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PORTUGAL – VISÕES - TOMAR
A CIDADE DE TOMAR, EM PORTUGAL, FOI UM IMPORTANTE
CENTRO DOS TEMPLÁRIOS , QUE HAVERIAM ABRIGADO, ALI, UMA VASTA COMUNIDADE
JUDAICA, DANDO ORIGEM ÀS GRANDES NAVEGAÇÕES.
Visitei e cidade acompanhado por outro brasileiro
que aqui vive há 15 anos, Alessandro Galvão e sua esposa Juciane no dia 15 set
2012. Fiquei emocionado com o que vi.
Paulo Timm - Editor
TOMAR - UMA CIDADE CHEIA DE
ENCANTOS, HISTÓRIA E MISTÉRIOS
Cidade localizada nas margens do rio Nabão, pertencente ao distrito de Santarém na província do Ribatejo, com uma área de 351 km2 e 41.537 habitantes, foi conquistada ao Mouros por D. Afonso Henriques em 1147 sendo depois doada por este monarca aos Templários em 1159. A 1 de março de 1160 foi fundada Tomar com o início da construção do castelo. D Gualdim Pais concedeu-lhe foral em 1162.
Com a extinção da Ordem do Templo em 1312 por decisão do Papa Clemente V, que queria ver os templários banidos da Europa, foi fundada a Ordem de Militar de Cristo. Devido à necessidade de defender a fronteira algarvia, a sede desta Ordem transferiu-se para Castro Marim. Trinta e sete anos depois, voltou a fixar-se em Tomar mais concretamente no seu castelo.
Assim Tomar viria a ser o centro originador e principal sustentador da epopeia dos Descobrimentos. O Infante D. Henrique, nomeado pelo Papa como Regedor da Ordem de Cristo, viria a instalar-se no castelo de Tomar.
Foi elevada à categoria de cidade em 1844, tendo sido visitada pela Rainha D. Maria II no ano seguinte.
Tomar é hoje conhecida não só pelos seus monumentos fabulosos, dos quais se destaca o Convento de Cristo, mas também pelas suas potencialidades turísticas que proporciona a visita de inúmeras edificações históricas, relíquias arqueológicas, passeios pelos seus frondosos e frescos jardins e também ao longo do rio Nabão. Veja primeiro aqui, visite Tomar depois...
***
O
Convento de Cristo é a peça central da histórica cidade de Tomar. A construção
desta monástica fortaleza foi iniciada por D. Gualdim Pais, Grão-Mestre dos
Cavaleiros Templários, e foi construída no decorrer de cinco séculos. Em 1983,
foi classificado pela UNESCO como Património Mundial, pela sua significância
histórica e arquitectónica.
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
A igreja do Convento
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Informações
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Inscrição:
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1983
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Localização:
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Critérios:
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Descrição UNESCO:
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O Convento de Cristo, histórico monumento na cidade de Tomar (freguesia de S.Joao Baptista), classificado pela UNESCO como Património Mundial, pertenceu à Ordem dos Templários. Fundado em 1160[1] pelo Grão-Mestre dos Templários, dom Gualdim Pais, o Convento de Cristo ainda conserva recordações desses monges cavaleiros e dos herdeiros do seu cargo, a Ordem de Cristo, os quais fizeram deste edifício a sua sede. Sob Infante D. Henrique o Navegador, Mestre da ordem desde 1418, foram construídos claustros entre a Charola e a fortaleza dos Templários, mas as maiores modificações verificam-se no reinado de D. João III (1521-1557). Arquitectos como João de Castilho e Diogo de Arruda procuraram exprimir o poder da Ordem construindo a igreja e os claustros com ricos floreados manuelinos que atingiram o máximo esplendor na janela da fachada ocidental.
Trata-se de uma construção periurbana, implantada no alto de uma elevação sobranceira à planície onde se estende a cidade. Está circundado pelas muralhas do Castelo de Tomar e pela mata da cerca.
Actualmente é um espaço cultural, turístico e ainda devocional. A arquitectura partilha traços românicos, góticos, manuelinos, renascentistas, maneiristas e barrocos.
Índice |
Caracterização
arquitectónica
Grande claustro
[editar] Claustros
A janela do
Capítulo do Convento, mais tarde imitada para o Palácio da Pena,
foi encomendada por D. Manuel I e desenhada por Diogo
de Arruda. É o mais conhecido exemplo de arquitectura
manuelina, ilustrativo do naturalismo exótico e do uso de pormenores marítimos
Os claustros são originalmente góticos, com estrutura de arcadas quebradas sobre colunas grupadas. Já a nave manuelina de espaço unificado está coberta com abóbada rebaixada. As janelas, frisos e platibandas têm corpo manuelino com decoração vegetalista, enquanto a planta do conjunto monacal quinhentista parece inspirar-se na do Ospedale Maggiore, em Milão.
Iniciado nos anos 50 do século XVI por João de Castilho e sustituido em parte por Diogo Torralva, o Grande Claustro reflecte a paixão de D. João III pela arte italiana. Escadas em espiral ocultas nos cantos conduzem ao Terraço da Cera.
O Claustro da Lavagem é quadrangular de dois pisos; o Claustro do Cemitério é quadrangular, com um piso com cinco tramos por ala. Os claustros de João de Castilho: o Claustro da Micha é quadrangular com quatro alas, enquanto o dos Corvos é também quadrangular, mas com duas galerias de dupla arcada separadas por contrafortes. Por último, o Claustro de D. João III é ainda quadrado, com chanfros nos ângulos. O Refeitório é rectangular, com abóbada de berço com nervuras formando caixotões quadrados. O Dormitório está disposto em cruz, com dois grandes corredores. Existem ainda o Claustro da Hospedaria e o Claustro de Santa Bárbara, quadrado, com quatro arcos rebaixados por ala, sobre colunas de fuste liso, o Claustro dos Corvos, o único com jardim e o Claustro das necessarias.
[editar] A Charola
A charola vista
da nave da igreja
O núcleo do mosteiro é a Charola do século XII, o Oratório dos Templários. Tal como em muitos dos seus templos, baseia-se na Rotunda do Santo Sepulcro de Jerusalém, adaptada pelo Infante D. Henrique. Em 1356, Tomar passou a ser a sede da Ordem de Cristo em Portugal, e a decoração da Charola reflecte a riqueza da Ordem. As pinturas e frescos (quase só cenas bíblicas do século XVI) e a estatuária dourada sob a cúpula bizantina, foram cuidadosamente restauradas. Quando foi construída a igreja manuelina, esta ficou ligada à Charola por uma arcada.
A Charola, poligonal, é o centro do conjunto de edificações, culminando-as visualmente. A norte e a este estão a Sacristia, os claustros do Cemitério e da Lavagem, as ruínas dos Paços, as Enfermarias e ainda a Sala dos Cavaleiros e a Botica.
Planta
progressiva do Convento de Cristo.
A oeste, a igreja, os claustros e as dependências conventuais. A norte pontifica a Portaria Real, entre o corpo das Enfermarias e Hospedaria. A fachada sul está realçada pela arcaria do Aqueduto dos Pegões, apoiada numa plataforma rústica, que corresponde ao corpo do Claustro dos Corvos, Dormitórios e Claustro de D. João III.
No que diz respeito à planta da igreja, é composta por dois corpos diferentes: a Charola, actual capela-mor, e o corpo da nave, que se adapta ao desnível do terreno para oeste, onde possui três registos assentes num forte embasamento e marcados por frisos decorativos envolventes, com decoração naturalista emblemática manuelina.
No interior, a nave é coberta por uma abóbada polinervada de combados de João de Castilho.
Ver também
Referências ↑ Convento de Cristo (em português). Página visitada em 22 de março de 2011.Ligações externas
O Commons possui multimídias sobre
Convento de Cristo
- Convento de
Cristo (IGESPAR)
- Convento de Cristo (Monumentos IGESPAR)
- Convento de Cristo na base de dados do IGESPAR
- Tomar, Cidade dos Templários: Convento de Cristo
Este artigo sobre Património
de Portugal é um esboço. Você pode
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Convento de Cristo, Tomar
http://www.sacred-destinations.com/portugal/tomar-templar-convento-de-cristo
A Sinagoga de Tomar encontra-se situada na antiga judiaria, em pleno centro histórico da cidade. Este antigo local de culto, encerrado no final do século XV, alberga
actualmente o Museu Luso-Hebraico Abraão Zacuto. O edifício é monumento nacional desde 1921.
Índice |
História
A origem da comunidade judaica de Tomar remonta provavelmente ao início do século XIV, quando aqui se instalou gente de nação (como então era conhecida esta minoria) ao serviço da Ordem do Templo e, mais tarde, da sua sucessora, a Ordem de Cristo. O rápido crescimento demográfico, ao longo do século XV, suscitou a criação de uma judiaria, com o encerramento de portas entre o pôr e o nascer do sol. Estas portas situar-se-iam nas extremidades ocidental e oriental desta rua, que passou a ser designada de Rua da Judiaria, mais especificamente nos cruzamentos com as Ruas do Moinho e Direita, respectivamente. A situação da Judiaria, próxima do centro económico e social da então vila, é bem demonstrativa da importância que a comunidade assumiu na sociedade nabantina. De facto, calcula-se que a população judaica de Tomar andasse, em meados do século XV, em cerca de 150 a 200 indivíduos, tendo chegado a atingir uma significativa proporção de 30 a 40% do total de habitantes da vila, na sequência da chegada dos judeus espanhóis, expulsos em 1492.
É neste contexto que se dá a fundação da sinagoga, em meados do século XV, motivada pelo crescente número de fiéis. A construção deu-se por ordem do Infante D. Henrique, que ao que tudo indica protegia a comunidade hebraica da vila, facto a que não é alheio o cargo que exercia, de mestre da Ordem de Cristo. No entanto, a existência deste templo seria efémera, pois logo em 1496, com a conversão forçada dos judeus ao cristianismo decretada por D. Manuel I, a Judiaria da vila, à semelhança de todas as outras do reino, é abolida, sendo também encerrada a sua sinagoga. O nome da rua é então mudado para Rua Nova, transitando muitos dos cristãos-novos (judeus convertidos ao cristianismo) para outros arruamentos, enquanto cristãos-velhos se instalavam nas casas deixadas devolutas.
O espaço da sinagoga passou então, a partir de 1516, a ser utilizado como cadeia pública. Entre os finais do século XVI e os inícios do XVII, depois das necessárias obras, o edifício passou a local de culto cristão, como Ermida de São Bartolomeu. Após a sua profanação, no século XIX, o antigo templo foi utilizado como palheiro, servindo em 1920, aquando da visita de um grupo de arqueólogos portugueses, de adega e de armazém de mercearia. No ano seguinte, o edifício foi classificado como Monumento Nacional, tendo sido adquirido em 1923 pelo Dr. Samuel Schwarz. Este judeu polaco, investigador da cultura hebraica, suportou obras de limpeza e desaterro, doando o edifício ao Estado em 1939, sob a condição de aqui ser instalado um museu luso-hebraico.
Descrição
A Sinagoga de Tomar é o único templo judaico proto-renascença existente actualmente no país. A sala destinada ao culto desenvolve-se num espaço de planta quadrada, com piso inferior ao do exterior, dividido em três naves de três tramos, apresentando uma tipologia semelhante à de outras sinagogas sefarditas quatrocentistas. O tecto, em abóbada de tijolo de arestas vivas, é suportado por quatro elegantes colunas, com capitéis de lavores geométricos e vegetalistas, e por mísulas embebidas nas paredes. A disposição destes elementos encerra um significado simbólico: as doze mísulas simbolizam as doze tribos de Israel, enquanto que as quatro colunas representam as quatro matriarcas – Sara, Rebeca, Lea e Raquel. Estas duas últimas matriarcas são as filhas de Labão, facto que explica a razão por que os capitéis são iguais em duas colunas e diferentes nas restantes. Para efeitos acústicos, encontram-se colocadas, embutidas na parede dos cantos, oito bilhas de barro viradas ao contrário, que comunicam com a sala através de orifícios. A porta virada para nascente, em arco quebrado, lanceolado do lado de fora, era a porta principal do templo. A entrada faz-se hoje por uma modesta porta de vão rectangular, voltada para norte. Este espaço apresenta algumas semelhanças com a cripta de D. Afonso, Conde de Ourém, na Igreja Matriz aquela cidade, nomeadamente no que respeita ao sistema acústico e ao tratamento do espaço interno. Depois de algumas escavações feitas no local, foi encontrada uma sala de planta rectangular, adossada ao edifício principal, destinada ao mikvah, o banho ritual de purificação das mulheres.
O acervo do museu inclui livros e objectos da tradição e culto judaicos, sendo ainda exibidas algumas lápides provenientes de vários locais do país e que atestam a importância da cultura hebraica em Portugal. Desta colecção de lápides, há a destacar uma estela funerária proveniente de Faro, alusiva ao falecimento em 1315 do Rabi Ioseph, judeu nabantino, e a lápide de 1308, que assinala a fundação da segunda sinagoga de Lisboa.
NOTÍCIAS – Com o apoio de O POVO com base
no Boletim Portugal sem passaporte
O Outono está aí e o
friozinho espreita, mas as Noites Crioulas no Centro InterculturaCidade
continuam com o calor de sempre. Desta vez, propomo-vos uma conversa com Nuno
Miranda, decano dos escritores cabo-verdianos que nos falará sobre as suas
ricas e múltiplas vivências na cultura crioula e não só. E para completar, a
noite continuará com uma boa Comida di Téra ao som doce do violão de
Paló. Sabe? Sabinh!
19:00
- À Conversa com Nuno Miranda, decano dos escritores cabo-verdianos
Nuno Álvares de Miranda, português natural
de Cabo Verde, nasceu na ilha de S. Vicente em 23-10-1924 e reside em Portugal
há mais de meio século. Licenciado em Letras pela Universidade Clássica de
Lisboa, áreas de Filosofia e História. Galardoado pelo Ministério das Relações
Exteriores do Brasil, por atividades no âmbito da “cultura
afro-luso-brasileira”. Galardoado pela Associação Brasileira de Antropologia da
Amazónia, de Manaus, Brasil. Prémio Camilo Pessanha (poesia) 1961 e 1964. Foi
co-fundador e redator do movimento literário Certeza (1944-45), editor e
colaborador da revista e do movimento Claridade e ainda colaborador da Revista
de Artes e Letras. (…)
Informação extraída de:
http://www.islasdecaboverde.com.ar/san_vicente/nuno_alvares_de_miranda/PATRIMONIO_HISTORICO_CULTUTAL_CABOVERDIANO_1.htm
http://www.islasdecaboverde.com.ar/san_vicente/nuno_alvares_de_miranda/PATRIMONIO_HISTORICO_CULTUTAL_CABOVERDIANO_1.htm
20:30
– Jantar Tradicional Cabo-verdiano
No
prato:
Caldo de Peixe
No copo: Vinho tinto/branco, cerveja, sumo de manga, água e café
Sobremesa: Doce de papaia com queijo de cabra
Sujeito a marcação prévia por telefone ou e-mail
22:00 – Música ao vivo na voz e violão de Paló
No copo: Vinho tinto/branco, cerveja, sumo de manga, água e café
Sobremesa: Doce de papaia com queijo de cabra
Sujeito a marcação prévia por telefone ou e-mail
22:00 – Música ao vivo na voz e violão de Paló
Marcações:
Tel.: 21 820 76 57 | marcacao.interculturacidade@gmail.com
Lotação limitada. É necessário efetuar marcação até dia 25 de Outubro
Preço por pessoa: 15 crioulos (jantar e música ao vivo)
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Preço por pessoa: 15 crioulos (jantar e música ao vivo)
Associação
Centro InterculturaCidade
Travessa do Convento de Jesus, 16 A, 1200-126 Lisboa
centro.interculturacidade@gmail.com
http://interculturacidade.wordpress.com
Tel : 21 820 76 57 (novo número)
Horário: 2ª a 6ª feira das 14h às 20h
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PORTUGAL E A CRISE : MEMÓRIA E ANÁLISES ATUAIS
PORTUGAL:UM
SOLO DE CLARINETE – por PAULO TIMM
A Península Ibérica
está mesmo fadada a ter um destino comum em seus dois países: Portugal e
Espanha. Ambos vítimas da mais cruel
Inquisição que perdurou desde a Idade Média, até a ocupação napoleônica,
que a extinguiu; ambos, precoces na
formação de seus respectivos Estados Nacionais que comandou as Grandes
Navegações, levando ao reparto do mundo
no Tratado de Tordesilhas; ambos
Impérios Coloniais prósperos e náufragos na aventura de fazer do mercantilismo
um salto para a modernidade; ambos
prisioneiros, no século XX, de
duradouras e retrógradas ditaduras, aliadas de Hitler; ambos eufóricos com a
europeização recente e ambos retóricos, agora,
diante de uma crise que abala não só as
famílias, mas o próprio Estado. Exaltam-se os ânimos contra o centro
governamental, fala-se cada vez mais em autonomia de regiões e até separação, a
monarquia claudica na Espanha, depois de flagrada em diletante safári na África
e a Igreja, ainda poderosa, é alvo de críticas contumazes pelos elevados custos
que implicam aos contribuintes. Talvez, por isso mesmo, aqui em Portugal,
tenha estado atenta de forma a evitar o pior. E se manifestado na Páscoa passada afirmando
que há “demasiadas mãos sujas com a iniquidade, com
a exploração dos fracos ou com as conjunturas de interesses. E isto acontece
porque há mãos limpas mas atadas pelo ‘deixar correr’, não querer
comprometer-se, ter medo do que poderá acontecer , registrado por Antonio Barbosa Filho, em “A Face Desumana da
Crise”, publicado no Boletim Outras Palavras.
D. Januário diz que chegou a hora de os
portugueses dizerem “basta” e teme que a agitação social cresça. “Isto está a
endurecer de dia para dia, sente-se um grande nervosismo na sociedade.
Interrogo-me como é que as pessoas mais pobres e enfraquecidas vão conseguir
lidar com todas estas medidas”. O bispo acrescenta que o que mais irritou os
portugueses foi o timing escolhido pelo primeiro-ministro para anunciar mais
austeridade. “Fazer um anúncio assim antes de um jogo de futebol da selecção
nacional mostra uma habilidade que irrita, além de falta de frontalidade”, diz
antes de criticar igualmente a mensagem que Passos Coelho deixou no Facebook,
um dia depois de anunciar o aumento da contribuição para a Segurança Social:
“As ideias debatem-se em diálogo aberto e não nas redes sociais”, remata.
(PAULO CUNHA/Lusa -
http://cidadaniaverticalidades.wordpress.com/2012/09/10/d-januario-portugal-esta-completamente-indefeso)
E, ainda, hoje,
diante do anúncio de mais medidas amargas:
Não
reduzam as “pensões de pobreza que nos deveriam envergonhar a todos”, pede a
Igreja
|
Autor:
João Miguel Ribeiro
|
Quarta,
24 Outubro 2012 12:58
|
A Conferência Episcopal Portuguesa
já reagiu ao anúncio de que o Governo quer reduzir os valores mínimos dos
apoios sociais: “deverão ser poupados os desempregados e os pensionistas, por
vezes com pensões de pobreza que nos deveriam envergonhar a todos”.
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP)
já expressou o sentimento da Igreja Católica quanto à proposta do Governo
para reduzir os valores mínimos dos apoios sociais. “São de evitar medidas de
austeridade cega, devendo-se seguir pelo caminho dos sacrifícios que sejam
justos. Deverão ser poupados os desempregados e os pensionistas, por vezes
com pensões de pobreza que nos deveriam envergonhar a todos”, salientou o
porta-voz da CEP, Manuel Morujão.
O padre pediu à classe política para
assumir a responsabilidade de encontrar uma saída para a crise, mas de forma
a que os sacrifícios necessários sejam suportados por quem efetivamente pode,
evitando sobrecarregar quem já pouco tem.
“Confiamos que possam haver os devidos
acertos para que se respeite e ajude os nossos concidadãos que vivem na
fronteira da dignidade humana, permanentemente ameaçados pela pobreza, pela
falta do pão de cada dia”, concluiu Manuel Morujão, reportando-se ao facto de
que, se a proposta governamental for aprovada, os apoios sociais para
centenas de milhares de pessoas passam a ser inferiores ao limiar da pobreza.
|
Mas não vou falar dos números da Crise Econômica,
presentes em inúmeros relatórios nacionais e internacionais, todos unânimes em
evidenciar paralisação dos investimentos produtivos, queda do PIB, desemprego
assustador, déficits públicos gigantescos e políticas de austeridade. Apenas
salientar que a ilusão da fusão na União Européia com a adoção do Euro como
moeda única já se desfez, levando muitos analistas a proclamarem o retorno de
Portugal à comunidade lusofônica, como Renato Epifania, da Revista Nova Águia -
http://novaaguia.blogspot.pt/
.
O rumo desta profunda crise económica e
social em que estamos mergulhados tem responsáveis, traduzida numa crescente e
preocupante perda de soberania. Demonstrativo no saldo das transferências
financeiras da União Europeia desde 1996 e 2011, foi já ultrapassado neste
mesmo período pelo saldo de dividendos, lucros distribuídos e juros. Ou seja, a
UE já recebeu neste período mais de Portugal do que aquilo que para cá enviou
de fundos comunitários. Este é o resultado de centenas de operações de
alienação de capitais nacionais que colocaram em mãos estrangeiras a maioria do
capital dos nossos principais grupos económicos e financeiros e que agora se
reflete na cada vez maior saída de dividendos e lucros distribuídos e também
fruto do crescente endividamento do nosso sistema financeiro, na cada vez maior
fatura de juros a pagar.
(Honorato Robalo , PCP - http://www.ointerior.pt/noticia.asp?idEdicao=676&id=37292&idSeccao=8796&Action=noticia)
Deixemos, pois , os
números , sob os escombros da unificação monetária apressada e detenhamo-nos no
impacto da Crise sobre dois segmentos da população: os mais velhos, os jovens e , enfim, os próprios
desempregados. E falemos da reconcentração de renda que aqui vai se processando
como se fosse “natural”.
A questão do desemprego
é grave. Cada vez mais as pessoas estão
procurando saídas, ou para o exterior, ou para o interior do país, onde têm
famílias, propriedade e alguma estabilidade social. E recorrem ao
seguro-desemprego como um paliativo. Agora, porém, o Governo anuncia que irá
diminuir o valor deste subsídio, colocando-o 150 mil trabalhadores abaixo do
nível considerado como de pobreza, fixado em 421 euros:
Um
beneficiário do subsídio de desemprego recebe, no mínimo, 419,22 euros, mas o
Público avança hoje que o Governo quer reduzir esse montante em 10 por cento,
fixando-o nos 377,29. A ser aprovada esta proposta, já enviada aos parceiros
sociais, mais de 150 mil beneficiários do subsídio irão passar a viver abaixo
do limiar da pobreza, nivelado nos 421 euros.
A Lusa
acrescenta que a medida é espelhada no subsídio social de desemprego, mas com
um corte ainda mais severo no caso do beneficiário não ter agregado familiar,
passando a corresponder a 72 por cento do Indexante de Apoios Sociais. Um
desempregado nestas situações irá receber apenas 301,83 euros, enquanto um
desempregado com agregado familiar irá receber 377,29 euros.
Os idosos estão,
também, pagando um preço alto pela crise.
Suas aposentadorias vêem sendo cortadas de forma inapelável e muitos dos
benefícios sociais que lhes protegiam, suspensos. O complemento solidário que
recebem deve ter um corte de 2,25 por
cento para beneficiários individuais, com o valor mínimo descendo de 5022 para 4909 euros anuais. Contudo, este
complemento cessa para os pensionistas cuja aposentadoria supere os 600 euros mensais.Um depoimento, de
Eugênio Lisboa, enviado ao
Primeiro-Ministro e publicado no Jornal
do Fundão, uma cidade perto de onde moro, me comoveu:
Tenho 82 anos e pouco me restará de vida, o
que significa que, a mim, já pouco mal poderá infligir V. Exa. e o algum que me
inflija será sempre de curta duração. É aquilo a que costumo chamar “as
vantagens do túmulo” ou, se preferir, a coragem que dá a proximidade do túmulo.
Tanto o que me dê como o que me tire será sempre de curta duração. (...) Todo o
discurso político de V. Exas., os do governo, todas as vossas decisões apontam
na mesma direção: mandar-nos para o cimo da montanha, embrulhados em metade de
uma velha manta, à espera de que o urso lendário (ou o frio) venha tomar conta
de nós. Cortam-nos tudo, o conforto, o direito de nos sentirmos, não digo
amados (seria muito), mas, de algum modo, utilizáveis: sempre temos umas
pitadas de sabedoria caseira a propiciar aos mais estouvados e impulsivos da
nova casta que nos assola. Mas não. Pessoas, como eu, estiveram, até depois dos
65 anos, sem gastar um tostão ao Estado, com a sua saúde ou com a falta dela.
Sempre, no entanto, descontando uma fatia pesada do seu salário, para uma ADSE,
que talvez nos fosse útil, num período de necessidade, que se foi desejando
longínquo. Chegado, já sobre o tarde, o momento de alguma necessidade, tudo nos
é retirado, sem uma atenção, pequena que fosse, ao contrato anteriormente
firmado. É quando mais necessitamos, para lutar contra a doença, contra a dor e
contra o isolamento gradativamente crescente, que nos constituímos em alvo
favorito do tiroteio fiscal (...)”
Sobre os jovens o
comovente é vê-los partir, em número impressionante para o exterior, tanto na
Espanha , quanto em Portugal. E sentir o sarcasmo de alguns analistas que vêem
isto como positivo, como este jornalista que responde `a grande repercussão da
carta de um emigrande – Pedro Marques – lamentando-se pelo exílio econômico:
Alguém questionou Pedro Marques sobre se trabalhar no estrangeiro
não ia melhorar a sua formação?
Aqui, a realização
semana passada ,do IV Congresso Português de Demografia que juntou duas
centenas de especialistas na Universidade de Évora, concluiu que um milhão de
jovens deixarão o país nas próximas duas décadas. Um número assombroso para uma
população de pouco mais de 10 milhões de almas. Seria o mesmo que drenar 20
milhões de brasileiros para o exterior.
O secretário de Estado das Comunidades,
José Cesário, admite, que por causa do desemprego este ano se podem repetir os
números do ano passado, em que o Governo calcula que emigraram perto de 100 mil portugueses. Eles são, em
grande maioria, jovens recém formados que partem para uma viagem sem retorno
para Alemanha, Suiça, Bélgica ,França, Austrália e Brasil, deixando o país cada
vez mais velho e depauperado. Em alguns desses países há até um inédito
chamamento, através das redes, aos jovens portugueses:
Porque está com
dificuldade em preencher as vagas no sector das engenharias e tecnologias, a
Bélgica decidiu começar a contratar em países onde há diplomados desempregados
nestas áreas como Portugal, Espanha e Grécia. Para se candidatar a estes
lugares pode enviar o seu currículo em inglês ou francês para Eures@vdab.be. Ou
então contactar directamente as dezenas de empresas que vêm a Portugal participar
na Feira de Emprego para engenheiros que se realiza nos próximo dia 10 e 11 de
Maio, nas instalações do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL). A
iniciativa, organizada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, trará
a Portugal dezenas de empresas que procuram engenheiros também da Noruega,
Suécia, Reino Unido e Dinamarca.
Pesquisas do Instituto Nacional
de Estatística de Portugal revelam que a
perda de população ativa em Portugal é muito forte, sobretudo nas idades de 25 a 34 anos: entre Junho de 2011 e Junho de
2012, desapareceram das estatísticas 65
mil deles; e nos primeiros seis meses deste ano , 40 mil .
Na Espanha convulsionada, o
drama é o mesmo e chegou a merecer um Editorial no dia 16 de outubro : “Los que se ván”. Informa este Editorial
que entre 1950 e 1973 um milhão e meio de espanhóis emigraram, mas que, no
curto espaço de 01 de janeiro de 2011 até a presente data, 927.890 já deixaram
o país. Ressalta que esta drenagem foi em parte compensada por 117.000 imigrantes
que chegaram à Espanha no mesmo período,
mais os nacionais que retornaram. Mas adverte:
La descapitalización es evidente. El perfil del nuevo
emigrante es el de un adulto de entre 28 y 45 años que elige por destino Reino
Unido, Francia, Alemania, EE UU y algunos países sudamericanos.
(...)
El impacto demográfico de la nueva
coyuntura es la primera reducción en términos absolutos del censo de población.
En la última década, España ha sido el destino favorito de la inmigración hacia
Europa: este país ha llegado a recibir a 700.000 extranjeros en un solo año. A
pesar de las críticas hacia el efecto llamada y el aumento de la xenofobia, lo
cierto es que la inmigración ha sido un factor determinante en el crecimiento
económico español de los últimos años y en el aumento enriquecedor de la
diversidad. Su marcha es un drama humano, pero también un termómetro preciso de
la falta de oportunidades.
A conseqüência desta vulnerabilidade das
populações mais idosas e jovens é a insegurança crescente. Dados já revelaram
que na Grécia falida os suicídios aumentaram 17% entre 2007 para 2009 e que teriam subido 25% em 2010.
Em Portugal , onde as informações são mais difíceis – o suicídio é estigmatizado por aqui- , há apenas uma informação da base de dados Pordata, registrando que 1098 pessoas se suicidaram-se em 2010, ou 84 a mais do que no ano anterior, mas sem avaliação das causas destas mortes. Mas pode-se imaginar o quanto o desemprego, os cortes em aposentadorias e suspensão de serviços sociais do Estado afetam as estruturas psicológicas dos indivíduos, levando-os à medidas extremas.
Em Portugal , onde as informações são mais difíceis – o suicídio é estigmatizado por aqui- , há apenas uma informação da base de dados Pordata, registrando que 1098 pessoas se suicidaram-se em 2010, ou 84 a mais do que no ano anterior, mas sem avaliação das causas destas mortes. Mas pode-se imaginar o quanto o desemprego, os cortes em aposentadorias e suspensão de serviços sociais do Estado afetam as estruturas psicológicas dos indivíduos, levando-os à medidas extremas.
A Crise assemelha-se,
pois, a um grande incêndio que devasta
não só a nossa morada, mas o que ela guarda de mais caro, parte da nossa alma
guardada nos álbuns de família...Ela dilacera famílias, esperanças, raízes. Ela
compromete o tecido social fazendo os mais pobres pagarem pela conta da
irresponsabilidade dos governantes. E se torna mais infame quando as diferenças
sociais são muito profundas, como em Portugal e Espanha, justamente quando se
esperava, com a unificação européia, que eles se aproximariam dos modelos
socialmente mais equilibrados da Europa do Norte.
É
interessante verificar que Portugal encontra-se entre os países da UE nos quais
a porção do rendimento detido pelos quatro quintis com menos rendimento é mais
baixa. Aliás, no caso do quintil 3, Portugal é o país da UE em que a porção do
rendimento total detido por esse grupo da população é mais reduzida: 16,0%. Ou
seja, enquanto a porção do rendimento total detido pelos 20% mais ricos em
Portugal é comparativamente elevada, já o rendimento disponível pelos demais
quintis revela ser baixo face ao apurado nos demais países da UE. Essa concentração do rendimento no grupo do
topo da distribuição pode ser consubstanciada na comparação do rendimento total
detido pelos 20% mais ricos face ao apurado para os 20% mais pobres (S80/S20):
neste plano, verifica-se que Portugal é a par da Espanha o 4º país mais
desigual da UE.
No Quadro 2 a distribuição de rendimento surge em decis e o indicador de desigualdade apresentado é o S90/S10. Em Portugal, os 10% mais ricos concentravam 28% do rendimento total, a percentagem mais elevada na UE-27. O seu rendimento era 10,3 vezes superior ao dos 10% mais pobres
É tão gritante este resquício do subdesenvolvimento em Portugal que hoje
abunda uma literatura de denúncia dos troncos patrimoniais lusitanos em sua articulação
com o Estado, que opera como reconcentrador da riqueza em plena Crise:
Apesar
das desigualdades em Portugal serem já superiores à média comunitária, e apesar
do congelamento de salários e pensões e também recessão económica que atira
diariamente muitos portugueses para o desemprego e para a miséria, o actual
governo pretende fazer uma gigantesca redistribuição dos rendimentos
(mais-valia), em beneficio da minoria já privilegiada.
Daí chamarem estas famílias
tradicionais como os “Donos de Portugal”,
título de um livro e um documentário, nele baseado, recentemente vindo a público. Ei-los, para os
interessados:
O LIVRO
Os Donos de Portugal - Cem anos de poder
económico
Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 400
Editor: Edições Afrontamento
Sinopse
Este livro apresenta os donos de Portugal e faz
a história política da acumulação de capital ao longo dos anos que vão de 1910
a 2010. Descobre-se a fortuna nascida da protecção: pelas pautas alfandegárias
contra a concorrência, pela ditadura contra as classes populares, pela
liberalização contra a democracia na economia. Esta burguesia é uma teia de
relações próximas: os Champalimaud, Mello, Ulrich, entre outros, unem-se numa
mesma família. Os principais interesses económicos conjugam-se na finança. Esta
burguesia é estatista e autoritária: o seu mercado é o Estado e depende por
isso da promiscuidade entre política e negócios. Os Donos de Portugal retrata
também um fracasso monumental: o de uma oligarquia financeira incapaz de se
modernizar com democracia, beneficiária do atraso, atraída pela especulação e
pelas rendas do Estado e que se afasta da produção e da modernização. Ameaçada
pelo 25 de Abril, esta oligarquia restabeleceu-se através de um gigantesco
processo de concentração de capital organizado pelas privatizações. Os
escândalos do BCP, do BPN e do BPP revelaram as faces da ganância. Este livro
demonstra como os donos de Portugal se instalam sobre o privilégio e
favorecimento.
O FILME
Donos de Portugal é um documentário de Jorge Costa sobre cem anos de
poder económico. O filme retrata a proteção do Estado às famílias que dominaram
a economia do país, as suas estratégias de conservação de poder e acumulação de
riqueza. Mello, Champalimaud, Espírito Santo – as fortunas cruzam-se pelo
casamento e integram-se na finança. Ameaçado pelo fim da ditadura, o seu poder
reconstitui-se sob a democracia, a partir das privatizações e da promiscuidade
com o poder político. Novos grupos económicos – Amorim, Sonae, Jerónimo Martins
- afirmam-se sobre a mesma base.
No momento em que a crise desvenda todos os limites do modelo de desenvolvimento económico português, este filme apresenta os protagonistas e as grandes opções que nos trouxeram até aqui. Produzido para a RTP 2 no âmbito do Instituto de História Contemporânea, o filme tem montagem de Edgar Feldman e locução de Fernando Alves.
A estreia televisiva teve lugar na RTP2 a 25 de Abril de 2012. Desde esse momento, o documentário está disponível na íntegra em www.donosdeportugal.net.
Donos de Portugal é baseado no livro homónimo de Jorge Costa, Cecília Honório, Luís Fazenda, Francisco Louçã e Fernando Rosas, publicado em 2010 pelas edições Afrontamento e com mais de 12 mil exemplares vendidos.
(http://www.donosdeportugal.net)
No momento em que a crise desvenda todos os limites do modelo de desenvolvimento económico português, este filme apresenta os protagonistas e as grandes opções que nos trouxeram até aqui. Produzido para a RTP 2 no âmbito do Instituto de História Contemporânea, o filme tem montagem de Edgar Feldman e locução de Fernando Alves.
A estreia televisiva teve lugar na RTP2 a 25 de Abril de 2012. Desde esse momento, o documentário está disponível na íntegra em www.donosdeportugal.net.
Donos de Portugal é baseado no livro homónimo de Jorge Costa, Cecília Honório, Luís Fazenda, Francisco Louçã e Fernando Rosas, publicado em 2010 pelas edições Afrontamento e com mais de 12 mil exemplares vendidos.
(http://www.donosdeportugal.net)
Video
Reportagem
Capitalismo à
portuguesa
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=CwFajqUQ3Lo
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