sábado, 27 de outubro de 2012

JORGE SAMPAIO TEME "EXPLOSÃO INCONTROLÁVEL"

BLOG ANO PORTUGAL BRASIL PORTUGAL – Dia 27 de outubro de 2012
Notícias – Visões e Cultura de Portugal – A Crise Econômica
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PORTUGAL – VISÕES : A Praça do Rocio, Lisboa

 
Remember an elephant stampeding through Rossio?
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Praça de D. Pedro IV

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Praça de D. Pedro IV
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Freguesia(s): Santa Justa
São Nicolau
Lugar, Bairro: Baixa
Ruas Afluentes: Rua da Betesga
Rua Augusta
Rua dos Sapateiros
Rua Áurea
Calçada do Carmo
Rua do Amparo
Praça D. João da Câmara
Nomeação: 26 de Março de 1971
Designação anterior: Praça do Rossio
Praça Don Pedro IV (Rossio).jpg
Rossio visto do Elevador de Santa Justa
Toponímia de Lisboa
A Praça de D. Pedro IV, mais conhecida pelo seu antigo nome de Rossio, tem constituído o centro nevrálgico de Lisboa desde há seis séculos. Assistiu a touradas, festivais, paradas militares e também a autos-de-fé durante a Inquisição.
Hoje assiste a ocasionais comícios políticos, e os seus sóbrios edifícios pombalinos, estão ocupados por lojas de recordações, joalharias e cafés.
Entre 1848 e 1849 a praça foi calcetada a preto e branco, com padrões ondulantes. Foi um dos primeiros desenhos desse tipo a decorar os pavimentos da cidade. No lado norte da praça fica o Teatro Nacional D. Maria II, que recebeu o nome da filha de D. Pedro, D. Maria II.

[editar] Estátua de D. Pedro IV

No centro da praça, ergue-se a estátua de D. Pedro IV, vigésimo-oitavo rei de Portugal e primeiro imperador do Brasil independente. Na sua base, as quatro figuras femininas são alegorias à Justiça, à Sabedoria, à Força e à Moderação, qualidades atribuídas ao Rei-Soldado.
Criou-se uma lenda urbana de que a referida estátua de D. Pedro IV na verdade teria sido, originalmente, concebida para o imperador Maximiliano do México. Como o imperador mexicano foi fuzilado em 1867, pouco antes do término da estátua, prontamente teria sido essa reaproveitada para o projeto de revitalização do Rossio, o que explicaria as – supostas – semelhanças da estátua do rei português com a figura do imperador mexicano. Vários estudiosos, como o historiador José Augusto França em A arte em Portugal no século XIX, já se demonstravam contra essa teoria, visto que a peça apresenta claros sinais de se tratar duma figura nacional portuguesa: os escudos nos botões, o colar da Torre e Espada e a Carta Constitucional. Recentes descobertas na base da estátua em meados de 2001, durante obras de restauro, reafirmam tratar-se da figura de D. Pedro IV: dois frascos de vinte centímetros cada, contendo documentos e uma fotografia revelada em albumina, que estão a ser analisados pelo Instituto Português de Conservação.[1]

[editar] Galeria de imagens

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Entrevista à SIC Notícias
Jorge Sampaio teme «explosão social incontrolável»
2012-10-15 11:46:38
Lisboa - No dia em que os portugueses voltaram às ruas em protesto contra as medidas de austeridade, Jorge Sampaio afirmou, em entrevista à SIC Notícias, que teme uma «explosão social incontrolável».
«Ninguém há um mês podia dizer que tinha manifestações sucessivas, muitas ordeiras, criadores de cultura na rua. Isto são coisas novas na vida portuguesa porquê? Porque há um caminho que pode deslizar para um certo desespero e, portanto, a democracia tem que responder com ideias, com aberturas partidárias, com partidos modernos que percebam qual é o diálogo a ter com as pessoas», afirmou o ex-Presidente da República à SIC Notícias.

Embora reconhecendo que é necessária, o ex-Chefe de Estado alertou para que «a austeridade rebenta com o país, rebenta com os portugueses, rebenta com a sua esperança e rebenta com os direitos e pode rebentar com a própria democracia.», e defendeu que é necessário um consenso alargado em Portugal para conseguir renegociar as condições do empréstimo com a troika.

«Não podemos continuar sem negociar com a Europa em função de necessidade de cumprimos, mas termos mais tempo e, porventura, mais dinheiro como disse a Dr.ª Manuela Ferreira Leite há uns meses. Tinha toda a razão. Percebe-se que não é mais tempo para andar a brincar outra vez ao despesismo, mas é mais tempo para podermos respirar.», reforçou Jorge Sampaio.
(c) PNN Portuguese News Network
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PORTUGAL E A CRISE : MEMÓRIA E ANÁLISES

19 de abril de 2012
A face desumana da crise na Europa
Por Antonio Barbosa Filho, no sítio www.outraspalavras.com.br :

De um lado, temos os números da crise que afeta Europa e Portugal – e a discussão técnica sobre causas, efeitos e caminhos para contorná-la; de outro, temos as reações das pessoas comuns, compondo um cenário que se pode traduzir numa palavra: perplexidade.

Economistas não atentam muito aos efeitos sociais e individuais de uma política recessiva levada ao extremo, como ocorre em Portugal. Por exemplo, não há nenhum estudo econométrico sobre o aumento da taxa de suicídios em relação a cada ponto percentual de retração do PIB, pelo menos aqui em Portugal. Na Grécia falida já se sabe que os suicídios aumentaram 17% de 2007 para 2009, e dados ainda não oficiais acrescentam uma subida de 25% em 2010.

Em Portugal, há apenas uma informação da base de dados Pordata, registrando que 1098 pessoas suicidaram-se em 2010, ou 84 a mais do que no ano anterior, mas sem avaliação de quantas dessas mortes podem ser relacionadas aos problemas econômicos agravados. Mesmo assim, o secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, admite podem aumentar os casos de morte auto-provocada, diante de circunstâncias como “aumento do desemprego, aumento de situações de maior dificuldade social, individual e familiar”. O governo apela à solidariedade entre as pessoas, como meio de aliviar as pressões e traumas psicológicos devidos às dificuldades materiais. Antes de ser criticada por jogar nas costas da sociedade um problema que sucessivos governos criaram, a Secretaria anuncia que tem um plano de prevenção de suicídio “que está sendo ultimado e isso para nós é prioritário”, na palavra de Leal da Costa.

Até a Igreja, tradicionalmente conservadora, começa a falar na crise e exigir uma posição mais ativa das autoridades e dos católicos, no alívio de suas consequências no plano pessoal. Na missa de Páscoa, há poucos dias, o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, disse que há “demasiadas mãos sujas com a iniquidade, com a exploração dos fracos ou com as conjunturas de interesses. E isto acontece porque há mãos limpas mas atadas pelo ‘deixar correr’, não querer comprometer-se, ter medo do que poderá acontecer”. Diante da indiferença da maioria com os que mais sofrem com a crise, o arcebispo advertiu que Portugal vive em “tempo de risco de um grande colapso social”.

O curioso é que as medidas recessivas, cortes de gastos sociais e reengenharia no serviço público e empresas privadas (o que se traduz no aumento do desemprego) começam a preocupar o governo e a troika (como são chamados o Banco Central Europeu, Comissão Européia e FMI, responsáveis pelo “socorro” a Portugal há um ano) Motivo: elas começam a dar os resultados previsíveis… Impôs-se a recessão, e agora revela-se surpresa porque a recessão dói socialmente, paralisa a economia, reduz a arrecadação, e traz efeitos contrários aos apregoados pelos defensores deste remédio amargo.

Chefe-adjunto da missão da troika em Portugal, o austríaco Peter Weiss, sugeriu que a culpa pelos altos índices de desemprego é… dos desempregados! Ele afirmou que as taxas de desocupação estão acima do previsto porque muitos trabalhadores, que esperavam ser demitidos em maio ou junho, estão pedindo dispensa agora. Na verdade, eles querem proteger-se contra a redução do salário-desemprego – mais uma medida draconiana exigida pelos organismos assumiram o controle sobre a economia portuguesa.

Weiss fez uma comparação típica da burocracia bancária empenhada em demolir o estado de bem-estar que fez a Europa rica e poderosa durante décadas: “Isso acontece sempre. Quando se aumentam os impostos sobre o tabaco, as pessoas começam a comprar mais cigarros. É um comportamento normal”.

Tais declarações, feitas no início de abril, causaram muita irritação nas ruas, onde as pessoas perguntam quem é Peter Weiss para dizer que o trabalhador português está antecipando o próprio desemprego: “Esse homem não foi eleito por nós, nem pela União Europeia, não tem autoridade para analisar os problemas que vivemos por causa da troika e dos governos submissos”, desabafa Francisco Soares, pequeno comerciante em Óbidos.

Cadeias Lotadas: Tem a ver com a crise o fato de as cadeias portuguesas ficarem muito mais cheias de três anos para cá? Desde o ano 2000, o número de presidiários vinha caindo gradativamente; mas em 2008, a curva de condenações voltou a subir rapidamente. Neste abril, pela primeira vez, Portugal superou a marca dos 13 mil detentos. As cadeias têm capacidade para 1,2 mil presos a menos que este número, e não há recursos para ampliações.

A falta de recursos preocupa também a polícia especializada em controle de manifestações sociais, que devem aumentar em resposta ao agravamento da crise. No seu plano de atividades para 2012 a Polícia de Segurança Pública (PSP) já previa uma fase de desafio “quer ao nível da criminalidade, quer ao nível da determinação, competência técnica e bom senso na atuação em situações decorrentes do direito de reunião e manifestação, quer ainda na assertividade e rigor de gestão e empenho dos seus próprios recursos”.

A PSP, assim como a Guarda Nacional Republicana e a Polícia Judiciária, estão mobilizadas para controlar e, se for o caso, reprimir manifestações populares previsíveis. A pretexto de combater a criminalidade, os órgãos de segurança demandam mais recursos, aumentam a vigilância sobre a população e os movimentos sociais e preparam-se para possíveis confrontos. Assim como na Grécia, o povo não aceita passivamente o ônus da crise – sempre imputado ao trabalhador, ao jovem, à dona-de-casa. Os mais desesperados recorrem ao suicídio, como tem ocorrido crescentemente, sob fingida ignorância da mídia; outros vão à greve e quando desempregados, às ruas.
 
 
 

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