quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O QUE PRECISAM OS PORTUGUESES DE SABER SOBRE SI MESMOS?


BLOG ANO PORTUGAL BRASIL PORTUGAL – Dia 25 de outubro de 2012
Notícias – Visões e Cultura de Portugal – A Crise Econômica

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NOTÍCIAS – Com o apoio de O POVO com base no Boletim Portugal sem passaporte
O Outono está aí e o friozinho espreita, mas as Noites Crioulas no Centro InterculturaCidade continuam com o calor de sempre. Desta vez, propomo-vos uma conversa com Nuno Miranda, decano dos escritores cabo-verdianos que nos falará sobre as suas ricas e múltiplas vivências na cultura crioula e não só. E para completar, a noite continuará com uma boa Comida di Téra ao som doce do violão de Paló. Sabe? Sabinh!  
19:00 - À Conversa com Nuno Miranda, decano dos escritores cabo-verdianos
  Álvares de Miranda, português natural de Cabo Verde, nasceu na ilha de S. Vicente em 23-10-1924 e reside em Portugal há mais de meio século. Licenciado em Letras pela Universidade Clássica de Lisboa, áreas de Filosofia e História. Galardoado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, por atividades no âmbito da “cultura afro-luso-brasileira”. Galardoado pela Associação Brasileira de Antropologia da Amazónia, de Manaus, Brasil. Prémio Camilo Pessanha (poesia) 1961 e 1964. Foi co-fundador e redator do movimento literário Certeza (1944-45), editor e colaborador da revista e do movimento Claridade e ainda colaborador da Revista de Artes e Letras. (…)
20:30 – Jantar Tradicional Cabo-verdiano
No prato: Caldo de Peixe
No copo: Vinho tinto/branco, cerveja, sumo de manga, água e café
Sobremesa: Doce de papaia com queijo de cabra
Sujeito a marcação prévia por telefone ou e-mail

22:00 – Música ao vivo na voz e violão de Paló
Marcações:
Tel.: 21 820 76 57 | marcacao.interculturacidade@gmail.com
Lotação limitada. É necessário efetuar marcação até dia 25 de Outubro
Preço por pessoa: 15 crioulos (jantar e música ao vivo) 
Associação Centro InterculturaCidade
Travessa do Convento de Jesus, 16 A, 1200-126 Lisboa
centro.interculturacidade@gmail.com
http://interculturacidade.wordpress.com
Tel :
21 820 76 57 (novo número)
Horário: 2ª a 6ª feira das 14h às 20h
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Portugal sem passaporte – o povo – 25 outubro 2012

Posted: 24 Oct 2012 03:24 AM PDT
A dívida pública portuguesa aumentou de 112 para os 117,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro para o segundo trimestre do ano, sendo a terceira mais elevada da União Europeia, segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.
Os dados trimestrais da dívida pública do gabinete oficial de estatísticas da UE revelam que, além de ter a terceira dívida pública mais elevada, Portugal também registou a terceira maior subida entre o primeiro e o segundo trimestres do ano (5,5 pontos percentuais), apenas atrás de Grécia (13,4) e Chipre (8,3).
Comparativamente ao segundo trimestre do ano passado, a dívida pública portuguesa aumentou 10,8 pontos (era então de 106,7%), o que representa a segunda maior subida, apenas superada por Chipre (mais 16,5).
Em termos gerais, no final do segundo trimestre, a dívida pública subiu tanto na zona euro, de 88,2% para 90% do PIB, como no conjunto da UE, de 83,5 para 84,9%, o que o Eurostat justifica em parte com os empréstimos de Estados-membros aos países sob programa de ajuda.
Os números agora divulgados mostram que as maiores dívidas públicas pertencem a Grécia (150,3%), Itália (126,1), Portugal (117,5) e Irlanda (111,5), enquanto as menores são as da Estónia (7,3), Bulgária (16,5) e Luxemburgo (20,9).


PORTUGAL E A CRISE : MEMÓRIA E ANÁLISES ATUAIS
Posted: 24 Oct 2012 03:39 AM PDT
Como democrata, recuso-me a aceitar a ideia de que partidos que subscreveram a austeridade não encontrem um consenso no desígnio de fazer crescer Portugal
Défices, dívidas, juros, ratings, cortes, austeridade, reduções, ajustamento, desemprego, recessão… Por esta altura, a resistência psicológica do leitor a esta coluna talvez esteja a atingir o limite. E isso é a prova de que o debate público português está contaminado por uma verdadeira gramática de horror. A situação do país é grave, ninguém o esconde, e uma narrativa sólida de responsabilização é necessária e até pedagógica. Mas, por favor, Portugal não é só isto, não pode ser isto, nem tem de ser isto. Portugal tem de ser um país honrado, e um país honrado paga o que deve. Mas em nenhum livro, mesmo nos de inspiração luterana, vem escrito que a honra é sinónimo de inferioridade ou de subserviência. A honra não é inimiga nem da livre iniciativa, nem da vontade, nem da prosperidade. Todas estas virtudes podem conviver saudavelmente. O problema do país é que temos tido uma relação desequilibrada entre a honra e a prosperidade.
Aos olhos dos mercados, Portugal é cada vez mais um país que cumpre a sua palavra. Mas porque pagar dívidas não é um fim, é um meio, e porque regressar aos mercados em 2013 não é um desígnio, é uma tarefa (ainda que prioritária), está mais que na hora de arrepiar caminho para, a par da honra, procurar a prosperidade.
Qual é o caminho para a prosperidade? Sobre esta questão já ouvimos toda a gente e não ouvimos ninguém: os académicos, os empresários, os banqueiros e os políticos. Grandes especialistas estrangeiros e nativos especialistas da opinião. Fizemos estudos e livros brancos. Mais estudos e livros verdes. PowerPoints e comissões. Tentámos tudo e não fizemos nada. Fomos amealhando dívida, aumentámos défices, alimentámos o Estado, fechámos empresas, destruímos empregos, abandonámos pessoas à sua sorte. E em 20 anos nunca deixámos de fazer a desconcertante pergunta: qual é o caminho para a prosperidade? Não tenho a receita. Mas acho que o país podia começar a ganhar o futuro a partir das mudanças nas coisas mais simples. Como o discurso. Todos, da classe política ao mundo empresarial, passando pela sociedade civil, pelos media e até pela Igreja, têm de começar a falar uma linguagem diferente: que tal a linguagem da esperança e do optimismo realista? Outra mudança passaria por um amplo consenso partidário em matérias de crescimento. Do PS ao CDS, para não ir mais longe, não há nenhum partido que não reveja ao Estado o papel de garante de uma vida mais digna e mais próspera para cada um dos seus cidadãos. É o menor denominador comum de um Memorando para o Crescimento. Como democrata, recuso-me a aceitar que partidos que subscreveram a austeridade não encontrem um consenso no desígnio de fazer crescer Portugal. Nada disto resulta, porém, se os portugueses não confiarem uns nos outros e em si mesmos. E aqui está uma terceira e dramática alteração: os portugueses têm de abandonar a humildade da insignificância. Isso seria suficiente para começarmos a fazer as coisas de forma diferente e até para o mundo nos ver de forma diferente.
Domingo à noite, o professor Marcelo sugeriu que Portugal devia lançar uma ofensiva de charme sobre a opinião pública germânica. Como? Através de um vídeo feito à semelhança do popular “O que os Finlandeses precisam de saber sobre Portugal”, realizado pela Câmara de Cascais. Ousado, o professor sugere até que o lançamento seja feito em Berlim, por altura da visita da chanceler alemã a Lisboa. Nesse vídeo, mais que história, o que temos de mostrar aos alemães é que Portugal é o futuro. Nesse vídeo, os alemães não vão ouvir pedidos de esmola (venham elas na forma de mais empréstimos, de mais tempo ou mais dívida que só trazem mais pobreza). Nesse vídeo, os alemães só vão ouvir de nós um pedido: deixem–nos trabalhar, deixem-nos crescer, deixem-nos realizar o nosso potencial. O interesse que a iniciativa já provocou mostra que, mais que uma mensagem para alemães, será um vídeo para nos percebermos e encontrarmos o nosso caminho. É, contudo, difícil encontrar prosperidade e honra onde não há esperança. Partamos por isso à redescoberta do movimento da restauração da esperança. É a esse movimento que dedico os próximos artigos.
Carlos Carreiras
Presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro


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PORTUGAL E A CRISE : MEMÓRIA E ANÁLISES ATUAIS

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