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ANO PORTUGAL BRASIL PORTUGAL – Dia 22 de outubro de 2012
Notícias – Visões e Cultura de Portugal – A Crise Econômica
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ANO
BRASIL PORTUGAL 2012/13 - Acompanhe a programação neste site:
PORTUGAL – VISÕES
Obra de Camilo Castelo Branco está a
ser revisitada no Centro Cultural de Belém até sábado.
GRÁTIS
DOZE livros de Camilo Castelo Branco, digitalizados a partir de edições que
pertencem ao espólio da Biblioteca Nacional, estão a partir de hoje disponíveis
no site do Diário de Notícias.
Giovanni abriu
uma forma de parmesão de 40 quilos
19.10.2012Por Alexandra Prado Coelho - http://lifestyle.publico.pt/artigos/311920_giovanni-abriu-uma-forma-de-parmesao-de-40-quilos
O restaurante Come Prima, em Lisboa, organizou um
jantar que incluiu a cerimónia de abertura de um Parmigiano-Reggiano,seguindo a
tradição italiana.
Há todo um cerimonial que rodeia a abertura de
uma forma de parmesão. Em Portugal passamos-lhe habitualmente ao lado. Mas
Giovanni, proprietário do restaurante Come Prima, em Lisboa, quis reproduzir
esse momento que, diz, é tradição em muitos restaurantes italianos. Mandou vir
de Itália um queijo Parmigiano-Reggiano de 40 quilos, arranjou os utensílios
necessários (ou o mais próximo que conseguiu) e organizou, no domingo passado,
uma noite especial.
Às 19h15, a sala do Come Prima já estava cheia de
pessoas que vinham jantar mas, antes disso, vinham assistir à abertura da
forma. Giovanni — que, na realidade é nepalês e chama-se Tanka Sapkota, mas que
tem há muitos anos uma paixão pela cozinha italiana — estava, sorridente, por
detrás da mesa onde repousava, imponente, o queijo.
A cerimónia começa com algumas explicações. Para
o verdadeiro Parmigiano-Reggiano é utilizado leite de vacas alimentadas apenas
com ervas naturais, e são necessários 1100 litros de leite para se conseguir
duas formas iguais a esta que temos à nossa frente — um queijo que no Come
Prima irá durar cerca de um mês e meio. Os animais são ordenhados à noite e
esse leite é deixado a repousar até à manhã seguinte, o que permite que a
gordura se desloque para a superfície (esta gordura é usada para fazer
manteiga).
A este leite é depois adicionado o leite da manhã
e coalho de vitelo. O queijo que resulta da coagulação é desfeito — o que vai
garantir a textura granulada que caracteriza o Parmigiano-Reggiano. Aquece-se a
uma temperatura até aos 55 graus e, terminado esse processo, o queijo é coado
com um pano de musselina e colocado na forma. Começa a fase da maturação,
durante a qual o queijo descansa em prateleiras em enormes salas, sendo
regularmente limpo e virado.
Foram algumas destas prateleiras que desabaram
com grande estrondo quando a região a Norte de Bolonha foi atingida por um
terramoto, no início deste ano. Os produtores de parmesão falaram de um
gigantesco prejuízo, com perto de 300 mil rodas de queijo a esmagarem-se contra
o chão. O queijo que em breve iremos provar teve um período de maturação de 29
meses e apresenta-se intacto. É um sobrevivente.
Mas tudo isto é só uma parte da história. O
Parmigiano-Reggiano, senhor dos queijos, é uma espécie de livro aberto. E é
preciso saber lê-lo. Giovanni também vai explicar essa parte. Antes de iniciar
o corte, procura o selo que confirma a origem do queijo, e conta que existe em
Itália um Consórcio (que abrange 380 produtores) que é o garante da qualidade e
da linhagem de cada exemplar. “Usam uns pequenos martelos para perceber se um
queijo tem ou não defeito”. Como não o podem abrir, têm que confiar no que
ouvem — a consistência será a certa? Terá falhas?
O que chegou até ao Come Prima é, tudo indica, um
exemplar sem falhas. O selo castanho comprova isso. Se tivesse chumbado no
exame, teria uma cruz vermelha e não poderia ser vendido como DOP (Denominação
de Origem Protegida), diz Giovanni.
Bom, temos portanto um queijo inteiro e legítimo.
Falta abri-lo. Giovanni tem uma pequena faca de ponta curva para fazer a
incisão inicial. Com a ajuda de um funcionário do restaurante, coloca a roda de
queijo de lado e enterra a faca. O ajudante vai fazendo rodar o parmesão, e a
faca abre a primeira linha na casca. A partir de certo ponto é necessário usar
as outras facas — em Portugal, à falta das que existem em Itália, recorreu-se a
facas para abrir ostras — que vão sendo cravadas na abertura, fazendo um efeito
de calço.
O queijo continua a rodar e vai ficando cravejado
de facas. Giovanni tira a que está mais distante, para colocar mais à frente na
abertura e assim sucessivamente. O queijo vai cedendo, mas a ideia é não
forçar. A certa altura ele irá lascar. E acontece mais rapidamente do que se
poderia imaginar para um queijo de 40 quilos.
De repente, a forma cede e abre-se em duas,
revelando o interior granulado e incerto. Sente-se no ar um cheiro a leite
ligeiramente aquecido. Diz-se que nesses primeiros minutos o queijo tem um
sabor único. Giovanni sorri orgulhoso. A abertura da forma correu na perfeição.
Agora é tempo de arrancar pedaços incertos, toscos, e distribuí-los por
pratinhos para todos poderem provar. “Nunca se usa num queijo destes uma faca
laminada”, avisa. Nas mesas há vinagre balsâmico de cinco anos e mel de
eucalipto, para comer com o parmesão.
Um nepalês em
Lisboa
Pode parecer inusitado que seja um nepalês a
fazer em Portugal a abertura tradicional do Parmigiano-Reggiano, mas quem
conhece Giovanni sabe que, no que respeita à comida, a sua alma é italiana.
Tudo começou quando o pai o mandou estudar para a Alemanha. “Tinha 18 anos e
estava a entrar na Faculdade de Direito”, conta, sempre com um sorriso. “Ao fim
de uma semana saí.” Achava que a Alemanha era um sítio em que se ganhava muito
dinheiro. “Mas não tinha ideia do que ia fazer”, confessa. Como o irmão, que já
vivia no país, lhe explicou que para ganhar dinheiro ia ter que trabalhar,
Tanka Sapkota começou a lavar pratos num restaurante italiano, e adoptou o nome
de Giovanni. No segundo ano, “já era cozinheiro”.
Em 1996 veio pela primeira vez a Portugal e viu
“a luz ao fundo do túnel”. Enquanto na Alemanha havia imensos restaurantes
italianos, em Lisboa não havia praticamente concorrência. Ficou. Trabalhou de
início no La Trattoria e em 1999 abriu o seu primeiro restaurante, que viria a
dar origem ao Come Prima. Mas em 2007 quis melhorar e achou que para isso tinha
que ir estudar para Itália e aprender a cozinha italiana na fonte. Agora, é
essa cozinha, “muito simples mas com tudo feito em casa, do pão às massas”, que
Giovanni, o nepalês-italiano, apresenta no seu restaurante. Com o verdadeiro
Parmigiano-Reggiano, claro.
Restaurante Come Prima
Rua Olival 258 1200-744 Lisboa
Tel.: 213 902 457
Rua Olival 258 1200-744 Lisboa
Tel.: 213 902 457
Artigo publicado na revista Fugas de 13 de Outubro de 2012 -
DESTAQUE DO DIA
Cidade da Covilhã comemora 142 anos
: 2 m
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A Covilhã comemora no sábado- dia 20 de outubro - o 142º aniversário da elevação a cidade, uma
efeméride assinalada com várias iniciativas.
Além da habitual sessão solene da Assembleia Municipal, o dia começa com
uma caminhada pelas encostas da serra e um torneio quadrangular de futsal. Está
ainda programado o lançamento do livro “Património Eclesiástico da Covilhã”,
com fotografias de António Homem Cardoso e investigação histórica de Carlos
Madaleno. Esta edição assinala o primeiro aniversário do Museu de Arte Sacra.
Antes do XVIIº Encontro Nacional de Folclore, a tarde fica marcada pela
cerimónia comemorativa do Dia da Cidade nos Paços do Concelho, pelas 15h30,
durante a qual serão homenageadas seis personalidades e quatro instituições. A
medalha de mérito municipal será entregue ao padre Fernando Brito (arcipreste
da Covilhã e diretor do “Notícias da Covilhã”), ao advogado Manuel Antunes
Ferreira, ao médico João Casteleiro (antigo presidente do Centro Hospitalar da
Cova da Beira) e ao empresário e artista plástico Artur Aleixo. José Braz, dono
da fábrica de queijos de Peraboa, e a professora Isabel Fael (diretora da
Secundária Campos Melo) são outros dos homenageados.
A autarquia vai ainda distinguir o Conservatório local, a Fundação Anita
Pina Calado, o Grupo Educação e Recreio Campos Melo e o Centro Cultural “Os
Serranos”, sediado nos Estados Unidos. Amanhã, o executivo promove uma visita
às obras em curso no concelho, caso do funicular de S. João, do elevador da
Goldra, do Data Center da PT e da estrada da Aldeia de S. Francisco de Assis.
Comentário do Editor (Paulo Timm)– Moro em Covilhã,
para onde vim há pouco mais de um ano, acompanhando minha mulher em seus
estudos na Universidade Beira Interior. Aqui convivo com a realidade lusitana,
com seu rico passado, suas gentes simples e amistosas, com sua arte e misérias
da crise, que vou retratando em minhas CARTAS DE PORTUGAL . Elas vão sendo
publicadas e atualizadas no meu site: http://www.paulotimm.com.br/site/downloads/lib/pastaup/Obras%20do%20Timm/cartas-portuguesa.pdf
Portugal sem passaporte -- O POVO
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- Exportações
portuguesas superam importações em 315 milhões de Euros
- Brasil –
Sexta economia do mundo – um Pais de aposta
- Passos Coelho
quer “dar condições” para que todos encontrem oportunidades em Portugal
- Mais um
português em situação ilegal no Brasil…
- Divida total
de Portugal ascende a 432% do PIB. Valor disparou a partir de 2007
- Um milhão de
jovens vai deixar Portugal nos próximos anos. 100 mil por ano
- Portugal em
destaque no maior certame mundial de têxteis na China
- Câmara do
Porto quer pagar 3 milhões para manter fundação que governo recomendou
extinguir
- Fernando
Henrique Cardoso recebe hoje doutoramento honoris causa em Portugal
- Rota maritima entre Fortaleza e Cabo Verde tem previsão de US$ 2,5 milhões em negocios
PORTUGAL E A CRISE : MEMÓRIA E ANÁLISES ATUAIS
Valor disparou a partir de 2007
Posted: 22 Oct 2012 08:10 AM
PDT
O endividamento total
dos setores público e privado de Portugal (excetuando a banca) atingiu os
432,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no final do primeiro semestre, revelam
dados publicados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal (BdP).
Este rácio é muito superior ao que se verificava no
final de 2007 (a data onde começa a série do BdP): 346,8% do PIB. Deste valor,
cerca de metade é devido à banca, e um quarto é devido ao estrangeiro, explica
a Lusa.
Nos números do boletim estatístico do BdP, a dívida
pública (na definição restrita utilizada pelas entidades europeias) atingiu os
117,6% em junho deste ano. Numa definição mais lata, a dívida das
administrações públicas atingiu os 137% do PIB.
Juntando a este valor a dívida das empresas
públicas cujas contas não são englobadas no resto do Estado, a dívida pública
atinge os 148,2% do PIB.
Este valor é substancialmente superior aos 87,8% do
PIB registados no final de 2007. Foi das administrações públicas que veio o
maior aumento no endividamento português.
Mas não só. O
endividamento das empresas privadas atingiu os 182,6% – era 160% em dezembro de
2007. O dos particulares foi dos que menos aumentou ¿ de 98,5 para 101,2% do
PIB.
A origem da dívida varia de acordo com o setor. No
caso dos particulares, o endividamento é quase todo relativamente à banca. A
situação das empresas privadas é mais diversificada, mas quase metade da dívida
é aos bancos.
Já o principal credor do Estado é o estrangeiro
Agencia Financeira
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