sexta-feira, 5 de outubro de 2012

5 DE OUTUBRO - DIA DA IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA - 1910


              5 OUTUBRO – A IMPLANTAÇÃO DA REPUBLICA                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        Joana Teles
 
5 Outubro 2012 00:00
A 5 de outubro de 1910, é proclamada em Lisboa a República Portuguesa, facto que encerra mais de sete séculos de regime monárquico em Portugal.
A Implantação da República Portuguesa resultou de um golpe de Estado, organizado pelo Partido Republicano Português. No dia 5 de outubro de 1910, monarquia constitucional foi destituída, sendo implantado um regime republicano em Portugal.
Na origem daquele golpe de Estado estiveram a instabilidade política e social, a subjugação do país aos interesses coloniais britânicos, as despesas e luxos da família real, o poder da igreja, o sistema de alternância de dois partidos no poder (Progressistas e os Regeneradores), a ditadura de João Franco, entre outras razões.
Estes factos contribuíram para que a monarquia entrasse num processo de erosão, que levou os defensores da República, particularmente o Partido Republicano, a avançar para o golpe de Estado. Este partido era o único que tinha um programa que pretendia devolver o prestígio perdido e colocar Portugal na rota do progresso.
A República foi proclamada às 9h00, da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa. Seguiu-se um governo provisório, liderado por Teófilo Braga, que dirigiu Portugal até à aprovação da Constituição de 1911, que dá início à Primeira República Portuguesa. Hoje, dia 5 de outubro, celebra-se esse facto histórico.
OUTRAS CELEBRAÇÕES DA DATA
Nasceram a 5 de outubro Louis Jean Lumière, um dos ‘pais’ do cinema (1864), Robert Hutchings Goddard, inventor norte-americano (1882), Václav Havel, político checo (1936), Marie Lafôret, cantora francesa (1939), Brian Johnson, vocalista do AC/DC (1947) e Bob Geldof, cantor, compositor e humanista irlandês (1951).
Morreram neste dia Frédéric Auguste Bartholdi, escultor francês, autor da Estátua da Liberdade (1904), Roland Garros, jogador de ténis e pioneiro da aviação francesa (1918), Alfred Louis Kroeber, antropólogo norte-americano (1960) e Steve Jobs, cofundador da Apple (2011).
Hoje, assinala-se o Dia Mundial dos Professores.
 
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Implantação de República
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
Ilustração alusiva à Proclamação da República Portuguesa a 5 de outubro de 1910.
A Implantação da República Portuguesa foi o resultado de um golpe de estado organizado pelo Partido Republicano Português que, no dia 5 de outubro de 1910, destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal.
A subjugação do país aos interesses coloniais britânicos[1], os gastos da família real[2], o poder da igreja, a instabilidade política e social, o sistema de alternância de dois partidos no poder (os progressistas e os regeneradores), a ditadura de João Franco[3], a aparente incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à modernidade — tudo contribuiu para um inexorável processo de erosão da monarquia[4] portuguesa do qual os defensores da república, particularmente o Partido Republicano, souberam tirar o melhor proveito[5]. Por contraponto, o partido republicano apresentava-se como o único que tinha um programa capaz de devolver ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do progresso.[6]
Após a relutância do exército em combater os cerca de dois mil soldados e marinheiros revoltosos entre 3 e 4 de outubro de 1910, a República foi proclamada às 9 horas da manhã do dia seguinte da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa[7]. Após a revolução, um governo provisório chefiado por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação da Constituição de 1911 que deu início à Primeira República.[8] Entre outras mudanças, com a implantação da república, foram substituídos os símbolos nacionais: o hino nacional e a bandeira[9][10].
 
  República
(WIKIPEDIA)
 
Embarque de tropas para Angola durante a Primeira Guerra Mundial.
Depois da revolução em Lisboa, a monarquia foi sucedida por uma república parlamentarista, que durou de 1910 a 1926. Os republicanos eram uma minoria urbana num país rural, e o direito de voto foi restritoaos homens alfabetizados. Foi um período de grande instabilidade política: nos dezasseis anos de duração teve nove presidentes e 45 governos.
O parlamento era o centro do sistema político e elegia o presidente da república, que tinha pouco poder de arbitrar entre as diferentes facções. O sistema partidário estava fragmentado e sucediam-se governos sem maioria parlamentar suficiente. Uma facção do Partido Republicano Português, os "democratas" de Afonso Costa, tornou-se o centro do sistema político e controlava a administração e, por meio de caciquismo, as eleições.[99]O resto das facções republicanas e monárquicas recorreu à insurreição para tomar o poder. Houve numerosas conspirações e golpes de estado. O regime era fraco e as políticas secularistase de controle da Igreja Católica enfrentaram esta e a população rural.[100]
Portugal participou na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a mobilização militar e o colapso do comércio marítimo causaram muitos problemas sociais, tais como inflaçãoe escassez. O movimento operário, em que primava a organização dos anarco-sindicalistas, também não se sentia representado pela República e foi muito combativo, com muitas grevescontra a carestia em que usava a violência política. O golpe de estado em 1917 de Sidónio Pais tentou criar uma república presidencialista e integrar no regime monárquicos e católicos, mas após o seu assassinato um ano depois e uma pequena guerra civil entre janeiro-fevereiro de 1919 entre Monarquia e República, restaurou-se a Constituição de 1911. O sistema sobreviveu ainda oito anos , mas enfrentou inúmeros problemas sociais, golpes e insurreições, até que o golpe militar de 1926impôs uma ditadura.
[editar] Ditadura (1926-1974)
[editar] Estado Novo
Ver artigo principal: Estado Novo, Salazarismo
António de Oliveira Salazar (terceiro a partir da esquerda), fundador do Estado Novo visita obras da Ponte de Santa Clara em Coimbra.
O golpe militar de 1926 pôs fim à Primeira República, iniciando uma ditadura militar encabeçada pelo general Carmona. Em 1928 a situação financeira do país tornou-se a principal preocupação do governo e Carmona nomeou ministro das Finanças António de Oliveira Salazar, um prestigiado professor de finanças da Universidade de Coimbra.[101]O regime, progressivamente mais autoritário, promulgou em 1930 um Acto Colonial[102]centralizador, que restringiu a autonomia financeira e administrativa das colónias no que chamou Império Colonial Português.
Salazar foi ganhando peso no governo e em 1932 tornou-se presidente do Conselho de Ministros com poderes ditatoriais.[103]Profundamente conservador e nacionalista, rejeitava o comunismoe o liberalismo: o seu modelo era o meio rural, que considerava ideal. Em 1933promulgou uma nova constituiçãoinspirada no corporativismo, na doutrina social da Igreja e nonacionalismo. Estava lançada a base do novo regime político, o Estado Novo. De cariz presidencialista e anti-parlamentarista, na prática o presidente da República era uma figura apagada e o poder concentrou-se em Salazar. Um partido único (União Nacional), apoiante do regime, dominava a Assembleia Nacional e a economia era regulada por uma Câmara Corporativa composta por elementos ligados às profissões[104]
Os antigos partidos políticos portugueses desaparecem, excepto o Partido Comunista Português, cujos dirigentes foram duramente perseguidos pela polícia política (PVDE e depois, PIDE). A censura, restabelecida em 1926, foi consolidada e as grevesproibidas.[105]Em 1936 o regime criou a Mocidade Portuguesa, para doutrinar a juventude. A qualificação do regime de Salazar como fascistanão é unânime na historiografia, utilizando-se frequentemente o termo regime autoritário ou fascismo clerical, mas é clara a semelhança com a Itália de Mussolinie a ditadura espanhola de Primo de Rivera e Franco, que apoiou na Guerra Civil Espanhola (1936-1939).
 
Agricultores beirões(c.1950).
Em 1939 Portugal declarou oficialmente a neutralidade na Segunda Guerra Mundial. Nesse ano assinou um pacto de não agressãocom Espanha mas recusou aderir ao Pacto Anti-Komintern. Simultaneamente, acordou a cooperação com a Grã-Bretanha e em 1943 chegou a concedeu-lhe a Base Aérea das Lajes nos Açores. Salazar entendia ter Portugal pouco a ver com a política europeia, sendo a sua vocação ultramarina, procurando afastar-se do conflito.[106]Portugal exportava produtos para os países em conflito, como açúcar, tabaco e volfrâmio, usado em material bélico. No fim da guerra, o governo decretou luto oficial de três dias pela morte de Hitler. Em 1949 Portugal ingressa na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN/NATO) e em 1955 na Organização das Nações Unidas.
De 1949 a 1958 opositores à ditaduracomo Norton de Matos e Humberto Delgado defenderam a democratização. Humberto Delgado liderou a principal tentativa de derrube da ditadura por eleições, ao reunir toda a oposição democrática e grande apoio popular. Apesar de ter perdido as eleições de 1958num processo eleitoral fraudulento,[107]abalou o poder do Estado Novo e deu esperança à oposição.
(WIKIPEDIA)

 

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