sexta-feira, 10 de maio de 2013

PORQUE DEVEMOS SAIR DO EURO - LIVRO


BLOG ANO PORTUGAL BRASIL PORTUGAL  Maio  10 - 2013
Notícias–Visões e Cultura de Portugal – A Crise Econômica
Editor : Paulo Timm– www.paulotimm.com.brpaulotimm@gmail.com
ANO BRASIL PORTUGAL-Acompanhe a programação neste site:
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                                  INDICE
                                                               1.PORTUGAL-Visões
2.NOTÍCIAS
3. PORTUGAL E A CRISE - Memória e Análises
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1–VISÕES
FADO TROPICAL – Chico Buarque
http://www.youtube.com/watch?v=AnG3fgdl6Gw

Paula Cabeçadas
 compartilhou a foto de Vivir en utopia.



2-  NOTICIASPortugal sem passaporte – o povo


Posted: 09 May 2013 05:47 AM PDT
 A Seleção Portuguesa de Futebol tem jogos particulares de preparação para o Mundial 2014. Joga com a  Holanda (“laranja mecânica”) com disputa no Algarve, a 14 de Agosto, e depois disputa outra partida com o “escrete” canarinho, num jogo que está marcada para 9 de Setembro, em Boston, nos Estados Unidos.
A Selecção Nacional vai realizar dois encontros de carácter particular diante de Holanda e Brasil, no Verão, no sentido de preparar o campeonato do Mundo de 2014, de acordo com informação avançada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
A 14 de Agosto, a equipa das quinas recebe a “laranja mecânica” no Estádio do Algarve, em horário ainda a definir. Menos de um mês depois, em Boston, nos Estados Unidos, segue-se o amigável com o “escrete” brasileiro.
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Posted: 09 May 2013 05:21 AM PDT

Ele é médico, mas a verdadeira vocação de Alberto Saraiva é saber desvendar os desejos dos clientes
O grupo Alsaraiva, presidido pelo português Alberto Saraiva, natural da Guarda, detém 430 lojas no Brasil, das quais se destacam os restaurantes de comida árabe Habib’s. No total, o grupo emprega 22 mil funcionários e um faturamento superior a um bilhão de reais.
 
A cadeia Habib’s é a maior rede de restaurantes ‘fast food’ de comida árabe do mundo. Alberto Saraiva – que conhecemos desde São Paulo, depois da padaria deixada pelo pai, arrancou inicialmente com pizza e teve grande sucesso com o famoso rodisio, copiado logo a seguir por todos. O primeiro Habib´s surgiu em SP, em 1988 e estivemos presentes à inauguração. O produto principal eram as esfihas (um petisco da culinária árabe semelhante à pizza). Hoje a Habib´s  vende 680 milhões de unidades por ano e deverá ampliar bastante o mercado neste e no proximo ano.
 
Segundo Alberto Saraiva, a sua vida comercial começou quando – após a morte do pai – teve de tomar conta do negócio da família, uma padaria que tinham aberto em São Paulo. Foi aí que surgiu a sua filosofia para os negócios: “associar qualidade a preços mesmo muito, muito acessíveis”.
Aposta no ’franchising’
 
Em 1988, Alberto Saraiva abriu o primeiro restaurante Habib´s, em São Paulo, na altura com 20 funcionários. Mais tarde, depois de abrir 18 lojas, o empresário começou a implementar o ‘franchising’ no seu negócio, o que possibilitou a expansão da rede de ‘fast food’ de comida árabe por todo o Brasil. “Hoje, 60% dos restaurantes são próprios e 40% são franchising”, esclareceu Alberto Saraiva. 

Na área da restauração, e conforme “Portugal Sem Passaporte” já anteriormente divulgou,  o grupo Alsaraiva  possui várias outras  redes de ‘fast food’, destacando-se uma de comida italiana, chamada Ragazzo, e outra de comida variada, chamada Box30. E não falta produção dos famosos “Pasteis de Nata” bem portugueses.
Além disso, o grupo é detentor de fábricas próprias de laticínios, panificação e sorvetes, de um contact center, uma agência de viagens, uma agência de publicidade, um escritório de arquitetura, uma consultora de franquias e uma consultora imobiliária.
Mais 50 lojas ainda este ano
 
Para Alberto Saraiva, neste momento, a sua prioridade é a  expansão do grupo no Brasil, onde prevê abrir cerca de 50 lojas, ainda este ano, “aproveitando a boa fase económica do país”.
 
No entanto, o empresário não descartou a hipótese de uma possível internacionalização do grupo, mas sublinhou que precisa de parceiros sólidos nos países estrangeiros para expandir o seu negócio.
 
Quanto a Portugal – país com o qual o empresário mantém fortes relações familiares e de afeto – Alberto Saraiva contou que já houve portugueses interessados nos restaurantes, mas o negócio não chegou a concretizar-se, o que não impede que haja negociações futuras, sublinhou.
com lusa
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Posted: 09 May 2013 04:48 AM PDT

Magda Santos faz parte da direcção da C&A Portugal, está na C&A à cerca de 22 anos, é a porta voz da marca
A empresa C&A investiu 740 mil euros na abertura de uma nova loja no Centro Comercial Algarve Shopping, em Albufeira. Este grupo contava já com 41 lojas em Portugal, quatro delas na região do Algarve e deverá abrir mais 10 lojas até 2015 mas espera superar esse numero
Ao longo dos 22 anos em Portugal, a C&A teve “uma evolução fantástica, sobretudo nos últimos cinco anos, em que a empresa cresceu muito”, assegura Magda Santos, responsável da zona sul e porta-voz para Portugal. Este crescimento deveu-se em parte à aquisição de várias lojas que pertenciam anteriormente à MacModa e à Tribo. “Estas aquisições contribuíram para uma expansão importante em pouco tempo. Hoje somos líderes de mercado, em todas as divisões, à excepção de senhoras”.
No Algarve empresa já tem lojas em Tavira, Faro e Portimão pelo que o novo investimento “vem completar o portefólio” da C&A no Algarve, explicou Domingos Esteves, diretor-geral da empresa em Portugal. 

O responsável admite que “esta foi uma oportunidade dentro de um momento de dificuldade económica” mas explica que o grupo não quis “deixar de consolidar a operação no Algarve” até porque o volume de vendas na região é superior do que ao de outras zonas do país.

Esta loja emprega já quinze novos colaboradores que, segundo o diretor, é “uma equipa com experiência e gosto pelo atendimento”. A C&A já emprega entre 50 a 60 trabalhadores na região do Algarve.

Para comemorar a abertura da loja, a marca lançou uma campanha de preços especiais – para alguns produtos – e um desconto de 20% em qualquer compra, até ao próximo fim de semana. 
O nome C&A deriva dos nomes dos seus fundadores, dois irmãos Holandeses,  Clemens e  August, que fundaram a empresa à 170 anos
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Posted: 09 May 2013 04:14 AM PDT
Uma empresa chinesa espera levar este ano cerca de 500 empresários chineses a investir em Portugal através do programa ‘visto gold’, fundamentalmente através da compra de imobiliário, disse à agência Lusa uma responsável de uma sociedade de advogados em Macau.
No início desta semana, uma delegação de empresários de Macau liderada pela chinesa Chi Tat Immigration Consultants Company, reuniu-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e com outras entidades, incluindo a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) para discutir a aplicação do programa Golden Visa.
Em declarações à agência Lusa, Luísa Bragança, da sociedade de advogados Sá Carneiro, Pinheiro Torres & Associados, que presta apoio jurídico à Chi Tat Immigration Consultants Company, explicou que cerca de 70% dos investimentos feitos em Macau e Hong Kong para efeitos de obtenção do visto de residência passam pela empresa sua representada.
O consulado-geral de Portugal em Macau tem em funcionamento, desde meados de Abril, um balcão específico para atendimento personalizado a candidatos ao “visto gold” por investimento em Portugal.
O ‘visto gold’ foi criado pelo Governo português para incentivar o investimento e a criação de emprego em Portugal e possibilita uma autorização de residência para investimento, a ser atribuída a cidadãos que não pertençam ao território da União Europeia ou do espaço Schengen nem esteja sob a sua aplicação e obriga a um investimento mínimo de 500.000 euros.
noticias ao minuto
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REVISTA LUSOFONIA
Bom dia Leitores, 
Segue a as atualizações dessa semana do Blog Revista Lusofonia: 
·         Um poeta brasileiro que veio da Bielorrússia - por Adelto Gonçalves
Feliz dias das mães e um ótimo final de semana e boa leitura a todos. 
Abraços,
Fabiola Nesse - Relações Publicas

Maio, 18  é o dia (noite) dos Museus na Europa. Curta!
Le 18 mai c'est la nuit des musées. À l'occasion de cet évènement, découvrez une sélection d’œuvres des plus grands musées d'Europe. 
http://bit.ly/10yluGG

3. A CRISE

Porque devemos sair do Euro, um livro indispensável

por José Ferrer [*]
Tive a sorte, ainda na minha adolescência, de conhecer, pela mão do Jorge de Sena, o poema Cena do ódio , do Almada Negreiros. 

Entre outras passagens do poema, nunca esqueci a seguinte:

Ó Horror! Os burgueses de Portugal 
têm de pior que os outros 
o serem portugueses! 
[1]
Está claro que a passagem pouco esclarece para além de si mesma, mas o certo é que ela se aviva na minha memória sempre que tento perceber os motivos profundos pelos quais Portugal não atingiu, ou atingiu mal e tardiamente, muitos desenvolvimentos sócio-económicos logrados pela generalidade dos países da Europa Ocidental na sequência da Revolução Industrial. 

Isto, apesar da histórica abertura de Portugal ao Mundo, em força desde o século XV, da implantação da Maçonaria entre nós desde o fim do século XVIII, da chegada das ideias socialistas (geração de 70) pouco depois da publicação do Manifesto Comunista no século XIX. 

Um exemplo, que me é pessoalmente caro: a indústria siderúrgica, entendida modernamente, chegou com atraso da ordem de um século a Portugal; pois bem, passadas quatro décadas após o arranque (em 1961) do único alto-forno que explorámos, Portugal viu reduzir a sua siderurgia ao tipo da dos chamados países subdesenvolvidos, que iniciam logicamente a actividade industrial pela adopção das produções industriais menos complexas. Digamos que Portugal chegou tarde, e saiu cedo da siderurgia. 

O exemplo da siderurgia é o que se vê, apesar de Ferreira Dias, o então ministro da Economia de Salazar, ter afirmado décadas atrás: "País sem siderurgia, não é um país, é uma horta". Temos assim, por ora, uma siderurgia menor e, ao que vemos, sequer tivemos a sorte de constituir uma horta (entenda-se, agricultura) que nos pudesse alimentar capazmente. 

João Ferreira do Amaral (JFA), em livro assaz resumido mas de leitura instrutiva que acaba de lançar [2] , analisa muitos dos sérios problemas económicos em que nos vêm mergulhando, em particular desde a adesão ao Euro. Não é que JFA mitifique a economia que tínhamos antes, o problema que coloca, e, a meu ver, muito bem, é que o enquadramento criado pela integração de Portugal na zona do Euro – mesmo que não tivesse aparecido a chamada crise financeira em 2007/2008 – ter-nos-ia igualmente conduzido a uma crise deste tipo (desmantelamento do aparelho produtivo, elevado desemprego). 

O FEDERALISMO DOS ENDIVIDADOS... 

JFA rejeita tanto a deriva neoliberal em curso como a suposta alternativa do federalismo europeu. Desta via é cáustico ao ponto de comentar: os "nossos federalistas – que se lembraram que o eram quando começou a ser preciso que alguém nos pagasse as dívidas" (p.116). 

Daí que proponha a saída do Euro como medida indispensável à saída da crise em que estamos mergulhados. 

Um aspecto importa realçar: JFA não resiste a criticar os responsáveis pela condução da política e da economia que nos levaram à integração na moeda única, justamente porque invoca, e nisso não foi o único, os alertas que emitiu atempadamente contra os elevados perigos para a economia portuguesa que resultariam daquela opção. Mas, no fundo, e apesar de agora apontar responsáveis dirigentes da política e economia, é manifesto que a JFA terá custado a entender o motivo pelo qual, não obstante se viver em regime dito democrático, as coisas evoluíram como se sabe. 

JFA denuncia e exprime o seu desencanto:

"Chamei frequentemente a atenção para o conceito de bens transaccionáveis (…) e para o risco que estávamos a correr com a redução do peso da produção desses bens no total da economia. Repeti a mensagem vezes sem conta em intervenções orais e escritas. Sem qualquer resultado. 

Lamento dizer que fiquei desde essa altura com uma péssima impressão das nossas elites, impressão que infelizmente tarda a desvanecer-se. O espesso manto de iliteracia económica que as afecta (mesmo de muitos supostos economistas), a suficiência bacoca e a total ausência de sentido crítico que as caracteriza fazem certamente de Portugal um dos países da Europa com piores elites". 
(p.106).
Assim, uma vez mais, e da parte de pessoas que sequer se reivindicam do ideal comunista, quando se atira para o aprofundamento das raízes dos nossos problemas, aí temos a mesma ideia central: a burguesia portuguesa nem do patriotismo de outras é capaz. Eis por que, sobre a tarefa de tratarmos da saída do Euro, importa também avançar na substituição da burguesia pelas classes trabalhadoras. Ponto é que estas se compenetrem de que chegou a hora da sua intervenção e que se libertem dos atávicos receios de conquistar e exercer o poder ao mais alto nível. Portugal precisa delas. 
Maio/2013/Lisboa
[1] Líricas Portuguesas (Antologia), Selecção, Prefácio e Notas de Jorge de Sena, Portugália Editora, (1958), Lisboa, p.111. 
[2] Lisboa, Editora Lua de Papel , Abril de 2013, 128 p., ISBN 978-989-23-2314-5 


Ver também: 
·  Capítulo 5 de Porque devemos sair do euro , João Ferreira do Amaral
·  Rumo ao fim do euro? , Jacques Sapir 

[*] Engenheiro. 


Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

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