18 é o dia (noite) dos Museus na Europa. Curta!
Le 18 mai c'est la nuit des musées. À l'occasion de cet évènement, découvrez une sélection d’œuvres des plus grands musées d'Europe. http://bit.ly/10yluGG
Le 18 mai c'est la nuit des musées. À l'occasion de cet évènement, découvrez une sélection d’œuvres des plus grands musées d'Europe. http://bit.ly/10yluGG
3. A CRISE
Porque devemos sair do Euro, um livro indispensável
por José Ferrer [*]
Tive a sorte, ainda na
minha adolescência, de conhecer, pela mão do Jorge de Sena, o poema Cena do ódio , do Almada Negreiros. Entre outras passagens do poema, nunca esqueci a seguinte:
Ó Horror! Os
burgueses de Portugal
têm de pior que os outros
o serem portugueses! [1]
Está claro que a passagem pouco esclarece para além de si
mesma, mas o certo é que ela se aviva na minha memória sempre que tento
perceber os motivos profundos pelos quais Portugal não atingiu, ou atingiu mal
e tardiamente, muitos desenvolvimentos sócio-económicos logrados pela
generalidade dos países da Europa Ocidental na sequência da Revolução
Industrial. têm de pior que os outros
o serem portugueses! [1]
Isto, apesar da histórica abertura de Portugal ao Mundo, em força desde o século XV, da implantação da Maçonaria entre nós desde o fim do século XVIII, da chegada das ideias socialistas (geração de 70) pouco depois da publicação do Manifesto Comunista no século XIX.
Um exemplo, que me é pessoalmente caro: a indústria siderúrgica, entendida modernamente, chegou com atraso da ordem de um século a Portugal; pois bem, passadas quatro décadas após o arranque (em 1961) do único alto-forno que explorámos, Portugal viu reduzir a sua siderurgia ao tipo da dos chamados países subdesenvolvidos, que iniciam logicamente a actividade industrial pela adopção das produções industriais menos complexas. Digamos que Portugal chegou tarde, e saiu cedo da siderurgia.
O exemplo da siderurgia é o que se vê, apesar de Ferreira Dias, o então ministro da Economia de Salazar, ter afirmado décadas atrás: "País sem siderurgia, não é um país, é uma horta". Temos assim, por ora, uma siderurgia menor e, ao que vemos, sequer tivemos a sorte de constituir uma horta (entenda-se, agricultura) que nos pudesse alimentar capazmente.
João Ferreira do Amaral (JFA), em livro assaz resumido mas de leitura instrutiva que acaba de lançar [2] , analisa muitos dos sérios problemas económicos em que nos vêm mergulhando, em particular desde a adesão ao Euro. Não é que JFA mitifique a economia que tínhamos antes, o problema que coloca, e, a meu ver, muito bem, é que o enquadramento criado pela integração de Portugal na zona do Euro – mesmo que não tivesse aparecido a chamada crise financeira em 2007/2008 – ter-nos-ia igualmente conduzido a uma crise deste tipo (desmantelamento do aparelho produtivo, elevado desemprego).
O FEDERALISMO DOS ENDIVIDADOS...
JFA rejeita tanto a deriva neoliberal em curso como a suposta alternativa do federalismo europeu. Desta via é cáustico ao ponto de comentar: os "nossos federalistas – que se lembraram que o eram quando começou a ser preciso que alguém nos pagasse as dívidas" (p.116).
Daí que proponha a saída do Euro como medida indispensável à saída da crise em que estamos mergulhados.
Um aspecto importa realçar: JFA não resiste a criticar os responsáveis pela condução da política e da economia que nos levaram à integração na moeda única, justamente porque invoca, e nisso não foi o único, os alertas que emitiu atempadamente contra os elevados perigos para a economia portuguesa que resultariam daquela opção. Mas, no fundo, e apesar de agora apontar responsáveis dirigentes da política e economia, é manifesto que a JFA terá custado a entender o motivo pelo qual, não obstante se viver em regime dito democrático, as coisas evoluíram como se sabe.
JFA denuncia e exprime o seu desencanto:
"Chamei frequentemente a atenção para o conceito de bens transaccionáveis (…) e para o risco que estávamos a correr com a redução do peso da produção desses bens no total da economia. Repeti a mensagem vezes sem conta em intervenções orais e escritas. Sem qualquer resultado.
Lamento dizer que fiquei desde essa altura com uma péssima impressão das nossas elites, impressão que infelizmente tarda a desvanecer-se. O espesso manto de iliteracia económica que as afecta (mesmo de muitos supostos economistas), a suficiência bacoca e a total ausência de sentido crítico que as caracteriza fazem certamente de Portugal um dos países da Europa com piores elites". (p.106).
Assim, uma vez mais, e da parte de pessoas que sequer se reivindicam do ideal comunista, quando se atira para o aprofundamento das raízes dos nossos problemas, aí temos a mesma ideia central: a burguesia portuguesa nem do patriotismo de outras é capaz. Eis por que, sobre a tarefa de tratarmos da saída do Euro, importa também avançar na substituição da burguesia pelas classes trabalhadoras. Ponto é que estas se compenetrem de que chegou a hora da sua intervenção e que se libertem dos atávicos receios de conquistar e exercer o poder ao mais alto nível. Portugal precisa delas.
Maio/2013/Lisboa
[1]
Líricas Portuguesas (Antologia), Selecção, Prefácio e Notas de Jorge de Sena,
Portugália Editora, (1958), Lisboa, p.111.
[2] Lisboa, Editora Lua de Papel , Abril de 2013, 128 p., ISBN 978-989-23-2314-5
Ver também:
[2] Lisboa, Editora Lua de Papel , Abril de 2013, 128 p., ISBN 978-989-23-2314-5
Ver também:
·
Rumo
ao fim do euro? , Jacques
Sapir
[*] Engenheiro.
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
[*] Engenheiro.
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
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