terça-feira, 23 de outubro de 2012

CIDADE DE COVILHÃ COMEMORA 142 ANOS


BLOG ANO PORTUGAL BRASIL PORTUGAL – Dia 22 de outubro de 2012
Notícias – Visões e Cultura de Portugal – A Crise Econômica  

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Obra de Camilo Castelo Branco está a ser revisitada no Centro Cultural de Belém até sábado.

GRÁTIS



DOZE livros de Camilo Castelo Branco, digitalizados a partir de edições que pertencem ao espólio da Biblioteca Nacional, estão a partir de hoje disponíveis no site do Diário de Notícias.

                                                      Queijo Parmigiano-Reggiano

                                           Giovanni abriu uma forma de parmesão de 40 quilos



O restaurante Come Prima, em Lisboa, organizou um jantar que incluiu a cerimónia de abertura de um Parmigiano-Reggiano,seguindo a tradição italiana.

Há todo um cerimonial que rodeia a abertura de uma forma de parmesão. Em Portugal passamos-lhe habitualmente ao lado. Mas Giovanni, proprietário do restaurante Come Prima, em Lisboa, quis reproduzir esse momento que, diz, é tradição em muitos restaurantes italianos. Mandou vir de Itália um queijo Parmigiano-Reggiano de 40 quilos, arranjou os utensílios necessários (ou o mais próximo que conseguiu) e organizou, no domingo passado, uma noite especial.

Às 19h15, a sala do Come Prima já estava cheia de pessoas que vinham jantar mas, antes disso, vinham assistir à abertura da forma. Giovanni — que, na realidade é nepalês e chama-se Tanka Sapkota, mas que tem há muitos anos uma paixão pela cozinha italiana — estava, sorridente, por detrás da mesa onde repousava, imponente, o queijo.

A cerimónia começa com algumas explicações. Para o verdadeiro Parmigiano-Reggiano é utilizado leite de vacas alimentadas apenas com ervas naturais, e são necessários 1100 litros de leite para se conseguir duas formas iguais a esta que temos à nossa frente — um queijo que no Come Prima irá durar cerca de um mês e meio. Os animais são ordenhados à noite e esse leite é deixado a repousar até à manhã seguinte, o que permite que a gordura se desloque para a superfície (esta gordura é usada para fazer manteiga).

A este leite é depois adicionado o leite da manhã e coalho de vitelo. O queijo que resulta da coagulação é desfeito — o que vai garantir a textura granulada que caracteriza o Parmigiano-Reggiano. Aquece-se a uma temperatura até aos 55 graus e, terminado esse processo, o queijo é coado com um pano de musselina e colocado na forma. Começa a fase da maturação, durante a qual o queijo descansa em prateleiras em enormes salas, sendo regularmente limpo e virado.

Foram algumas destas prateleiras que desabaram com grande estrondo quando a região a Norte de Bolonha foi atingida por um terramoto, no início deste ano. Os produtores de parmesão falaram de um gigantesco prejuízo, com perto de 300 mil rodas de queijo a esmagarem-se contra o chão. O queijo que em breve iremos provar teve um período de maturação de 29 meses e apresenta-se intacto. É um sobrevivente.

Mas tudo isto é só uma parte da história. O Parmigiano-Reggiano, senhor dos queijos, é uma espécie de livro aberto. E é preciso saber lê-lo. Giovanni também vai explicar essa parte. Antes de iniciar o corte, procura o selo que confirma a origem do queijo, e conta que existe em Itália um Consórcio (que abrange 380 produtores) que é o garante da qualidade e da linhagem de cada exemplar. “Usam uns pequenos martelos para perceber se um queijo tem ou não defeito”. Como não o podem abrir, têm que confiar no que ouvem — a consistência será a certa? Terá falhas?

O que chegou até ao Come Prima é, tudo indica, um exemplar sem falhas. O selo castanho comprova isso. Se tivesse chumbado no exame, teria uma cruz vermelha e não poderia ser vendido como DOP (Denominação de Origem Protegida), diz Giovanni.

Bom, temos portanto um queijo inteiro e legítimo. Falta abri-lo. Giovanni tem uma pequena faca de ponta curva para fazer a incisão inicial. Com a ajuda de um funcionário do restaurante, coloca a roda de queijo de lado e enterra a faca. O ajudante vai fazendo rodar o parmesão, e a faca abre a primeira linha na casca. A partir de certo ponto é necessário usar as outras facas — em Portugal, à falta das que existem em Itália, recorreu-se a facas para abrir ostras — que vão sendo cravadas na abertura, fazendo um efeito de calço.

O queijo continua a rodar e vai ficando cravejado de facas. Giovanni tira a que está mais distante, para colocar mais à frente na abertura e assim sucessivamente. O queijo vai cedendo, mas a ideia é não forçar. A certa altura ele irá lascar. E acontece mais rapidamente do que se poderia imaginar para um queijo de 40 quilos.

De repente, a forma cede e abre-se em duas, revelando o interior granulado e incerto. Sente-se no ar um cheiro a leite ligeiramente aquecido. Diz-se que nesses primeiros minutos o queijo tem um sabor único. Giovanni sorri orgulhoso. A abertura da forma correu na perfeição. Agora é tempo de arrancar pedaços incertos, toscos, e distribuí-los por pratinhos para todos poderem provar. “Nunca se usa num queijo destes uma faca laminada”, avisa. Nas mesas há vinagre balsâmico de cinco anos e mel de eucalipto, para comer com o parmesão.

Um nepalês em Lisboa


Pode parecer inusitado que seja um nepalês a fazer em Portugal a abertura tradicional do Parmigiano-Reggiano, mas quem conhece Giovanni sabe que, no que respeita à comida, a sua alma é italiana. Tudo começou quando o pai o mandou estudar para a Alemanha. “Tinha 18 anos e estava a entrar na Faculdade de Direito”, conta, sempre com um sorriso. “Ao fim de uma semana saí.” Achava que a Alemanha era um sítio em que se ganhava muito dinheiro. “Mas não tinha ideia do que ia fazer”, confessa. Como o irmão, que já vivia no país, lhe explicou que para ganhar dinheiro ia ter que trabalhar, Tanka Sapkota começou a lavar pratos num restaurante italiano, e adoptou o nome de Giovanni. No segundo ano, “já era cozinheiro”.

Em 1996 veio pela primeira vez a Portugal e viu “a luz ao fundo do túnel”. Enquanto na Alemanha havia imensos restaurantes italianos, em Lisboa não havia praticamente concorrência. Ficou. Trabalhou de início no La Trattoria e em 1999 abriu o seu primeiro restaurante, que viria a dar origem ao Come Prima. Mas em 2007 quis melhorar e achou que para isso tinha que ir estudar para Itália e aprender a cozinha italiana na fonte. Agora, é essa cozinha, “muito simples mas com tudo feito em casa, do pão às massas”, que Giovanni, o nepalês-italiano, apresenta no seu restaurante. Com o verdadeiro Parmigiano-Reggiano, claro.

Restaurante Come Prima
Rua Olival 258 1200-744 Lisboa
Tel.: 213 902 457

Artigo publicado na revista Fugas de 13 de Outubro de 2012 -

 DESTAQUE DO DIA 

Cidade da Covilhã comemora 142 anos
: 2 m

A Covilhã comemora no sábado- dia 20 de outubro -  o 142º aniversário da elevação a cidade, uma efeméride assinalada com várias iniciativas.

Além da habitual sessão solene da Assembleia Municipal, o dia começa com uma caminhada pelas encostas da serra e um torneio quadrangular de futsal. Está ainda programado o lançamento do livro “Património Eclesiástico da Covilhã”, com fotografias de António Homem Cardoso e investigação histórica de Carlos Madaleno. Esta edição assinala o primeiro aniversário do Museu de Arte Sacra. Antes do XVIIº Encontro Nacional de Folclore, a tarde fica marcada pela cerimónia comemorativa do Dia da Cidade nos Paços do Concelho, pelas 15h30, durante a qual serão homenageadas seis personalidades e quatro instituições. A medalha de mérito municipal será entregue ao padre Fernando Brito (arcipreste da Covilhã e diretor do “Notícias da Covilhã”), ao advogado Manuel Antunes Ferreira, ao médico João Casteleiro (antigo presidente do Centro Hospitalar da Cova da Beira) e ao empresário e artista plástico Artur Aleixo. José Braz, dono da fábrica de queijos de Peraboa, e a professora Isabel Fael (diretora da Secundária Campos Melo) são outros dos homenageados.

A autarquia vai ainda distinguir o Conservatório local, a Fundação Anita Pina Calado, o Grupo Educação e Recreio Campos Melo e o Centro Cultural “Os Serranos”, sediado nos Estados Unidos. Amanhã, o executivo promove uma visita às obras em curso no concelho, caso do funicular de S. João, do elevador da Goldra, do Data Center da PT e da estrada da Aldeia de S. Francisco de Assis.


Comentário do Editor (Paulo Timm)– Moro em Covilhã, para onde vim há pouco mais de um ano, acompanhando minha mulher em seus estudos na Universidade Beira Interior. Aqui convivo com a realidade lusitana, com seu rico passado, suas gentes simples e amistosas, com sua arte e misérias da crise, que vou retratando em minhas CARTAS DE PORTUGAL . Elas vão sendo publicadas e atualizadas no meu site: http://www.paulotimm.com.br/site/downloads/lib/pastaup/Obras%20do%20Timm/cartas-portuguesa.pdf     

  NOTICIAS :Com o apoio de O POVO com base no Boletim Portugal sem passaporte

 

Portugal sem passaporte -- O POVO






PORTUGAL E A CRISE : MEMÓRIA E ANÁLISES ATUAIS

Valor disparou a partir de 2007

Posted: 22 Oct 2012 08:10 AM PDT

O endividamento total dos setores público e privado de Portugal (excetuando a banca) atingiu os 432,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no final do primeiro semestre, revelam dados publicados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

Este rácio é muito superior ao que se verificava no final de 2007 (a data onde começa a série do BdP): 346,8% do PIB. Deste valor, cerca de metade é devido à banca, e um quarto é devido ao estrangeiro, explica a Lusa.

Nos números do boletim estatístico do BdP, a dívida pública (na definição restrita utilizada pelas entidades europeias) atingiu os 117,6% em junho deste ano. Numa definição mais lata, a dívida das administrações públicas atingiu os 137% do PIB.

Juntando a este valor a dívida das empresas públicas cujas contas não são englobadas no resto do Estado, a dívida pública atinge os 148,2% do PIB.

Este valor é substancialmente superior aos 87,8% do PIB registados no final de 2007. Foi das administrações públicas que veio o maior aumento no endividamento português.

Mas não só. O endividamento das empresas privadas atingiu os 182,6% – era 160% em dezembro de 2007. O dos particulares foi dos que menos aumentou ¿ de 98,5 para 101,2% do PIB.

A origem da dívida varia de acordo com o setor. No caso dos particulares, o endividamento é quase todo relativamente à banca. A situação das empresas privadas é mais diversificada, mas quase metade da dívida é aos bancos.

Já o principal credor do Estado é o estrangeiro

Agencia Financeira

 

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