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Miguel Sousa Tavares
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[editar] Biografia
Filho do advogado e
jornalista Francisco Sousa Tavares e da escritora
Sophia de Mello Breyner
Andresen e primo em terceiro grau de José Avillez, Miguel
Sousa Tavares é natural do Porto.
Licenciou-se em Direito na Universidade
de Lisboa, e foi na capital que passou a infância e a juventude. Durante
mais de uma década foi advogado em Lisboa.
Estreou-se no jornalismo em 1978, ano em que iniciou a sua colaboração na Radiotelevisão Portuguesa. Em 1989 participou na fundação da revista
Grande Reportagem, que dirigiu entre 1990 e 1999. Ainda em
1989 foi também director da Sábado, fundada por Pedro Santana
Lopes, mas manteve-se pouco tempo no cargo, devido à instabilidade interna
da revista. Em 1990 começou a colaborar no
Público,
onde publicaria uma crónica semanal até 2002. Ao mesmo tempo, estendeu a sua colaboração ao
desportivo A Bola, à revista Máxima e ao
informativo online Diário Digital.
Voltou à televisão como
apresentador de Crossfire, na SIC, com
Margarida
Marante. Em 1998 recusou o cargo de
director-geral da RTP. Em 1999 partilhou o debate Em Legítima Defesa, com Paula
Teixeira da Cruz e moderação de Pedro Rolo Duarte, na TVI. A partir de 2000,
na mesma estação, viria a marcar presença assídua às terças-feiras no Jornal
Nacional, na análise à actualidade nacional e internacional.
Das suas incursões
literárias resultaram compilações de crónicas, vários romances, livros de contos
e uma história infantil. Equador, de 2004, foi um best-seller, estando traduzido em mais
de uma dezena de línguas estrangeiras. Rio das Flores, em 2007, teve uma primeira tiragem de 100 mil exemplares.
Recebeu o Prémio de Jornalismo e Comunicação Victor Cunha Rego, em 2007.
Da sua actividade
cívica, integrou a Direcção do Movimento Portugal Único, em 1998, defensor do «não» num referendo sobre a
regionalização administrativa. Em 2009
contestou publicamente o prolongamento do terminal de Alcântara,
numa concessão polémica à construtora Mota Engil. Actualmente é colunista semanal do
jornal Expresso e
conduz entrevistas em Sinais de Fogo, na SIC. Mantém ainda a crónica n' A Bola, onde se evidencia como adepto do Futebol Clube
do Porto.
[editar] Direitos dos fumadores
Sousa Tavares é fumador e defende militantemente os direitos dos fumadores. Nessa qualidade tem defendido, por exemplo, que todos os aviões deviam ter obrigatoriamente lugares para fumadores. Aquando da implementação da nova lei do tabaco em Portugal, que proíbe veementemente o fumo em estabelecimentos com menos de 100 metros quadrados, Sousa Tavares fez questão de referir que considera incoerente e incompreensível que o Governo se oponha desta forma ao tabaco em locais como prisões, e ao mesmo tempo, ofereça condições para que os reclusos se injectem, referindo que esta lei é um atentado à liberdade e aos direitos dos fumadores. Por fim, deixou bem claro que faz questão de deixar de frequentar locais onde não seja permitido fumar.
Afirmou que a lei
antitabaco faz lembrar "os primeiros decretos antijudeus da Alemanha nazi"[1] e "o fumo nos restaurantes, que o Governo quer
limitar, incomoda muitíssimo menos do que o barulho das crianças - e a estas não
há quem lhes corte o pio."[2]
[editar] Touradas
Miguel Sousa tavares,
aquando da abolição das touradas na Catalunha pelo governo regional, referiu no jornal da
noite da SIC, quando questionado se em
Portugal se poderia adotar este caminho, "que este é o caminho da estupidez".
Para MST o "que está em causa é uma questão de liberdade, e em Democracia as
minorias são respeitadas", referindo ainda que "só vai a uma tourada quem quer".
MST considera que a aversão às touradas, se deve a uma imaturidade democrática e
a uma carência de cultura, referindo que a maioria da população desconhece as
origens da tourada e os seus meandros, e que grandes pintores espanhóis pintaram
touradas, desde Goya, Salvador
Dali e Picasso.
Refere ainda que levado ao extremo, a abolição das touradas, conduz à extinção
dos touros de morte, pois são animais criados especificamente para este efeito.
MST considera ainda, quando questionado sobre a barbárie do espetáculo
tauromáquico que choca várias pessoas, que "os combates de boxe quando saem de
lá todos a sangrar também chocam muita gente" e "as corridas de automóveis onde
podem morrer condutores e espectadores também chocam" e que não é por isso que
são banidos.[3]
[editar] Acordo Ortográfico
Miguel Sousa Tavares é
um conhecido opositor ao Acordo Ortográfico de 1990,
tendo os seus livros no Brasil sido
grafados e impressos com a ortografia europeia do português antes do dito
acordo.
[editar] Acusado de plágio
Sousa Tavares venceu o
processo em que foi acusado pelo blogue anónimo freedomtocopy de plágio literário em 'Equador'. O autor do blogue
criou este espaço unicamente para lançar a calúnia, tendo esta sido
categoricamente refutada por Sousa Tavares, assim como os críticos que se
dedicaram à análise das obras. Com efeito, o caluniador sugeria que logo os
primeiros parágrafos das obras são semelhantes, algo que facilmente se pode
comprovar ser falso ao comparar ambas as obras. Segundo Sousa Tavares, "um
dos suspeitos é bloguista do Bloco de Esquerda que gosta de pôr coisas anónimas,
por uma questão de traumas pessoais, e o outro é um escritor falhado e invejoso,
cuja produção literária consiste em destruir os outros".[4]
O livro em questão
chama-se no original Cette nuit la liberté de Dominique
Lapierre e Larry
Collins, e foi lido por 35 milhões de leitores, segundo informação da
editora Pocket.
[editar] Outras opiniões
- Em entrevista ao Diário de Notícias em 5
de julho de 2009, Miguel Sousa Tavares informou em entrevista que pensa em
emigrar para o Brasil. Pois:
"É um país novo, de
que eu gosto há muitos anos. E sou muito bem tratado sem ser popular na rua, o
que é óptimo. É um país optimista, não está cansado, não está desiludido, sem
esperança. Mesmo que agora haja tanta asneira feita no Brasil, todos os dias,
não é? Só que eles têm espaço e tempo para uma maior dose de asneira do que nós.
Agora desvendei uma coisa que não era suposto desvendar, mas é um plano que ando
a alimentar há um tempo, de facto. Nós somos muito macambúzios, eu estou muito
macambúzio também. Sinto, pela primeira vez na vida, que estou a precisar de uma
sacudidela e que não vai ser aqui…" [5]
- Em entrevista ao Diário de Notícias em
Julho de 2009, afirmou que "O professor Cavaco Silva não tem estatura para ser Presidente
da República. Não tem curriculum político para isso, não tem dimensão de
estadista… acho é que é uma pessoa limitada."[5]
- Em entrevista ao Diário de Notícias em Outubro de 2009, Miguel Sousa
Tavares saiu em defesa da actriz brasileira Maitê Proença afirmando que "isto é
uma reacção provinciana e saloia dos portugueses. Somos um povo sem capacidade
de humor e autocrítica." referindo-se aos milhares de portugueses que se
insurgiram contra o vídeo que a actriz brasileira realizou para o programa Saia
Justa do GNT, onde ridiculariza Portugal.- No Jornal da Noite da SIC de 8 de Junho de 2010, convidado (junto com Pedro Santana Lopes) a pronunciar-se sobre último jogo de preparação de Portugal para o Mundial da África do Sul, Miguel Sousa Tavares defendeu a proibição das vuvuzelas.
[editar] Boatos
De entre os vários
boatos postos a circular, sobretudo na internet, a propósito de MST, destaca-se
a carta aberta de uma professora, que circula desde 2008 e que o acusa de
ter afirmado que «os professores os inúteis mais bem pagos deste país». Trata-se
de um hoax que foi desmentido pelo próprio, em artigo publicado no
Expresso: «(…) nunca disse, nunca escrevi e nunca me ocorreu pensar tão estúpida
frase. É absolutamente falsa, de fio a pavio. Quem a inventou sabia bem que a
melhor forma de atingir um adversário não é discutindo as razões dele, mas
atacando-lhe o carácter. E quem a adoptou logo como verdadeira e do 'domínio
público', sem nunca, pessoalmente, a ter escutado ou lido, mostrou como é fácil
conduzir um rebanho de ovelhas nesses fóruns tão democráticos da Internet. E
pensar que é assim que hoje se forma largamente a opinião pública!»[6]
[editar] Obras
- Equador, Oficina do Livro, 2003
- Anos Perdidos,[7] Oficina do Livro, 2001
- Não Te Deixarei Morrer, David Crockett,[8] Oficina do Livro, 2001
- Sul, Viagens,,[9] Oficina do Livro, 2004 (Edição Ampliada)
- O Segredo do Rio, Oficina do Livro, 2004
- Um Nómada no Oásis, Relógio d'Água Editores
- O Planeta Branco,[10] Oficina do Livro, 2005
- Rio das Flores, Oficina do Livro, 2007
- No Teu Deserto, Oficina do Livro, 2009
- "Ukuhamba", Oficina do Livro, 2010
- Ismael e Chopin, Oficina do Livro, 2010
[editar] Prémios
- Prémio pela reportagem "Hoje aqui, amanhã no Corvo", 1998
- Prémio Clube Literário do Porto (2007)
- Prémio Grinzane Cavour, Itália, 2007
- Prémio de Jornalismo e Comunicação Vitor Cunha Rego, 2007
- Prémio Branquinho da Fonseca, 2008
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