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PORTUGAL Maio 03 - 2013
Notícias–Visões e Cultura de Portugal – A Crise Econômica
Editor : Paulo Timm– www.paulotimm.com.br–paulotimm@gmail.com
ANO BRASIL PORTUGAL-Acompanhe a programação neste site:
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INDICE
1.PORTUGAL-Visões
2.NOTÍCIAS
3. PORTUGAL E A CRISE - Memória e Análises
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1–VISÕES
Estação de São Bento, Porto.
INDICE
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3 de Maio |
Noite Crioula dedicada à CIDADE VELHA
Com
presença de Manuel de Pina, presidente da respetiva Câmara Municipal
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Posted: 30 Apr 2013 04:00 AM PDT
A Alstom foi selecionada pela EDP do Brasil, empresa do
Grupo EDP Energias de Portugal, uma das maiores operadoras do setor de
energia elétrica na Europa, para fornecer todos os equipamentos
eletromecânicos para Cachoeira Caldeirão, uma central hidroeléctrica de 219
MW que será instalada no rio Araguari, no Estado do Amapá, região Norte do
Brasil.
Com um reservatório de cerca de 50 km2, a central deve estar totalmente operacional em 2017. A participação da Alstom no contrato é de aproximadamente 100 milhões de euros. A Alstom fornecerá três unidades turbina/gerador do tipo BOLBO, as comportas, o BoP (balance of plant), os equipamentos hidromecânicos e os de elevação. Todo este lote de fornecimento será produzido no Brasil, onde o grupo Alstom possui uma das maiores unidades industriais do mundo para o segmento hidroelétrico, com capacidade de fabrico para o mercado local e para exportação. Os equipamentos hidromecânicos e os de elevação serão produzidos em parceria com a Bardella. A nova central hidroelétrica faz parte do PAC 2 – Programa de Aceleração do Crescimento, destinado a aumentar a capacidade de produção elétrica do Brasil. A central hidroelétrica de Cachoeira Caldeirão será ligada à rede nacional a partir da Subestação Ferreira Gomes, através de uma linha de transmissão de 230kV, com cerca de 10 km de comprimento. Integrando este contrato, a Alstom Grid, uma das líderes do mercado brasileiro de transmissão, será responsável pelo fornecimento dos equipamentos da subestação da central. “A Alstom maximiza a criação de valor para os clientes, fornecendo soluções completas e otimizadas. Essas soluções permitem um aumento efetivo do retorno de investimento, através de um aumento de produção de eletricidade e uma melhoria da eficácia da instalação “, afirma Marcos Costa, presidente da Alstom Brasil.
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Islândia, Itália, Portugal e o suicídio da esquerda possibilista
Os resultados da Islândia podem
surpreender muita gente. Mas não surpreendem pelo menos quem avisou contra a
imprudência da austeridade como mal menor, dos discursos sobre austeridade
inteligente ou de outras trapaças. E são uma lição para todos. Uma lição dura.
O partido social-democrata e o dos
verdes formavam um governo de coligação. Ambos os partidos foram varridos do
mapa por uma punição eleitoral que só tem precedentes na derrota dos partidos
das direitas que tinham conduzido ao escândalo bancário – e que agora voltam ao
poder. A direita recupera assim graças à conjugação de dois efeitos: os
governantes insistiam numa adesão à União Europeia que foi vista pela população
como uma ameaça e um risco insuportável e a austeridade desacreditou os que
prometeram um governo para as pessoas. Estes dois efeitos dão que pensar. São
uma lição dura.
Em primeiro lugar, são uma lição para
o europeísmo obediente. A União Europeia assusta e repele, porque é a agência
da austeridade e do desemprego. O caso de Chipre provou, como antes os da
Grécia,Irlanda, Portugal, Espanha e Itália, que a direção europeia é perigosa e
reincidente. Os islandeses tiveram medo desta gente e preferiram a demagogia
dos nacionalistas, mesmo que fossem os nacionalistas da trafulhice financeira
de que todos ainda se lembram.
Em segundo lugar, são uma lição para
os quea chavam que, na emergência, o mal menor leva a algum lado. Leva, de
facto: leva à recuperação da direita. Os que há um par de anos, em enfática
pose de sentido de Estado, aconselhavam as esquerdas a seguir o caminho
moderado dos social-democratas e dos verdes, a apoiarem a coligação porque não
havia outra,a juntarem as suas preces para que a austeridade desse certo, não
se enganaram só a si próprios, enganar-se-ão sempre enquanto defenderem que a
austeridade é a melhor solução contra a austeridade.
Ainda me lembro dos artigos pomposos
contra o crime de lesa-majestade do Luís Fazenda, que tinha reunido com o
ministro das finanças da Islândia e concluído sem dificuldade que o governo ia
destroçar-se: pois não é que ele é um sectário, não compreende a dificuldade,
não está disposto ao belo sacrifício, escreveram os conversos da austeridade.
Mais ainda, aquela prometedora aliança devia ser um exemplo para todos, é assim
que se conjugam vontades, escreviam os conversos, hoje remetidos a um prudente
silêncio. Aqui temos a dura lição: a política de direita abre sempre o caminho
à direita.
Mas, em terceiro lugar, o fracasso
deste governo suscita uma questão mais vasta de estratégia. Para a colocar com
simplicidade: porque é que a esquerda possibilista é tão estúpida que acha que
repetir sempre o que falha sempre vai permitir alguma vez um resultado
diferente? Falhou na Itália. Havia um governo de coligação que era o melhor que
se conseguia, diziam. Temos que o apoiar mesmo sabendo que pode ser o nosso
suicídio, acrescentava um teórico. Foi mesmo. Não sobrou nada da esquerda e
Berlusconi ganhou a seguir. Na Islândia era a nova oportunidade e o mesmo
argumento: o governo de coligação era o melhor que se conseguia. Resultou: a
direita ganhou. A lição dura é esta: nunca se ganha quando se faz tudo para perder.
Aceitar a austeridade contra o trabalho é merecer perder sempre.
Por isso, a lição de todas as lições
serve para Portugal. O problema de Portugal não é imitar a Itália ou a Islândia
e as suas coligações que são sempre apresentadas como o menor dos males e a
única alternativa. António José Seguro, que assegura que cumprirá os
“compromissos” porque “a austeridade é diferente da política de austeridade”,
assume uma posição que é o seguro de vida da direita, pois qualquer governo que
prossiga este programa só pode devolver o poder à direita – se é que não é logo
uma coligação com a direita.
Por isso, aos que cultivam a beleza
do suicídio literário como uma afirmação de política, aos que acham que o
irrealismo de apoiar a austeridade é um dever de consciência justificado pela
falta de vontade de lutar por alternativas, respondo simplesmente: aprendamos
com a Islândia.
O que determina a força e a coerência de um
governo não é a cor de quem pode vir a estar nele, é simplesmente o que vai
fazer, o compromisso que tem com o seu povo, a sua capacidade de rejeitar o
memorando e a austeridade e de impor uma economia para os bens comuns da
democracia. O que faz a política é a política. Uma coligação miserável de
cedências financeiras e de políticas de desemprego nunca será um governo de
esquerda. Será, como na Islândia, uma antecâmara da direita. Mas, para isso,
não se atrevam a falar-nos de esquerda e de caminhos realistas quando é preciso
esquerda e caminhos realistas.
3 – A CRISE
Por Luísa
Sousa
O Eurostat divulgou os
dados do referentes a março. Portugal é o terceiro país com mais desemprego. A
Áustria tem a taxa mais baixa com 4,7%
O Mundo vai mal, a Europa pior
Para qualquer
lado que nos voltemos, o Mundo vai mal. A ONU, que nos orientou na segunda
metade do século XX, tem hoje uma participação menor. Não intervém em defesa
dos Direitos Humanos – o caso da Síria é exemplar – e quase ninguém fala de
ecologia. Poucos Estados se dão ao trabalho de pensar no Universo, apesar dos
desastres que ocorrem serem cada vez mais graves e preocupantes. As grandes
potências só se ocupam dos seus interesses imediatos e, cada vez, querem menos
saber do aquecimento da Terra ou das preocupantes mudanças do clima e dos
desastres ditos naturais que ocorrem por toda a parte. Recentemente tocou mais
uma vez à China.
A ONU, ao que parece, desinteressou-se da ecologia. Os poucos
grupos ecológicos que ainda existem, têm pouco apoio dos jornais internacionais,
das televisões e das rádios. Parece ser uma temática que deixou de interessar
aos atuais dirigentes políticos e que nada lhes interessa o que terão de sofrer
os seus filhos e netos. Só o dinheiro – e não as pessoas – preocupa os
dirigentes políticos na Europa, na América (dos republicanos) e nos outros
continentes, com as honrosas exceções de duas figuras únicas, extraordinárias:
Barack Obama e o Papa Francisco, que deixou a inquisição e adotou, ao que
parece, o franciscanismo. Olha para os pobres com respeito, quer ajudá-los,
visita-os e fala com os católicos mas também com os agnósticos, com os ateus e
com os membros de outras religiões.
Mas se o Mundo vai mal, é seguro que a União Europeia (UE) vai
pior. Porquê? Porque as duas famílias políticas que construíram a CEE e depois
a UE – os socialistas, trabalhistas ou social-democratas e, por outro lado, os
democratas-cristãos, partidários ambos de Estados sociais e da solidariedade e
igualdade entre os Estados da União – foram substituídos por partidos cuja
ideologia política é neoliberalismo e, por isso, são ultraconservadores, só
pensam no dinheiro – e na sua importância – e ignoram as pessoas. Daí o
empobrecimento dos Estados europeus, o crescimento em muitos deles do
desemprego, da emigração, do suicídio e da criminalidade
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